Depoimento de Boa Noite para um Namorado
Mantenho diários anuais de tudo que faço e penso. Funciona como um lugar onde coloco tudo que não posso colocar no mundo. Os anos passam, os pensamentos ali ficam. Nem ouso mais ler o que escrevi há uns dois anos. Não tenho coragem. O que fui e o que sou não são compatíveis. O que escrevi me traz vergonha, fujo daqueles pensamentos. Nem mais escrevo muito, com medo do que me tornarei. Imagina só se me torno alguém que despreza meus escritos atuais? Imagina só se algum dia eu me revelo meu real eu? Talvez seja isso. Medo, não vergonha. Medo de ver quem eu sou. Quem eu sempre fui. Sempre serei. Mas me recuso a ser. Não quero ser dona daqueles pensamentos. Não quero recordar o que achei que estivesse esquecido na minha memória. Não quero pensar, lembrar o que já não lembrava. Tudo que lembro me torna mais daquela pessoa que fui. E sempre serei. Mesmo. Quanto mais leio, mais volto a ser quem sou. Tenho medo de nunca mudar. Não quero, cansei de ser eu. Quer saber? Me ser cansa. Cansei de ser por completo. É. Ter muitas lembranças cansa.
(A [louca] dos diários)
Fico pensando se um dia eu decidisse te contar: lembras daquele dia tão triste em que saístes sem entender nada? Pois é. Não era só isso. Eu tinha vários outros motivos que vou começar a citar agora: (...) E aí eu lembrava de tudo que me levara àquele momento – histórias, verdades, mentiras – tudo embolado junto da insegurança que mantinha esse grande embrulho feio e estragado fechado em minha memória.
Há tanta coisa que não sabes e talvez precises saber. Tantos momentos que pode ser que tu jamais penses que aconteceram... e ali estavam, como motivos para o medo e o fim, que acabaram incompreendidos pela falta de coragem. A coragem para falar tudo sem falsidades, sem tentar amenizar situações.
Se um dia desses nos encontrássemos, será que eu teria coragem de te falar? Será que te contaria das dores que deixaste fincadas em locais profundos? Algumas até submersas em dores maiores ou lembranças melhores... mas ainda dores. Fujo desses pensamentos e finjo que não existem, mas será que conseguiria correr de tua face num dia de verão? Tão calma, quem sabe até se eu não te diria meus porquês? Mas é tão difícil... nem imaginas, talvez nem compreendas... quando nos encontrarmos na avenida alegre, não entenderás nada.. acharás que sou louca. Mas te contarei. Isso, é claro, se nos encontrarmos. E tu vieres falar comigo. E citares esse assunto. E pedires por respostas. E insistires nisso por algum tempo. Caso contrário, quem sabe, a clareza fica pra próxima.
(A [louca] dos porquês)
As coisas nem sempre são mais fáceis de fechar do que de abrir; desde uma garrafa até um coração, as percepções não vão tão longe quanto se imagina.
(Reflexões de Geladeira)
Uma mesinha de canto em uma sala escura. Ela entra, e percebe um brilho no cantinho da sala. Faz-se a luz, ela percebe um embrulho. Quem enviaria um presente naquele dia como qualquer outro, em que ela apenas fazia seu caminho de volta para seu refúgio? Quem se lembraria daquela menina que era como qualquer outra, cabelos e olhos escuros como a solidão?
Ela caminha pela sala, tentando desvendar tal mistério. Pensa em todas as pessoas com quem falou na semana, em todas as pessoas de quem se esquivou. Não demorou muito, já que ela passava tanto tempo recolhida em seus pensamentos, afastada de multidões. Nenhuma daquelas pessoas, pensou, teria lhe enviado tal surpresa. Os amigos já não mais eram próximos, o amor havia virado a esquina e procurado outros enamorados. Quem seria o misterioso ser amoroso a ponto de lembrar-se dela, a menina isolada de tudo a seu redor?
Chegou perto do embrulho, envolvida de emoções. Não sabia como reagir, o que haveria dentro daquele pacote tão brilhante e lindo. Tocou-o suavemente, para sentir a textura daquele brilho. Aumenta ainda mais seu encantamento, e ela percebe um envelope ao lado daquela beleza toda. Um envelope perfumado, azul, cheio de corações. Sua curiosidade chega ao ápice, e pode-se sentir a preciosidade que aquilo tudo havia trazido ao seu dia. Tamanha é sua ansiedade, que ela chega a rasgar parte do envelope, na ânsia por descobrir o que aquilo tudo significava. Dentro dele, havia um papel rabiscado de amor, dizendo “Tenho pensado muito em ti”, com aquela assinatura que ela há tanto não via.
