Desculpa se sou um pouco Cabeca Dura
Eu sou uma completa incógnita.
Tal dia quero, tal dia não quero.
Sabe, mocinha, eu sou como o ar.
Etéreo. Inconstante. Imprevisível.
Eu posso te carregar comigo,
soprar suavemente em teu rosto,
ou simplesmente ir embora, bruscamente, feito furacão.
Mas curiosamente, isto não depende de minha vontade:
tudo depende apenas de você
e de como você será comigo.
“Eu sei que sou pesada, triste, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, mimada, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só. (...) O mundo é cheio de opções sem você, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais.”
Sou tricolor, sempre fui tricolor. Eu diria que já era Fluminense em vidas passadas, muito antes da presente encarnação.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma. Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
(...) Entretanto, nem por isso sou menos capaz de definir essa sensação, de analisá-la, ou mesmo de ter dela uma percepção integral. Reconheci-a, repito-o, algumas vezes no aspecto duma vinha rapidamente crescida, na contemplação de uma falena, duma borboleta, duma crisálida, duma corrente de água precipitosa. Senti-a no oceano, na queda dum meteoro. Senti-a nos olhares de pessoas extraordinariamente velhas. E há uma ou duas estrelas no céu (uma especialmente, uma estrela de sexta grandeza dupla e mutável, que se encontra perto da grande estrela da Lira) que, vistas pelo telescópio, me deram aquela sensação. Sentindo-me invadido por ela ao ouvir certos sons de instrumentos de corda e, não poucas vezes, ao ler certos trechos de livros. Entre numerosos outros exemplos. (...)
Quero ter duendes a meu redor, porque sou corajoso. A coragem que afugenta os fantasmas cria seus próprios duendes: a coragem quer rir.
O encanto da novidade, caindo pouco a pouco com uma peça de roupa, punha a nu a eterna monotonia da paixão, que tem sempre as mesmas formas e a mesma linguagem.
O que faz que a maioria das mulheres se impressione pouco pela amizade é considerarem-na insípida depois de provarem o amor..
Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.
Para quem vive segundo os verdadeiros princípios,
a grande riqueza seria viver com pouco,
serenamente: o que é pouco nunca é escasso.
Não existe maior indício de ser pouco filósofo e pouco sábio do que desejar uma vida inteira de sabedoria e filosofia.