Devemos dar Sempre uma Chance

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Para que uma obra de arte seja realmente bela, é preciso que nela o autor se esqueça de si mesmo e me permita esquecê-lo.

Tenho certeza de possuir uma alma, e todos os livros com os quais os materialistas enfadaram o mundo não me convencem do contrário.

Vi demonstrarem uma grande intolerância em defesa da tolerância.

O amor é a única paixão que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

Rosto no vidro
uma criança eterna
olha o vazio

Aprendendo com a experiência de uma derrota, na verdade, você não perde.

A fama não é uma planta que cresça em solo mortal.

É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos.

Uma circunstância imaginária que nós gostamos de acrescentar às nossas aflições é acreditar que seremos inconsoláveis.

A poesia é uma doença cerebral.

A experiência é como uma mulher a quem todos rendem homenagem sem tratar de averiguar se o seu passado é irrepreensível.

Quando a chuva para,
por uma fresta nas nuvens
surge a lua cheia.

Na admissão de uma opinião ou doutrina, os homens consultam primeiramente o seu interesse, e depois a razão ou a justiça, se lhes sobeja tempo.

Quando o doutor escreve a receita, olha-nos uma última vez para ver se põe um remédio dos caros ou dos baratos.

Não sei se sou autoritário. Durante as filmagens, sou decerto uma pessoa diferente, sem tempo para delicadezas. Mas será que, numa operação, o cirurgião diz: poderia me passar o bisturi, por favor? Muito obrigado. Claro que não. Ele só diz: bisturi!

A inteligência! É uma questão de química orgânica, nada mais. Não somos mais responsáveis por sermos inteligentes do que por sermos estúpidos.

o bambual se encantava
parecia alheio
uma pessoa

A verdadeira obra de arte é apenas uma sombra da perfeição divina.

O Cão Sem Plumas

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

Há uma medida nas coisas; existem enfim limites precisos, / além dos quais e antes dos quais o bem não pode subsistir.