Depoimento de Amizade que Niguem pode Separar
Raízes do Afeto
Nas fotos antigas, desbotadas no tempo,
Sorrisos guardados em preto e branco —
São laços que tecem, silentes, seu assento
No meu coração, como um rio sagrado.
Vejo nas tuas mãos as linhas que herdaste,
O mesmo tremor da avó ao cantar.
No teu olhar profundo, o que me contaste:
Amores antigos a nos sussurrar.
Na mesa posta, na receita esquecida,
No jeito de dobrar o pano de chão,
Vive a ternura de outra vida,
Semente lançada em gerações.
O amor ancestral não morre, repousa:
É seiva na árvore, é voz no vento...
Sangue que flui e não se esgota,
Abraço de séculos no meu momento.
Luz Simples
Cada dia acende
Uma luz diferente.
Não é nada complicado,
É um sol bem presente.
Luz que entra pela janela,
Aquece o chão da sala.
Luz que pinta a folha verde,
Que na roseira balança.
Essa luz não é só brilho
Pra clarear o lugar.
Ela é convite manso
Pra começar a olhar.
Olhar pro pão quentinho,
Pro cheiro do café.
Pro vizinho que acena,
"Bom dia!" pra você.
Olhar a nuvem viajante,
A formiga no caminho.
Ver que a vida, mesmo simples,
Tem um jeito de carinho.
É nesse olhar atento**
Que a luz vira alegria.
Não uma festa barulhenta,
Mas paz que todo dia cria.
Paz de sentir o tempo,
De agradecer o pão.
De saber que estar vivo
Já é grande lição.
E aí vem a felicidade,
Não um tesouro a guardar.
Mas o amor que se espalha
No simples compartilhar.
Amor no prato feito,
Na palavra de consolo,
Na mão que aperta a outra
Quando o caminho é um pouco só.
Cada dia tem sua luz,
Não precisa ser intensa.
Basta abrir os olhos
E a alma, com doçura imensa.
Deixe que essa luz simples
Te mostre o essencial:
A verdadeira alegria
Morando no amor, que é...
Eterno, e tão normal... Quanto essa canção que faz bem ao coração...
O Fio Infinito
Não roda simples, nem espiral vã,
Mas tecido denso, sem começo ou grão.
O que hoje é chão, que hoje é dor,
Será novamente, sem perdão ou flor?
Cada instante, pesado de eterno,
Cada suspiro, cada inverno,
Cada riso que o vento levou,
Tudo voltará... Tudo voltará!
Não fuga no céu, nem porto além,
Só este mundo, sempre e também.
Amar o destino, dizer "Sim!" profundo,
Ao peso mais duro, ao abismo do mundo.
Seríamos deuses? Ou prisioneiros?
Criando eternos canteiros?
A vida, uma pedra que sempre se lança,
No lago do tempo, sem mudança.
Oh, volta que não é volta,
Mas presença absoluta, desenrolta!
Aceitar o mesmo que nunca se repete,
Pois só existe este instante que nos mete...
No centro do círculo, imóvel e ardente:
O eterno retorno é a vida consciente.
Amar cada sombra, cada luz que se acende,
Sabendo que tudo... Tudo... eternamente, desce e ascende.
Tardes com Teu Nome
Há um instante no crepúsculo que cai,
Quando a luz, já cansada de ser sol,
Se derrama nos vidros a cantar
Um segredo que o mundo não sabe ouvir.
É nessa hora branda, quase parada,
Que teu rosto se forma no ar morno:
Não é lembrança, é presença delicada,
Um refúgio de sombra no fim do dia.
Penso em ti — e o tempo se dobra:
O vento traz tua voz nas folhas secas,
A poeira dourada dança devagar
Como gestos teus pela sala vazia.
Ah, que ofício simples e profundo
Deixar que a saudade, lenta, se instale: Pois ainda não vivi.
Não dói, aquece. É um fogo brando
Que a tarde carrega em seu manto largo.
O mundo lá fora se tinge de mel,
As nuvens desfiam algodão doce,
E eu — apenas navego sem pressa
Nesse mar calmo onde teu nome é porto.
Porque pensar em ti à tarde não é fuga:
É encontrar, no meio do dia que finda,
A quieta certeza de que existes,
E que essa luz, por um instante,
É tua mão acariciando o horizonte...
Pequena Resistência
Era um grão no chão duro,
Pisada pela pressa do mundo.
Vozes grossas, vento cortante,
Vida apertada, mas não tanto.
Sob o peso do inverno longo,
Guardou calor no punho fechado.
Cada passo era montanha,
Mas seu sonho, semente teimosa.
Um dia a raiz furou o cimento,
Broto verde ergueu o dia.
