Descoberta de Si Mesmo

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

O pensamento da morte engana-nos, pois faz-nos esquecer de viver.

A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.

A autoridade de poucos é e será sempre a razão e argumento de muitos.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.

Como se há-de governar um país que tem 246 variedades de queijo?

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

A atividade sem juízo é mais ruinosa que a preguiça.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

A glória é o sol dos mortos.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.