Depoimentos Saudades do Passado
SAUDADES SECAS (soneto)
Saudades secas, no cerrado, banham
De lágrimas as lembranças já findas
E assim choram, tristonhas, e choram
Enxugando o soluço em sujas nerindas
Quando entardece as noites revindas
É hora de preces que os céus imploram
Oram de mãos postas, e ali tão pindas
Que tristuras secas, molhadas choram
Ao juntar estas secas dores na oração
Em vão as rezas murcham na emoção
E as saudades bebem fel na cacimba
São nostalgias que vivem de ilusão
Choram, oram, imploram recordação
Se quando no peito esquecer catimba
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
INVERNO (soneto)
Inverno, gélidas manhãs e noites
Dias curtos, saudades em açoites
Sentimento coroado de melancolia
Acanhamento do sol, nublado dia
Flores embaçadas e transfiguradas
Trovejantes são as luas nas madrugadas
Embaladas pelos ventos e seus uivos
Aos sentimentos, os brilhos ruivos
Quem és, que trêmula o afeto assim
Nos pingos crepitantes do confim
Das estrelas, dos céus e seus querubins
É o convite aos odores enamorados
Aos amores nos lençóis entrelaçados
Calefação a alma, ao amor, apaixonados.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de junho, 22’45”, 2012
Cerrado goiano
Meu jardim de saudades
Verde catedral marinha
E cuja reza caminha
Pelas roboantes naves.
Ai flores do verde pinho
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'a perderam no caminho.
Revejo-te e venho exangue,
Acolhe-me com piedade
Longo jardim da saudade
Que me puseste no sangue.
Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.
A tua alma em mim existe
E anda no aroma das flores
Que te falam dos amores
De tudo o que lindo e triste.
A tua alma com carinho
Eu guardo-a e deito-a a cantar
Das flores do verde pinho
quelas ondas do mar.
Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.
DESENCONTROS (soneto)
Saudades nas vontades que se esfumam
No tempo visto com os olhos lacrimejados
Vou-me, assim, nos sonhos debruçados
Dos devaneios findos, antes que sumam
Dores e fantasmas na alma sepultados
São sombras que na frustração abulam
Com vozes que na emoção deambulam
Numa espera tensa de prazeres alados
Nas solidões frias... As carências bulam
Arreliam e se desfazem em enevoados
De refrigério que as futilidades simulam
Então, tento resgatar dos inesperados
Fados, versos que sobram e, engulam
Os desencontros no coração atarracados
Luciano Spagnol
27 de novembro, 2016
03'10", Cerrado goiano
UM ANO SE PASSOU, naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças nós acolhia.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
A cada uma das lágrimas vertidas
De chegadas, partidas e ou feridas
A cada olhar nas saudades perdidas
Deixo um pedaço de mim...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Naufrágio
Saudades ainda latentes
Versos sem as suas rimas
Palavras ainda presentes
Madrugadas sem estimas
Tantas vezes choradas
Na solidão das lágrimas
No leito ficaram caladas
Como uma flor sem néctar
E lábios sem boas risadas
Com acusações para julgar
E enganos como ciladas
Quando eu só queria amar
E assim, nos ais você partiu
Com a emoção sem pesar
Deixando o coração vazio
E o ponderar sem ofertar
Desmoronando em fastio
Os sonhos de se sonhar
Restando somente aflição
Entre os teus vários ir e ficar
Adormeci ao lado da ilusão
Após este amor naufragar
Luciano Spagnol
27 de maio, 2016
Cerrado goiano
E.mail
Escrevo-te este e.mail simples, amor meu
Porque hoje acordei com saudades tuas
Nas entrelinhas um pouco do poeta plebeu
E muito de minha alma em versos ingênuos
Para dizer-te de emoção
Cantar-te o quão forte continuas
Na minha vida, no meu coração
Que queria ouvir de ti novamente:
-meu bem
Mesmo que por ligação
Pois você é amor que detém
Que domina a razão
Só você faz o meu poetar ir além
Portanto seja novamente parte desta canção.
Assinado, este que do teu amor é refém.
O que não é nosso: O vento tráz, deixa e depois leva.
O que é nosso: agente espera, Deus nos dar e ninguém tira.
Ter saudade não é pedir pra voltar. sentir falta não quer dizer que eu queira estar do seu lado. o que foi bom já passou, foi lindo, mas ficou no passado.
Somos feitos de um único material. Porém, alguns querem ser mais que os outros. Bom, esses são os famosos resíduos.
Em cada passo que dou: mil pessoas me querem ver tropeçar e um milhão me ver cair. Pena que a minha preocupação é só em dar o próximo passo.
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