Aquilo trouxe lágrimas a sua face. Ele. Ela sabia como havia sofrido desde a última vez que se viram. Imersa em pensamentos ela ficou, por alguns minutos. Lembrou-se, então, do embrulho, ainda intacto. Apressou-se em abri-lo, bisbilhotando logo o que chegava ao alcance de seus olhos. Mais brilho. Ela percebe, então, a fragilidade do presente. Um porta-retrato coberto de pedrinhas, que a lembravam daquele dia que passaram os dois embaixo do sol. O formato redondo a fez recordar aquela promessa de eternidade. A foto lá presente revelava como aqueles tempos eram belos, os dois rindo juntos sem temer a realidade.
Um sorriso escapou dos lábios dela. Aquilo era o bastante para seguir em frente. Finalmente ela conseguia encarar sua própria vida. Guardou seu presente naquele quartinho escuro em que vivia, local que logo se tornou claro e vivo. Pegou o telefone e discou aquele número que ela sabia de cor. Conversaram por horas, e cada minuto trazia uma lembrança alegre daquela vida compartilhada.
O tempo passou, ele sempre na memória dela, ela sempre na memória dele.
Nunca mais se viram.
Foram eternamente felizes.
(Brilho)
Quando um País, Estado, Região, ou um Grupo de Individuo suas Leis e Normas Não é Respeitado Seus direito Contraditados, Não Havera Mais Democracia.
Por que? Porque o tempo passou. Os dias em que não aguentávamos um dia separados já se foram. Conseguimos aguentar dois dias, três, por que não uma semana? Nossa, mas já se passou um mês... e não percebemos o quanto perdemos com essa falta que só dói nos dias de chuva. Ou sempre, mas como uma dorzinha pequena que nunca passa, e por isso acostuma. É, acostuma viver sozinho.
(Losing a friend)
Queria um dia entender o que aconteceu. Falta de comunicação, erro de comunicação? Só sei que a comunicação parou, de uma hora pra outra, do tudo pro nada. Nada. Como duas vidas inseparáveis resultam em nada? Chega a ser ridículo. Sou eu ridícula? Talvez, por escrever em vão. Mas será que escrevo em vão? Não conseguirei resolver-me, mas quem sabe isso não resolve outras vidas? Acho que é possível: tocar duas almas que morrem de saudade, só não tem coragem de falar. Como orgulho é uma coisa besta. Como alguém se priva de uma coisa tão importante por orgulho? Pra que orgulho, afinal?
(Losing a friend)
Um assunto que sempre me interessou; as pessoas. Sempre investiguei se eu era a esquisita no mundo ou todos os outros que não tinham noção do quão bizarros eram. Imagino que o problema seja com elas, e não comigo. Mas existem tantas dessas.. já pensou o problema ser eu? (E quando digo eu, falo de todas pessoas que se sentem assim) Será que eu sou a pessoa esquisita? Será que essas outras estão certas?.. A gente acha que no futuro elas vão sofrer, ver como é a realidade. Será?
Bom... Pelo menos nos resta nossa dignidade.
Um dia destes me falaste "Nossa, és tão sorridente, tão feliz...", e não tive resposta. Por que? Tudo que eu queria era que esta afirmação fosse correta. Queria estar sempre, todos os dias e momentos, feliz. Mas sabe o que? Talvez eu só tente te encantar com meu sorriso, talvez eu só queira parecer legal, simpática, uma boa candidata.. Talvez eu só seja feliz ao seu lado. O antes, o depois não sei, ainda não cheguei a resposta. Só sei que ao te ver, não faço nada, apenas sorrio. Talvez tu nunca saibas o que sinto, talvez eu nunca saiba o que sinto. Só sei que sorrio. E a fala se torna algo quase impossível, ao ver teus olhos olhando pra mim. Talvez eu te queira por um momento. Talvez eu te queira pra sempre. Nem sei se te quero. Só sei que a alegria me consome. O sentimento desconhecido, que ao não te ver parece não ser nada, sobe ao meu rosto e se escancara num sorriso. Mas nada sei, não sei o porquê, não sei não sei não sei. Só sei que sorrio, sorrio e sorrio!
