Depressão
Fracassado.
Como você não vê, que essas suas atitudes não vão te levar a lugar nenhum:
Destruiu aos pouco sua imagem junto aquela que um dia te admirava;
Fez essa pessoa sentir nojo e ódio de você, como você foi tão cego em não enxergar;
Hoje seu peito dói, hoje sua mente está confusa, hoje você está perdido, sem rumo, sozinho;
Seu sorriso já não tem alegria, só as lagrimas marejam nos seus olhos, não rolam em sua face pois faz força para não desabar;
O que você pensa em fazer agora, será que tentar fazer a coisa certa vai resolver este problema;
Atentar contra si não é a solução, existem anjos que não tem culpa de seus erros e que te amam e dependem de você;
Nunca imaginou que um dia isso iria acontecer, que iria ouvir essas palavras, é como estar amarrado e ser jogado ao mar;
Sem como escapar, lutando para tentar acordar deste sonho que você acha que é, mas não, está acontecendo sim;
Ser privado de aquecer no frio, na espontaneidade de um beijo de despedida criar uma explosão de raiva incontrolável;
Você deve dar o tempo necessário para dissolver está angustia que você causou, não cometa mais erros, você não tem mais chances;
Você não tem argumentos para se defender, tudo que foi dito é real e você não viu, você fracassou.
Romantizamos demais a dor, tanto que com o passar dos anos esquecemos que ela passa, e justamente por isso ela se instala em nossas vidas.
"As sagradas escrituras ainda são ineptas para me dissuadir, porque daqui, além, não há mais nada."
É, eu nunca consegui fazer uma pessoa entender o que sinto, mas então, eu me sinto esgotado e reprimido, eu sinto uma sensação de agonia que nunca acaba e sim se intensifica cada vez mais. Tenho uma doença incurável de pele que me deixa pra baixo, eu só queria que alguém me entendesse. Eu sou uma pessoa que irá desistir de tudo muito breve. Sou uma das 7 bilhões de pessoas, sou menor que um átomo em comparação ao universo e eu concordo de não ligarem. É só um desabafo, não sei mais pra quem falar
Não me julguem pela melancolia que carrego em meu peito, pois ela é o intrínseco no meu convívio humano.
Quando nada mais importa além da minha vontade, eu deixo de viver no mundo e passo a viver dentro de mim.
Somos fios desencapados, dando choque em quem não merece.
São anos de lutas, tristezas, frustrações e decepções que nos tiram o ar.
Problemas travam nossa coluna, nos dão enxaqueca, estafa e nos fazem ter surtos de medo, ansiedade e depressão...
Que chegue o tempo de tomar aquele café que prometemos, de sair para dançar, de tomar aquele drink, rir sem parar e de dizer o quanto as pessoas importam...
Que ainda tenhamos a alegria de repousar nossos olhos em outros e sentir o amor mais uma vez...
Que consigamos nos deitar e que nosso sono seja reparador e que esse peso do cansaço da tristeza e da dúvida se dissipe no ar.
Vamos libertar nossa mente já que este corpo está pesado demais...
Vamos viver enquanto a vida não nos mata.
Estamos cansados demais.
Passo o dia chorando
Trabalho mal minhas ideias
Não preciso de corte minha alma tá sangrando
Preciso de ajuda mas a solidão é a minha plateia
Preciso de amor mas não me amo
Finjo que está tudo bem mesmo não estando
Não da pra viver sorrindo e chorando
Queria ver minha mãe caminhando e vivendo
Enquanto isso eu estaria num caixão
De mim mesmo sou refém
liberdade de tirar sua vida é uma prisão
Drogas me mantém vivo mesmo quando estou morrendo
Prometi que ia me matar aos 21
5 anos da depressão e uma hora essa bomba explode
Troco livros raros por uma dose de rum
Monstros de 21 cabeças, chora e não morde
Vivo versos sem verve
Vou viver como verme
Ou escrever como Verne
Cartas manchados para hermes
Tempo passando e eu sofrendo
Liberdade pode ser cantada
Mas a prisão é escrita no tempo
A loucura pode ser materializada
Troquei a corda pela corrente
Obeso demais, preciso de algo mais resistente
Dismorfia desde criança
Quando fui magro eu estava doente, eu quero a morte e ela é vingança
Soro do super soldado é heroína sem esperança
*Propósito*
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito abrir os olhos
Não vejo porquê
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Penso nos beijos
Que alguém me deu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Veja cada amigo meu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Pai, sinto cada abraço seu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Mãe, amo cada riso teu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Penso no que ainda não tornei meu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Bate meu coração pigmeu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Não quero ir do pó ao pó
Sem antes ter visto (...)
_Propósito_
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Há algo que meu eu me prometeu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito, não êxito
Não é hora de desistir
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito, mas abro os olhos
Não êxito
Não resultado final
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Veja a mim mesma
Vejo eu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Escolho não ser alguém que cedeu
Deixe-me dormir, descansar de tanta dor
Dor que há tanto tempo tenho
Que cuja causa me esqueci
Dor que some com o silêncio
O sono se vem
A dor se vai
A dor sumiu
Por favor grande autor dos meus dias, amanhece logo minha vida!
