Despedida de uma Pessoa Querida

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Abandonando nobremente quem nos deixa, colocamo-nos acima de quem perdemos.

Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.

Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.

Num povo ignorante a opinião pública representa a sua própria ignorância.

O silêncio, ainda que mudo, é frequentes vezes tão venal como a palavra.

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

A razão, sem a memória, não teria materiais com que exercer a sua atividade.

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

Perdoamos tudo a nós próprios e nada aos outros.

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

A poesia é a linguagem natural de todos os cultos.