Desculpas Amor Nao Correspondido
AMO-TE (soneto)
Amo-te no meu maior, largo e profundo
sentimento da alma, é amor, mais nada
Te uivo no peito em graça entressonhada
onde paz, calma, faz-se em cada segundo
Amo-te no ringir da noite por ti poetada
que verseja a paixão de que me inundo
deste afeto que é o maior do meu mundo
num regozijo duma felicidade estacada
E é tão puro e é tão feliz e é tão fecundo
que as lágrimas são preces transfigurada
de fé ingênua e fausta, neste amor rotundo
Amo-te na pequenez de minha morada
tão simples, mas cheia de zelo jucundo
Pois tu és rogo da vontade tão desejada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O amor é o que há de mais eterno em toda a existência. Quando você ama, pode mergulhar no outro e conhecer o infinito dentro de você.
Ah, o amor
Me disseram que o amor é dor
Que é a morte em forma de ilusão
Me disseram que ele p'ra quem foi machucado
É sofrimento, não salvação
Ah, o amor
Porque vem de forma tão avassaladora
Queria poder lhe defender
Mas, esses corações machucados
Perdoe-me, preciso compreender
Ah, amor
Você realmente é inevitável
É impossível lhe previnir
Mas, por Obséquio...
Nesses corações machucados
Entre, costure retalhos
Porque, p'ra quem tanto sofreu
O amor é pura ilusão
INCONTENTADO (soneto)
Saudade sem dor, amor sem fantasia,
Que aperta o suspiro dentro do peito,
Que no sim perpetuado, assim queria,
Que nada mais se sente tão satisfeito.
Emoção, que o doce sossego repudia,
Na palavra rude dita sem o respeito,
E, tirando dos sorrisos toda a alegria,
Fica ferido, e sem qualquer proveito.
Que viva sempre a sede e a tua fome,
Paixão sem queixa, e sem lamento,
E que ebule o amor em suas rimas.
Sempre tenha, o nome que consome,
Que eu tenha sempre, contentamento,
No incontentado amar e suas pinimas.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ASSIM QUISERA EU (soneto)
Assim quisera eu, outra sorte
Ter o agrado dum amor afora
Sem o silêncio jaz de outrora
Onde o eu a alguém importe
De sol à lua, da vida à morte
O tempo veloz, age: e, agora
Se fico ou se vou dali embora
Nas asas dum sonho aporte
E logo, aquele: o ter podido!
Partido na saudade que chora
Chapada numa vil recordação
Assim, eu, poeto aqui perdido
Ideando! Devaneando na hora
Saudoso de ti: ignota paixão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano.
A maior demonstração de amor é aquela em que há circunstâncias favoráveis ao ódio, o amor sem motivos é a maneira mais profunda de amar.
Alguns por gostar, outros por amor verdadeiro.
Alguns por carência, outros por apenas sexo.
Uns Por estarem sozinhos, outros por clichê de encontrar a cara metade.
Os piores ficam por pena, já outros se deixam serem humilhados...
Neste século de valores trocados onde o importante não é o caráter e sim o status, onde querer viver um amor verdadeiro é devaneio, onde ética e empatia valem menos que likes no facebook, as pessoas se sujeitam a falsos amores apenas por capricho, se corrompendo e tornando-se cada dia mais falsas.
Uma reverência aos verdadeiros, pelos que buscam mais que aparência, para os que fazem o próprio destino ao invés de se deixar manipular por essa sociedade podre, aos que nasceram no século errado, esse século da imoralidade não é nosso.
Somos mais que cascas vazias, sentimos e somos intensos, somos românticos e carinhosos, reciprocidade é o que nos conquista.
Mesmo os tempos sendo difíceis ainda há uma boa causa por qual lutar e é fazer valer o verdadeiro significado da palavra amor.
Milhares de passageiros
Milhares de passageiros
Com suas vidinhas insignificantes
Com um amor insignificante
Com amigos insignificantes
Chorando por suas vidinhas,agora
Levados um a um a guilhotina
Para um rei adora-te
Seu intrometimento infantil
Um rei cruel e mau
Alguns temem sua volta
Se voltar
Um rei mimado e mal
"Há dias que esqueço o que é o amor.
Nesses dias só existo na matéria.
E a sensação de quando me lembro, é como se me libertasse.
Enchendo o meu peito de desnessecidades."
AMOR PRESENTE
Hoje quero calmamente lhe beijar,
Sentir seus lábios e o mel da sua boca,
Cobri-la de carinhos e docemente lhe abraçar,
Deixa-la em êxtase de amor e quase louca.
Quero senti-la bem juntinho do meu peito,
Sentir baixinho seu pulsar do coração,
Falar de amor ao nosso modo e nosso jeito.
Cheio de amor, de carícias e de paixão.
Saborear de amor a doçura dos seus beijos,
Ouvir baixinho a sua voz silente e calma,
Saciar vontades de carícias e desejos,
Transformando nossas metades de amor numa só alma.
Sonhar amor, beber paixão, viver a vida,
Porque a vida é uma dádiva e prazer,
Sem cobranças, sem ciúmes ou despedidas,
Pois todo esse amor é a nossa alegria de viver.
Vivermos juntos esse amor só pra nós dois,
Embora longe eu sinto falta dos beijos seus,
Viver o que puder agora, sem deixar nada pra depois,
Pois seremos sempre um só amor Você e Eu.
Deveríamos olhar a sintaxe do amor com outros olhos, por ser a única força capaz de transformar alguém verdadeiramente.
Que o amor possa ser mais que uma frase desconexa, expressa em desenhos gráficos ou vagando de forma sonora pelo espaço. Que seja, acima de tudo, a essência da plenitude... a intenção de buscar, tocar e me integrar ao outro como a mim mesma, na compreensão plena que que "somos todos um".
Por mais que tenha ou pense em me oferecer alguma coisa: amor, amizade, atitude, justiça, dinheiro, fé, paz, paciência, esperança, fama. É simples... me ofereça primeiro a verdade.
O Amar
O amor amado é o mais doce
Mas também pode ser o mais amargo
Basta vive-lo e saber aprecia-lo
Vivendo o amor, sem saber ama-lo
Na mente derrepente um estalo
Mas não é aquele de um poeta
É o som de um coração rasgando em linha reta
Conhecendo o amor não vivemos mais só
Mas basta ele virar contra ti, e tu vira pó
Começa a parecer que o coração deu um nó
Mas se isso acontece tu nunca será digno de dó
Seria mais fácil ficar só
Ficar só não é a saída
Prefiro ir contra as leis da vida
Nunca leviano, aprendendo a si amar
Em busca daquele ar
A cada dia um novo lar
Amar, amar, amar
O amor pode proporcionar a glória
Vivendo um amor de forma simplória
Isso depende da história
Pensando bem não quero glória
Prefiro ficar com o amor e a vitoria
Poesia do amor
Deixe-me imaginar
Sorrisos no ouvido
Abraço em forma de laço
O calor da tua voz, murmurado
No meu olhar atento, no compasso
Do passo das batidas do coração
Do meu, do seu, onde cada pedaço
Nos faz um todo na emoção...
Deixe-me sonhar, num só traço
Que liga o meu eu a sua paixão.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 - Cerrado goiano
