Depoimentos Saudades do Passado

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⁠NARRATIVA

Sobre a folha, aquela poesia plural
No verso, sentimentos empilhados
Nas saudades, os suspiros arfados
Na quimera, a ventura sem igual
E, tudo, numa poética sentimental
De especiais eventos, ali pintados
Em cadencias e tons apropriados
Dando a escrita um traço visceral

É dum sussurro com certo legado
Cochichado de um intimo secreto
De um momento, assim, inspirado
Então, a poesia, se faz num trajeto
E o poeta não mais se senti calado
Narrando as sensações no soneto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/09/2022, 20’53” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ARCA VELADA

Guardei na poesia os meus segredos
As saudades, lembranças. o que pude
Tranquei na cadência aqueles medos
Na rima, a tal dor, asperamente rude
E, fui buscar o que não tinha, amiúde
Aquilo que apraz, os olhares, os ledos
Ai, conservei nos versos a boa atitude
Mas, muitas me fugiram pelos dedos

O momento, passou breve, rude sina!
Assim, como a inspiração que ilumina
Mas, a esperança sempre apaixonada
Ah! quanta poética sensação arquivada
Nesta arca velada... ah! quanta rotina!
Versando paixão e a alma enamorada!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 setembro, 2022, 17’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENLEVO NA POESIA

Não quero por saudades na poesia
Quero é ter nos versos só sensações
Aquela alegria com ternas emoções
E um pouco de poética em quantia
Não quero por tristuras com clamor
Na prosa, eu quero a rosa, a paixão
Para, então, com a sorte ter razão
E, assim, narrar em versos, o amor

Preciso da poesia causando sentido
Não aquele sentimento tão dividido
Quero um olhar, os gestos, enfim,
Ter os cânticos sensíveis e o agrado
Sem temores, sim, o enlevo velado
Aí, tendo-a eu, e ela tendo a mim!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 setembro, 2022, 21’46” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOLUÇAS, CORAÇÃO...

Coração que soluças nas saudades
Sensação amarga, o peito apertado
Frágeis sentimentos pelas metades
Em cárcere na sofrência, algemado
Teu sussurro, ó vazio, desesperado
Leva o indiferentismo das vontades
Pra então desvanecer abandonado
Nas dores sóbrias com severidades

Vives assim, moribundo, pensativo
Na inquietação do emotivo, cativo
Na imensa vastidão do desagrado
Suspira, coração! Debalde soluças
Pois... na tortura, onde te debruças
Ninguém sente contigo ao teu lado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 março, 2023, 15'29" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADES, TANTAS

Quantas saudades tive? tantas, nem sei
Todas tão suspiradas na esfolada prosa
Cada qual na dor, com sofrência rimei
Rimei também a solidão nua e ramosa

Tive saudades daqueles a quem amei
E nesta nostlagia só situação morosa
Me era companhia, superação tentei
Cantei a lembrança da oferecida rosa

Ah! saudade, de sensação embaciada
Tantas as clamei em noite enluarada
Chorei, mesmo assim contida emoção

Ó Deus, por equivoco, ao me moldar
Colocaste no vão do peito a sussurrar
Só a saudade em lugar de um coração...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19, outubro de 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Mulheres

No mundo existem diversos tipos de mulheres. Existem as que curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram exemplos Irmã Dulce, na Bahia e Madre Tereza, na Índia.
Existem mulheres que cantam o que a gente sente e as que escrevem o que a gente sente.
Há muitas mulheres glamourosas, como o foi Lady Di e mulheres maravilhosas que deixam lições eternas, como Eunice Weaver e Madame Curie.
Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no Teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do Mundo.
Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra a adversidade, para que os filhos sobrevivam.
Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de terra, um território, um comando.
Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras para viver.
Mulheres que se perguntam todos os dias, ante a violência de que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.
Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.
Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer estrela, porque lutam todos os dias para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir a matrícula do filho na escola.
Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.
Mulheres que voltam do supermercado segurando várias sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulheres que levam e buscam os filhos na escola, levam os filhos para a cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.
Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.
Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se fizeram as lições da escola, antes de colocá-los na cama.
Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos, fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.
Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.
Podem se chamar Bruna, Carla, Teresa ou Maria. O nome não importa. O que importa é o adjetivo: mulher.
* * *
A tarefa da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito. Tal tarefa pode ser executada no ninho doméstico, entre as paredes do lar, na empresa, na universidade, no envolvimento das ciências ou das artes.
Onde quer que se encontre a mulher, ali se deverá encontrar o amor, um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.

