Depoimentos para meu Amigo Chato

Precisando de um namorado!
Que não seja chato!
Que não saia do meu lado!
E que adore me fazer sorrir!

Preciso de um namorado
não precisa ser capaxo
so quero que seja apaixonado
e que faça de tudo por mim!

Preciso de um namorado
que seja dedicado...
que não seja calado
e que não veja pecado
em me fazer feliz!!!!

Se quando eu falo sou chato, meu silêncio finda sendo antipático.

Ele pode ser chato , bobo , irritante , besta . E se ainda ele for tudo isso , ele será meu chato , meu bobo , meu irritante e meu besta.

Meu lado chato é implicante igualzinho o seu.

PATUSCADA

Um carrapato, no meu sapato!
cara, isso é muito chato...
Chatos, carrapatos
quebra de pratos...
Tudo ingrato.

Outro dia amarraram o pato
dentro do saco,
o pato estava fraco...
Que saco!
Pato fraco
saco com buraco
o pato escapou...
Bateu asas e voou
e por vias de fato
o dono do pato chorou.

Antonio Montes

Amigo é aquele que vive junto, não aquele que te poupa da vivência. O amigo confia em ti.

Até os momentos mais sombrios escondem uma alegria, uma solução pode ser encontrada no lugar menos esperado e o mágico e o corriqueiro caminham juntos para transformar nossas vidas.

meu cachorro velho
ouvindo com interesse
o canto do verme

Meu Deus, como ficam / sozinhos os mortos!

Maria-fecha-a-porta
ao toque do meu dedo:
ah plantinha tímida...

Folha de jornal
vem no vento ao meu pescoço;
cachecol de letras.

Manhã de frio.
Se fosse menino escrevia
Meu nome no vidro.

A porteira bate -
Do meu lado esquerdo,
A lua de verão.

E por esta arte de conhecer os homens, digo-vos, meu filho, que se pode aprender, mas que não se pode ensinar.

Porque quando alguém, meu caro, vangloria-se / de ser um homem honrado, depois de dar / a sua palavra, esta deve ser sagrada. // E mesmo que a estrada seja longa, feia ou bela, / custe o que custar, nem que ele tenha de ser morto, / mas a sua palavra deve ser mantida.

Só, tudo parece breu.
Um hálito ébrio vem de fora:
Estranho, mas é meu.

A rã de Bashô
sai num pulo do haicai
dele para o meu.

Pequena, mas suficiente para mim, não depende de ninguém,
decorosa, e comprada com o meu dinheiro.

A ociosa espada
sonha com suas batalhas.
Outro é meu sonho.

Glória

Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.

Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")