(Smile)
O mundo parece girar em um compasso
totalmente descompassado ao meu,
e não me dá tempo de tentar sincronizar nossas melodias...
Aqueles brincos
''A mais ou menos três meses comprei um par de brincos, custaram a fortuna de R$2,00 (claro que se eu não contasse ninguem saberia), e eu nem poderia sonhar que eles denunciariamum segredo que eu pensei estar muito bem guardado...
Foi inconsciente...
Passei a usa-los em dias especificos, dias em que queria ser vista por apenas uma pessoa .
Mas existem, mesmo que raramente , pessoas capazes de identificar um ''ato falho'', quase que num lampejo de genialidade.
E assim, quando os olhos deste amigo pousaram nos brincos, eu vi estampado no rosto dele a leitura perfeita e integra do que eu escondia.
Touché!
O segredo?
Um dia eu conto...
Por enqunto ele ainda me desconcerta!''
''É disto que as vezes sinto falta ...
quando as mãos se encontram por acaso e deslisam suaves uma sobre a outra,
ou quando no meio de um dia ruim o numero do telefone salta aos olhos
e a gente vai pra um mundo onde não existe mais nada.
Sinto falta do abraço depois do banho com o corpo quente
e do sorriso que vem do nada só de olhar um pro outro.
Me falta pra quem dedicar todas as musicas romanticas
que estão nas paradas e as antigas também.
Acho mesmo que do que mais sinto falta é de mim ...
De ver o ceu mais azul e o sol ser só meu,
ver a tempestade e querer dançar no vento.
Ser mais o outro que eu
e ser mais feliz do que imaginava antes...''
Se eu tivesse levantado da cama um minuto antes não teria perdido o ônibus,
mas se eu dormisse uns minutos a mais também não teria pegado logo o ônibus estragado!
Se tivesse dito não, não teria ido, não teria caído, não teria lutado, não me machucaria, não encontraria o que nem fui buscar.
Se tivesse dito sim, talvez eu fosse, com certeza me levantaria, a luta me lançaria, iria sorrir dos meus arranhões, encontraria não o que procurava, mas sim o que estava a minha procura.
Se não fosse tão difícil, não me interessaria (só luto por grandes causas).
Se você estivesse lá, não importa onde lá fosse, eu iria chegar...
Se sorrir não for o bastante, usarei contra você psicologia de bolso (a boa e velha bajulação).
Se o dia for ruim: banho quente, perfume e lençóis de algodão são ótimos remédios.
Se utilizados por muitos dias sem resultado: troque-os por maquiagem, salto alto e cheiro de balada, aí sim é tiro e queda.
Se a noite for ruim: o sol ilumina o cenário cada dia de um jeito diferente e cada dia a gente acorda num lugar.
Se amanhecer com chuva, ótimo sinal: de vez em quando o céu precisa revelar pro resto do mundo como é que a gente se sente de verdade.
Se eu for empurrada do penhasco quando estou quase colocando a minha bandeira, é uma pena ter que conviver com adversários tão fracos. Se fossem realmente bons não precisariam estar puxando meu tapete.
Se eu não estivesse tão descuidada não teria me apaixonado. Todas as janelas e portas do coração abertas e você veio desatento, nem queria mesmo estar ali, logo saiu e deixou sua presença pra trás, por mais que eu esvazie a casa você continua lá, habitando todos os meus instantes de distração.
Se você não tivesse chegado assim sem querer não teria me mostrado que amor é mais do que estar junto: é ter a vida invadida pela presença e pela ausência, é pedir todos os dias pra esquecer e cada vez lembrar mais.
Se eu não tivesse vivido tudo que vivi até aqui não poderia ver a vida como a vejo hoje: apenas uma repetição de fatos pré-definidos que, por mais que você tente, não vai poder alterar.
"O destino está escrito e se você está tranquilo quanto a isto deve conhecer muito bem o autor."
Meus olhos ardem, me sinto um tanto quanto sem vida. O cansaço me venceu. Desisto. Lágrimas que caem, algo em mim morre.
Um homem também conquista liberdade quando não se limita à prisão de seu egoísmo; desprende-se da solitária da alma onde só cabia ele mesmo.
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