Desejo Carlos Drumond
Hoje, o outono selvagem chegou mais cedo do que de outrora!
De certa forma, eu me sinto como uma folha quase morta, caída ao solo, perdendo a clorofila da vida, esperando que algum animal selvagem venha, pise sobre mim e estraçalhe meu coração em mil pedaços, dando fim a essa dor infinita.
No entanto, esse animal chamado tempo, tão esperado não vem. Desse modo, sei que morrerei gradualmente.
Desperdiçando toda minha vida para dá essência há outras vidas, e quando tudo que eu queria, era esta verdejante outra vez!
Eu já vivi esse amor, por isso, as pessoas me chamam de viajante, pois ninguém sabe de onde venho nem para aonde vou.
Se hoje não me apego a alguém, é porque bem lá, no fundo, sei exatamente o que sou.
E quando na penúria da dor, meu pensamento volátil sofre um paradoxo temporal.
Então, eu vislumbro um amor, ou talvez sejam apenas memórias perdidas que o tempo ainda não apagou.
Amor selvagem, que faz bater forte o coração truculento, que maltrata no peito por dentro e, bravia a vida dos mais desatentos.
Os poetas dizem que um olhar vale mais que mil palavras. Porém, eu vos digo: um beijo fala mais que um livro.
A mulher buscando se igualar ao homem, desceu um degrau, muito embora muitas iludidas pensem ao contrário.
A mulher é vida dentro de vida, a mulher tem o poder de gerar outra vida, a mulher tem o poder de produzir alimento a partir do seu próprio corpo. Todo arquétipo da humanidade repousa dentro dela, Mãe, Mulher uma só Rainha Universal.
ERA
Como se fosse hoje, minha mãe partiu
Num treze de maio que o Maio sentiu
Como se fosse a mãe dele a fugir
Para outro maio de sentir
Como ele sentiu.
Era Fátima no altar do mundo
Era esse o mundo de minha mãe
Deixando os que amava em horror profundo
E a Fatinha dela, pequenina, também.
Era o desabar de vidas coloridas
Entre flores vivas, vividas
E num relâmpago destruídas
Por um raio de vidas partidas.
Era, como se fosse hoje, treze de um maio
De há quarenta e cinco idos, falidos
Nos gemidos de minha moribunda mãe
Ao ir-se sem o primogénito ver...
Meu Deus, que razão de sofrer !?
Que castigos!
Só depois de tu ires, ó Cristo é que foi a tua mãe!
Eu que tanto queria partir em vez da minha
Choro agora e sempre, pela manhãzinha
A dor que só sente quem a não tem...
A educação visa a melhorar a natureza do homem, e isto nem sempre é aceito pelo interessado.
O MEU JARDIM
Tantas flores tenho nele dos meus amores.
A Abelha azul,
Que tem que estar virada a sul;
Agapantas
E Cardos sacripantas;
A Sábia ananás
De um vermelho voraz;
A De Jerusalém
Amarela, só por bem.
A da Sapatinha da judia
Descendo quando subia.
A Vi burno
De um branco em verde soturno;
A Alfazema,
Que tem odores de poema.
Amores perfeitos,
Que para mim,
Que não sou flor nem jardim,
Sempre foram imperfeitos.
Senhores, do mundo imundo
Onde me afundo:
Será culpa de mim?
É que eu nunca tive um jardim!
Nem flores,
Nem amores.
Sempre e só, me tive a mim!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-12-2022)
O complexo da vida está em reconhecer o que é necessidade, por que todos passam a vida em prol de adquirir alguma coisa ou alguém.
O grande sabor da vida é partilhar com alguém o melhor do que não se espera, surpresas boas, nos fazem pensar e refletir sobre a questão simples de amar o próximo.
A compreensão de pessoas depende da realidade que elas transmitem e de quanta transparência podem ser.
Nunca faça aquilo que para alguém pode parecer uma conquista real sendo para você só parte de uma fantasia comercial.
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