Depoimento para uma Garota que eu Amo

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Vida louca vida... Já eu não posso te levar
quero que você me leve..
Vida louca vida... Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar! Nosso crime não compensa

Mas não me consolem: da minha dor, sei eu.

Soube que eu te amava por que quando eu te vi havia estrelas no firmamento, água no leito dos rios, e flores nos jardins: saber que tu eras a pessoa da minha vida era, pois, coisa tão clara que até um cego enxergaria!

Você coloca aquele moletom cinza com dizeres do surf e eu experimento um guarda-roupa inteiro pra ficar à sua altura.

Eu Sei (Na Mira)

Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil de dizer
O meu coração
É um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha

Enquanto eu vou andando o mundo gira
E nos espera numa boa
Eu sei, eu sei,
Eu sei

Mas eu minto melhor que você. Posso mentir até para mim mesmo.

Odeio pessoas dramáticas que dizem “sem você eu não consigo respirar…” Tá namorando o oxigênio, é?

Pra falar a verdade, eu gosto de quando você me provoca e gosto até dos seus ciúmes.

Claro que eu me frustro, faz parte da vida. Mas meu chão eu fiz de mola. Posso cair todos os dias, mas o resultado da minha queda é o impulso.

Amar é o combustível da vida. O problema é que eu só encontro posto adulterado.

Como teria eu opiniões íntegras se não me basta ser o que sou e se ardo por parecê-lo?

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba

Cassia Eller

Nota: Composição de Renato Russo.

Antes de me casar eu tinha seis teorias sobre como educar aos filhos. Agora tenho seis filhos, e não me resta nenhuma teoria.

‎No fundo, bem no fundo, eu tenho é tanta saudade de tudo.

Eu já mandei minha felicidade embora muitas vezes simplesmente por não ter a menor ideia do que fazer com ela, deixei que ela passasse porque estava mais acostumada a lidar com o meu caos pessoal. E dessa vez não quero que isso aconteça. Dessa vez olhei pro meu pessimismo e decidi encará-lo. Ele me disse que vai doer depois, que quanto maior a altura, maior a queda. Eu disse que queria arriscar. Por favor, deixa, pelo menos dessa vez, deixa eu saber como é! Ela não queria, mas no fim das contas teve que ceder, afinal quem manda aqui ainda sou eu! Agora eu passeio com ela todos os dias, nos tornamos grande companheiras. Eu e a minha felicidade, a minha felicidade e eu. Às vezes ainda nos estranhamos, às vezes ela ainda me deixa um pouco desconfiada. É que às vezes ela chega tão decidida a se juntar a mim no meio da noite, entre um abraço e outro, entre uma palavra doce e outra. E de vez em quando, o meu pessimismo tenta se sobressair e me dizer pra tomar cuidado, pra não dar muita trela. Mas parei de ouvi-lo, confesso que a presença da minha nova amiga é muito mais agradável e cheia de vida, e sinceramente, sempre gostei mais do colorido que do cinza! Tô pagando pra ver sim, tô com a cara exposta sim, e pode doer o quanto for, podem maldizer o quanto for, o sorriso que eu levo hoje apaga todos os outros rastros. Eu aprendi, aos trancos, que ser feliz não dói. Ser feliz não dói. Confia em mim, não precisa ter mais medo – ela me disse.

Eu quero a verdade que só me é dada através do seu oposto, de sua inverdade. E não aguento o cotidiano. Deve ser por isso que escrevo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

Tudo isso dói. Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.

Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sabe aquelas pessoas que disseram pra desistir de você e que você não valia a pena? Pois é, eu mandei elas calarem a boca.