Má influência não é somente aquela que vem visivelmente incrustada com os cristais do dolo, da má intenção como a conhecemos. A má influência pode vir recheada e coberta com o doce glacê das boas intenções que soam tão belas aos nossos ouvidos desatentos e fazem bem ao nosso ego, mas faz um mal muito maior por fazer apenas parte de uma pauta moral de um ‘ser bonzinho’ que não percebe e nem sofre as consequências, mas apenas influencia no que é de seu interesse convencer.

⁠Só dois tipos de pessoas podem não gostar de mim: as que não me conhecem, e as que me conheceram demais.

Ninguém pode culpar os outros por suas escolhas.

Ano Novo...
Há que saber expurgar o luto,do desgosto
E...
Jamais ficar preso ao passado…
A mente esvazia-se e novos
Horizontes se abrem…

Sentir saudades de quem não pode mais estar ao lado é afirmar que tal distância, no coração, jamais se deu!

PAIXÕES

Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde
Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas
E, em recordações, o meu coração responde
Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas

Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde
Gorjeiam as melodias, e desenham estradas
Na memória, onde, além, o passado esconde
Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas

Recordo, choro em pranto, eram dias felizes
No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto
E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes

Tu golpeada e finda, - e eu fremirei sepulto:
E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes
Se estorcerão em dor, penando sem indulto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

MADRUGADA DE JULHO DE 2015

Nesta madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13 de julho, 2015
Cerrado goiano
Falecimento do meu velho pai.
(José Lino Spagnol)

Eu, a poesia e o cerrado

Com os cascalhos do cerrado
e as saudades em entrelinhas
eu alicercei o meu versado
em sulcadas poesias minhas

e no horizonte além
deixei os meus sonhos
junto ao entardecer, porém,
não foram olhares tristonhos

nem sei bem se eram fados
ou lamentos do árido viver
só sei que eram suspiros calados

mas nas trovas tinha o querer
tinha poemas alados
tinha eu, tinha zelo, tinha o crer...

(também, tinha
o poeta mineiro do cerrado
em versos apaixonados.)

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano

Se onde há fumaça, há fogo e onde há sintoma, há doença; então onde houver ciúmes e saudades, há amor!

VELHAS SAUDADES

Olha as velhas saudades, tão cáusticas
Do que as saudades novas, menos antigas
Tanto mais agridoces do que as ortigas
Derradeiras na alma e assim tão fubicas

A lembrança, a dor, tristura em futricas
Que o tempo não as corroem nas fadigas
Tão casmurras e se abrigam nas cantigas
Dos amores perdidos e com as suas tricas

Não choremos, camaradas, a saudade!
Vivamos a cada segundo! E vivamos!
Como a esperança que não envelhece

Na felicidade, e também na bondade
E assim com o riso e harmonia vamos
Dando conforto aos que dela padecem!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Saudades de mim

Levantei hoje com saudades de mim
Pelo tempo veloz eu fui ultrapassado
Já nem sei mais se é começo ou fim
Nesta rota de caminho cascalhado
Sigo em direção ao plano horizonte
Pois o por do sol me leva ao cerrado
O mais interessante é que virou fonte
Nela tento do menino ordenhar o fado
Assim aí eu possa ultrapassar a ponte
Do labirinto acidentado que hoje sinto
Nesta de buscar mais cor onde eu for
O cinza empoeirado me tornou absinto
Me pôs nu nos desejos de ser sonhador
E nas recordações arranquei o estopim
Pra atar na minh'alma os cacos do amor
E tirar da memória às saudades de mim

Luciano Spagnol
20 de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Continuísmo

O Zé ausentou, ficaram-se as saudades
Dos seus egoísmos, sua paternidade
É a vida afinal, no seu voo, nada mais
Deixa as lembranças nos seus anais
Como um vento que passou e desfolhou
Sua viva companhia, e agora restou
As marcas nas águas do tempo, glórias
E quem ficou, dá continuísmo nas histórias

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FIM DA VOLTA (soneto)

E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia

Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia

Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo

Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADES DO RIO

Rio, de longe, uma saudade
Amizade, eterna recordação
Das cidades sua majestade
Tu pulsa no meu coração...

Tuas ruas, varia a felicidade
Vivo bem longe, de ti solidão
No bem querer, divindade...

Se algum dia voltar, será enfim,
Pra nunca te deixar,
E bem junto há ti. Ficar assim!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol