Dinheiro por Chico Xavier
Há momentos em que nos sentimos sozinhos mesmo em meio à multidão. É uma solidão visceral... É como se a gente se bastasse e nada mais importasse nesse mundo. É como se a solidão fosse a nossa melhor companhia.
Conheço o tamanho da sua alma. Sei que guardará minhas críticas no melhor lugar do teu coração. Afinal, você sabe a importância de Nós, mulheres falarmos por nós mesmas.
O Peso do Renascer
Como é se sentir calada
Mesmo falando
Como é se sentir podada
Mesmo lutando
Como é depois da dor do parto
Sentir a dor do pranto e do abandono
É preciso ser forte
Para nascer e crescer
Por dentro das magoas
E juntar aos poucos as lagrimas
Pra fazer florescer
Pois só tu carregas o dom dos dons
O dom da vida
A dadiva divina
Que mantém o mundo
O romance é estimulado pela intimidade. Quanto maior o nível de intimidade, mais fácil será um homem e uma mulher se envolverem fisicamente em um romance, sem a real intenção de um compromisso duradouro. Ambos querem apenas aproveitar os benefícios da intimidade física e emocional um do outro.
Rapidinha
Comeram.
Beberam.
Dançaram.
Riram.
Beijaram.
Ela saiu apressada.
Ele ficou na cama, insaciado.
- (Que pena, ela saiu sem pagar).
Sem Você
Meu coração queima
com os raios de sol que saem de teus olhos
Minha boca murmura
palavras e cânticos da totalidade do meu amor por ti
Minha mãos perdidas
procuram a constância e o calor do teu corpo
Minha cabeça gira
só de pensar o que eu seria sem você aqui.
"A música vem de ti"
A música vem de ti
promessa ainda demorada
na luz do tempo
no pó da estrada
A música vem
e chegam também
a urze e o azul
que te precedem
Serás flor na aurora branda
emoção de um lírio por dizer
pedra
corpo
verde e água
na tua boca calada
antes de acontecer
A música vem de ti
Conta-me
Conta-me
Do teu vestido verde
Seda pura
Corte liso
Conta-me
Do que é preciso
Para que vistas luar
E sombra
Pele e luz.
Em Silêncio
Amar-te em silêncio
E estar só
Não é ser forte,
É queimar a alma
Devagar
Como brasa sob cinza
Á revelia do olhar
O desejo queima
E acorda o corpo
Para um destino
De fogo
Ou de mar
E sou crista de onda
Ou céu de prata
E a lua é só uma lata
Sem valor
Sempre que estás comigo
Só então me reconheço
Como um pedaço de ti
Que recusa a independência
Sou livre sempre que voas!
Pausa
Vem e traz o ar de posse
As certezas e a intimidade
Sê a estátua de carne
Neste momento de silêncio
Muda e quieta
Como uma boca pousada
No meu sono
Traz-me de ti
O tudo e o nada
Do abandono
E acampa no trevo
Acre e macio
Deste corpo em festa
Depois, vê o que resta
Da minha fome e do cio
Retoma a tua gesta
Deixa-me vazio
Pelas Mãos te Sei
Pelas mãos te sei
pelos dedos te leio
formas e vazio
luz e esteio
corpo
sede
raiva
e os olhos magoados
de claridade agreste
Espessos os lábios
presas as palavras na garganta
e o teu olhar
a ditar estes silêncios de veludo
Mudo também é o som da noite
imenso jardim de estrelas
e passos sem destino
Basta saber que me esperas
à esquina de qualquer hora
Basta-me sentir a vida
como um sopro leve no rosto
e provar o mosto
do teu vinho
rubro e aceso
com sabor de vida
ao jeito da idade
Homem
menino
velho
destino
e o tempo a tecer rugas e mágoas
a gerar fontes
onde choramos
os amores perdidos
na calma podre das seivas
Petrificadas
Perto
Risco o teu nome na areia
Ao silêncio dos reflexos
Sais-me dos dedos
Mas é na boca que me deixas
O sabor a rosas que há em ti
Sei de caminhos e ruas
Sei de tempestades
Sei de corpos e cidades
Mas a ti amor
Só te adivinho
Contigo
As ausências
São a pausa desejada
Tu é que trazes
Estrelas e luar
À minha noite fechada
Amanhã quando vieres
A este pedaço de céu
Que iluminas
Estarei do outro lado
Da circunstância
Ao alcance do olhar
Se
Se corro
Cega-me a pressa
Para a verdade dos lírios
Se abrando
Fico-me pela delícia
Dos delírios
Em que morro
Nos teus braços
Devagar
"Tragédia"
Tragédia em todos os actos
é quando sem ver o azul
repetidas vezes
descreves negro
sentes noite
e não percebes o aroma
das camélias
que se escondem no breu
Como eu
