Despedida do meu Pai que Ja Morreu
Silenciadores
Os armários chaveados,
Meu orgulho arranhado,
As carteiras arrumadas,
Meu estômago revirado.
Testemunhas silenciadas,
Depondo silenciosas.
Em meu silenciador,
Após silêncio a dor.
Silenciador,
Silencie a dor.
Desmontamos os pedestais,
Anulamos a exposição,
Rochas nocauteadas por cristais,
Desparcerados pela discrição.
Ela foi vítima,
Eu fui vil,
Ela é discreta,
Eu sou sutil.
Sentimentos silenciados,
Depoimentos sussurrados,
Enlaçados capturamos a libertação.
Silenciadores,
Silenciem as dores.
Eu amo-a, mas meu amor é egoísta, interesseiro, individualista e ao invés de ambicionar a felicidade dela ilimitadamente, eu a oprimo, pondo-lhe na cabeça minhas falhas como se fossem dela, meu amedrontado como sendo dela, e puno-a por minha falta de caráter e insuficiente audácia, que são salientes e impactantes nela.
A propósito esse é meu propósito,
Expressar, estressar, estragar,
Estalar, estrilar, extirpar,
É o Propósito.
Frente a mim fitou-me,
Precipitando a atração,
Foi confundir meu tramite,
Provocando-me palpitação,
Reciclando Retalhos em Meu Eu Descartável
Nosso inconcreto se concretizou,
Não se encaixando em qualquer definição,
Avançamos a etapa da distração,
Tapando os furos e as gafes,
Transpondo muros de pedra sabão.
Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou, em meu eu descartável.
Resíduos da sua fragrância,
Fragmentos da minha lembrança.
Todavia não fracassamos,
Deveras enfraquecidos estamos.
Provavelmente nos recuperamos,
Ou recuperaremos as bobeiras que escaparão,
Diálogos longos, bobos parágrafos sem significação.
Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou, em meu eu descartável.
O sabonete que era seu desgastou,
A avelã que me deu estragou,
O estoque de aveia esgotou,
O banquete pra dois esfriou.
A aliança na gaveta
E o álbum guardado.
Ela está satisfeita,
Me vou conformado,
Reciclando retalhos
Em meu eu descartável.
Indecifrável Jú
Em meu ingresso meço Jú
Faço um pedido peço Jú
Um comentário para Jú
Ou um glossário sobre Jú
Em meu diário escrevo Jú
Ao redigir resumo Jú
Uso ensejos vejo Jú
No quintalejo bejo Jú, bejo
Indispensável Jú
Incomparável Jú
Na biblioteca leio Jú
Na locadora loco Jú
Uso o fado fada Jú
Sol poente nasce Jú
Naquele atalho rumo a Jú
Espalho versos sobre Jú
Cantigas lidas para Jú
A Preferida, amo Jú, amo
Inenarrável Jú
Indecifrável Jú
Provoco-a por provocar
Só pra vê-la revidar
Onde me encontro, encontro Jú
Contudo, não decifro Jú
Notoriedade do notável
Afinidade ao afagável
Indecifrável Jú,
Inesquecível.
Te amei mais do que me amei.
Te amei mais do que ao próximo.
E em meu pecado imperdoável
Te amei mais do que a Deus
E sobre todas as coisas.
As Corrosivas
Aventuras do
Homem-Sulfúrico
Meu ódio
É tão indispensável,
Quanto meu amor.
Amo e odeio.
Não, não há
Neutralidade aqui,
Não há indiferença,
É nada ou tudo.
Se você vem, fica.
Se vai, jamais retorne.
Acolhimento pleno
Ou desprezo absoluto.
Sem absolvição,
Sem perdão,
Nem arrependimento.
O rancor é nosso por direito,
Bem como o martírio.
Somos ímpares,
A paz é para os incapazes
E seus pares.
Nós somos atrito, conflito,
Confronto, insurreição.
Somos confeitos nucleares.
Quem fala o que quero ouvir e me faz somente o que quero receber, não é meu Porto Seguro, mas sim um falso deus, um ídolo indecoroso e embriagado conhecido como manipulação.
Venha à mim, sinta-me...
Toca- me, traga-me, envolve-me em seus braços.
Sinta o meu sabor, decifra-me, sufoca-me com seus lábios.
O sabor se dissolve em meu paladar.
O gosto, o cheiro o calor revoluteiam na lembrança indissolúvel como um só gole de Blanc de Noirs, como se fosse a exatidão do momento pendura um beijo impetetuoso sem trégua para o fôlego, sua língua sedosa laçada com sabor de Pinor Noir impelindo um corredio não desatável.
Autora- A.Kayra
Estou eu aqui acolhida em minha alcova traçando algumas linhas trazidas das profundezas do meu mais inexplorado íntimo e as mesmas estão me levando a um estado de insanidade momentânea que me alucina e me entontece.
Autora A.Kayra
O sabor se dissolve em meu paladar.
O gosto, o cheiro o calor revoluteiam na lembrança indissolúvel como um só gole de Blanc de Noirs, como se fosse a exatidão do momento pendura um beijo impetetuoso sem trégua para o fôlego, sua língua sedosa laçada com sabor de Pinor Noir impelindo um corredio não desatável.
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