Dever de Sonhar
Engraçado é o caso daquilo que,
Mesmo com tantas palavras diferentes
E interpretações variadas,
O homem se coloca em um mesmo e continuo paradoxo:
O tempo.
Tempo para superar um amor,
Tempo para aliviar uma dor,
Para valorizar o que julgam ter menor valor,
Tempo para aprender o novo,
Tempo para sonhar.
Sonhar em crescer;
Em ajudar o mundo a ser um lugar melhor,
Em não sufocar-se mais em suas inseguranças,
Em não precisar mais esconder a ferida que arde e não se sente (como dizia Luís de Camões sobre o amor).
Sonhar em ter tempo para sonhar,
Viver sonhando que se tem tempo para viver,
Viver amando por sonhar que se é amado.
Uns falaram sobre suas inseguranças,
Outros sobre o que lhes admira,
Os demais sobre seus sonhos
E todos expressaram que:
A poesia mais linda é aquela que é vivida.
Há quem vive preso aos medos. Todos os dias se agarra a eles e não consegue se desprender para alcançar seus sonhos. É necessário largar suas cargas e medos, para seguir em direção aos seus sonhos. Se livre dos medos e abrace os sonhos.
Já imaginou uma escola sem merenda, sem intervalo e sem material didático?! Pois bem, essa escola chama-se VIDA. Encare e vá a luta !
Quase tudo na vida pode voltar...
mas o que não pode é o tempo
que você perdeu sem amar.
Ah, isso você não pode!
No esplendor calorento de um dia luminoso na alma, sinto o desabrochar da alegria interna, acarretando os deslumbrantes pensamentos que pertencem a minha melhor versão, aquela versão, a que tanto anseio ser e viver!
No verão de 1518, Frau Troffea, uma moradora de Estrasburgo, França, sem qualquer motivo aparente ou qualquer música tocando, começou a dançar pelas ruas da cidade. Algumas pessoas, que assistiam à cena, passaram a incentivá-la com gritos e palmas, enquanto outras se juntaram à dança.
Em uma semana, 34 pessoas dançavam freneticamente. Em um mês, passavam de 400. Os governantes chamaram médicos, padres e até astrônomos. Sem nenhuma resposta, concluíram que era uma doença causada pelo "sangue quente". Mesmo com centenas caindo mortos pela exaustão, os outros continuavam. Até que um dia, também sem qualquer razão, da mesma forma que começou, os sobreviventes cessaram a dança e voltaram às suas vidas normais.
A "Peste da Dança de 1518" é um dos episódios mais famosos de histeria coletiva, até agora. Provavelmente, a "Peste Chinesa de 2020" a superará com louvor.
No futuro, os historiadores terão imensa dificuldade em explicar o porquê milhões de pessoas saudáveis foram colocadas em quarentena, tiveram seus direitos violados, seus sustentos tomados e ainda agradeceram.
Tudo o que vem acontecendo, quando olhado de fora, por alguém que não está tomado pelo pânico, parece uma piada grotesca. Proíbem que os pequenos restaurantes abram, para manter o isolamento social, mas abrem imensos restaurantes populares; proíbem os cultos religiosos, para evitar aglomerações, mas instituem rodízios de veículos e concentram as pessoas no transporte público; proíbem que o comércio abra e que as pessoas caminhem nos parques e praças, para que a curva de contágio se achate e tenham tempo de fortalecer o sistema de saúde, mas DESATIVAM hospitais de campanha, POR FALTA DE PACIENTES, enquanto a economia vai à ruína.
Essa semana cheguei a ouvir que a minha cidade estava "fora de controle" e, portanto, as medidas restritivas como a proibição do turismo (base da economia local) e os bloqueios e barreiras nas estradas eram justificáveis, com uma taxa de infecção de 0,1%, 10% dos leitos regulares ocupados e um novo hospital de campanha sendo inaugurado.
Por algum motivo desconhecido, as pessoas começaram a acreditar que o vírus veio passar férias no Brasil e, se todos ficarem em casa, ele irá embora. Transformaram uma medida emergencial e temporária em algo definitivo, esperando o fim de algo que não tem fim. Enquanto isso, segundo a última pesquisa do PNAD, divulgada em 30/06, pela primeira vez na história, 50,5% dos brasileiros NÃO TÊM QUALQUER TRABALHO!
As consequências da histeria coletiva moderna estão tomando proporções inimagináveis. Centenas de milhares de negócios fechados, movimentos sociais planejando a invasão das propriedades de empresas falidas, mais da metade da população desempregada... Mas a grande preocupação do povo é com os que não entraram na paranoia e ainda se encontram para tomar uma cerveja, nos poucos lugares que ainda podem, ou que se permitem caminhar, ao ar livre, sem usar as focinheiras ordenadas pelo Estado.
Na peste da dança, ao menos, as pessoas morreram dançando felizes. Agora, morrerão de fome, sozinhas e confinadas, agarradas mesquinhamente às suas vidas miseráveis.
"Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte." (FREUD, Sigmund)
“Tristes momentos em que não estás; vives às voltas a me procurar; quando me encontras, queres me amar; quando me esqueces, alija-me ao mar...”
O que sinto é incompreensível
Quiseram a certeza dos teus olhos loucos, que voam na chuva, e navegam no luar
O meu comodismo me abala
Somente a certeza que se pode sorrir a cada lembrança sua, pode abalar meu sonhar, monótono e vazio
Sorrisos falsos, conversas vazias, amores incertos, estabilidade mental momentânea. Por alguns momentos se encontra a tão sonhada felicidade, mas ao acordar, se percebe que a realidade não passa de um sonho. Se percebe que viver é sonhar, e que sonhar é transformar o mundo ao seu redor em uma realidade fantasiosa.
Muitas vezes não damos merecida importância a alguma coisa ou alguém, chegamos a negligenciar e desprezar, fartos do que julgamos ser permanente.
Esquecemos que coisas são perecíveis, e pessoas são mortais; temos que aprender a apreciar momentos, porquê tudo um dia acaba.
Estou dormindo pouco,
É que estou sonhando mais.
Quando acordar e ver tudo isso passar,
Quero te abraçar,
Quero ver nova semente brotar
E lágrimas não mais derramar.
Senhor seja nosso guardião!
Assim que eu puder ver o mundo outra vez, vou sentir o perfume das flores, vou ver a beleza das cores, e contemplar a imensidão do mar até onde a vista alcançar, vou andar sem pressa nas praças, respirar o ar puro das matas, vou sorrir outra vez vou sonhar.
Com a mesma intensidade estúpida, homem e mulher entram no jogo do relacionamento visando os seus próprios interesses, lamentável, desconhecem o amor genuíno, que só tem olhos para o interior, e não precisa de venustidade ou riqueza para estar bem!
O tempo passa rápido, corremos, criamos, sonhamos, ganhamos,e perdemos, mas será que vivemos de fato?