Faz o sol nascer aqui pra mim.
Ordene que essa tempestade se acalme e me ajude a sorrir.
É tão estúpida a melancolia que achamos nos matar agora mas que daqui meia hora já nem lembraremos mais!
Ser amigo de seu filho é também incentivar boas amizades.
Tire o seu filho de casa, da frente do celular, do computador, leve à igreja, ao parque, ao shopping, ao cinema, de preferência com amigos.
Ensine o seu filho a ter amigos e ser amigo.
Converse muito com seu filho e ensine ele conversar, ter educação, respeito.
Ouça o seu filho e o ensine a ouvir.
Filhos que amam e se sentem amados, dificilmente sofrerão com a pior doença do momento, a depressão. E isso, nenhuma tecnologia poderia fazer por você!
De que adianta querermos ganhar o mundo inteiro, se perdermos uns aos outros?
ORTOTANÁSIA
Se eu disser pra você que hoje eu acordei triste, que foi dificil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões, trabalhar... se eu disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que levantei hoje devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?
Você vai dizer "te anima" e me recomendar um antidepressivo ou só vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma musica revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para seu psiquiatra.
A verdade é que eu não acordei triste, nem mesmo com uma suave melancolia, pois sou eu e isso é normal. Por que ficar triste é comum, ter crises de ansiedade pode acontecer com alguém como eu, isso é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, emoções, que ora gargalha em grupo, ora busca o silencio e a solidão. Nem sempre estar triste é estar deprimido, outras vezes estar triste é viver numa profunda depressão. A depressão não é um estado passivo, letárgico. É um estado ativo de dor lancinante da ponta do cabelo aos dedos dos pés.
Pé de manjericão
O que te faz viver? Essa é uma pergunta diferente do que espera-se do titulo do texto, não irei apresentar nem um dado cientifico nem uma explicação sobre o que é um pé de manjericão , mais irei mostrar como uma planta gosta tanto de viver buscando deixar um legado na vida de cada um que vier ler esse texto, moro em uma rua de vizinhos muito unidos e na frete da casa de minha vizinha mulher do meu afilhado existe um grande pé de manjericão que será o prestigiado nesse texto, ele é um ser para se admirar cresceu em um ambiente que ninguém imaginaria que ele viesse a crescer pois é um ambiente com piso de cimento, mais graças a chuva no cantinho da parede surgiu um pequeno buraco e lá ele cresceu é um gigante maravilhosamente lindo de se ver mais por instinto humano (não sei se é o certo a se dizer), cortaram a planta deixando somente a raiz, mais a vontade de viver daquela planta é tão intenso que ela cresceu novamente a insistência e o amor pela vida que essa planta tem é tão intenso que acredito que ela não esta ali por acaso, ela traz para nossa mente um momento de reflexão mostrando para cada um o quanto que a vida é importante, que devemos viver a cada dia, que a cada dia vamos passar por momentos importantes que vais nos alegrar e momentos difíceis que vai nos entristecer de tal forma que não saberemos como levanta, mas devemos nos manter lá firme e com o passar dos tempos vamos olhar para traz e veremos o quanto essas coisas foram importantes para nosso crescimento, que devemos buscar a cada dia o sentido da vida de nos mantermos firmes chorar quando for preciso sorrir a qualquer momento existe um ditado em que diz “não tem um mal que não traga um bem” e eu concordo tudo tem um lado bom ate a morte, como assim? Quando alguém morre vemos o quanto o outro é importante, quanto um eu te amo é importante e como o ser humano é igual então abraça mais, pede perdão, desculpas essas coisas não é “se rebaixar” como dizem, busca ver o lado bom das coisas se você não fosse capaz tais coisas não aconteceria.
Setembro.
Quando se perde a natureza do ser
Os olhos não vêm mais beleza
E toda poesia se veste feita uma valsa triste
E não a ar que nos abrigue em um mundo de solidão,
A tanto tempo eu procuro E são tantas noites sem dormir
O que estávamos procurando está fora de casa .
O que tanto aguardamos não volta com suas asas.
Perseguidos pelo mundo
Escondendo o rosto e coragem
Um caminho longo
Na vida curta
Só mais uma estrada triste
Um dia cinza outra alma sem par
E medo me persegue nas noites pesadelos
Durante o dia tormento e desespero
Não sou tão forte,
quanto antes.
Quando criança sentia mês pés firmes
no chão,
hoje já não sei andar descalço.
Hoje já não sinto a terra.
Estou preso nessa selva sem ar.
E o amor hoje voa longe, gostaria de velo outra vez bater suas asas em direção mim, sei que hoje ela vive em
outro Jardim.
Eu vejo a vida passar,
E o tempo me maltrata, me tirando as folhas sinto meu tronco rachando, assim
como meu peito.
Sou uma árvore presta a estimação.
Sou o fruto jogado no chão.
Sou o passado, mais não vejo futuro
nessa escuridão.
Todo amor que um dia conheci,
hoje é somente cinza poluindo meu coração...
PauloRockCesar
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}