Na altura do joelho alheio, foi quando eu conheci.
Floresceu sua quieta ousadia.
Hoje carrega o sol na palma,
Pequenina nave mestre
De si mesma —
Flor de asfalto.
Pensei em escrever porque alguém me perguntou:
“Cadê suas poesias? Tem escrito?”
A resposta veio assim:
Nem todo dia tem poesia.
Tem dia que amanhece seco,
sem metáforas, sem rima, sem vontade.
Tem prosa crua,
comunicado de despejo,
recado na geladeira,
mensagem não lida.
Tem carta escrita às pressas
só pra não dizer que ficou calado.
Palavras que se alinham não pra explicar,
mas pra confundir, provocar, desarrumar.
Nem todo dia tem bons pensamentos.
Tem dia em que o peito pesa,
e os sonhos dormem mais do que a gente.
Tem vontade de sumir,
e tem lembrança que insiste em ficar.
Tem o corpo presente e a alma ausente.
Tem desejo partido,
tem carta de amor rasgada antes de ser enviada.
Tem dia que tem só o silêncio —
mas é um silêncio cheio de barulho por dentro.
Tem dia que o mundo cala,
e mesmo assim, a palavra teima em transbordar.
Sai pelos olhos,
escorre na pele,
explode no papel.
E é nessa bagunça que, às vezes,
sem querer, a poesia volta a acontecer.
Eu me consagro a Ti
Mãe de Deus e minha
Eu me consagro a Ti
Mestra e Rainha
Não há ninguém na face do planeta Terra que não tenha mentido, mas fazer disso uma prática é difícil aceitar.
Deus fez o mundo em 7 dias, o PT vem construindo o seu a 35 anos. Mas é uma obra infinita, pois as vezes a razão, interrompe a obra, promove alguns desmontes, demite alguns responsáveis, prende alguns Nayas (Engenheiros Políticos) mas logo por força das Supremas Transações Funestas retoma a obra paralisada.
Governo é igual BALANÇA, dessas que você encontra normalmente em Farmácias ou estabelecimentos comerciais diversos, e lhe proporciona oportunidade de dizer, para quem está próximo ouvir, ou para si mesmo.
‘’Não melhorou, mas também não piorou’’
O Barrigudinho
No riacho claro e raso,
Nada um ser bem miudinho,
Com barriga que reluz
É o valente barrigudinho.
Peixe simples, sem vaidade,
Mas carrega uma missão:
Come larvas de mosquito,
Guarda a nossa proteção.
Colorido em tons discretos,
Com movimentos tão sutis,
Dança leve entre as pedras,
Nos aquários é feliz.
Nordestino por nascença,
Resistente ao sol ardente,
Mesmo em águas esquecidas
Segue firme e persistente.
Não se mostra por bravura,
Nem exige um pedestal,
Mas merece poesia
Por seu gesto natural.
Então viva o barrigudinho,
Nosso peixe pequenino,
Guardião das águas doces,
Campeão do nordestino
14 de julho de 2025.
Ele se sentia incomodado com a minha presença, não me queria por perto, mas, ao mesmo tempo, me confundia com sinais de carinho e afeto.
Desde o início da relação, propus um diálogo aberto, expus minhas fragilidades e, muitas vezes, deixei-me levar pelas minhas inseguranças.
Inúmeras vezes convoquei conversas sobre isso, apontei a possibilidade de recuar, de darmos dois passos para trás na relação, entre outras alternativas.
O que mais me machuca é saber que fui subestimado. Quando mostrei minha vulnerabilidade, não foi para assustar, mas para alertar sobre minhas feridas emocionais.
Conheço muito bem os meus sentimentos e acredito que a sinceridade pode ser a chave para o diálogo — mas, nessa relação, não funcionou.
Várias mentiras foram empilhadas sobre a mesa. Falsos desejos foram compartilhados. Afetos e carinhos que nunca foram verdadeiros.
A verdade é que talvez não tenhamos sido permissivos. Talvez permitir-se fosse o caminho: permitir-se falar, conversar, dizer, explicar.
Mas não. Nunca houve a preocupação em me dizer que eu não era desejado na vida dele.
Posso parecer frágil, mas tudo o que quero é poder ser inteiro com alguém que partilhe a vida comigo.
Não é o amor no sentido idealizado da palavra, mas um amor real: a partir do desejo do outro, podemos florescer como na primavera, cair como as folhas no outono ou queimar com as geadas do inverno.
E, a partir do desejo, também podemos arder como fogo na pele alheia, sem que isso seja um ato de traição. Sou sincero e verdadeiro — a mentira me enoja como um regurgito.
Nos tempos em que vivemos, o amor é fragmentado. É preciso assumir isso para caminhar junto à verdade.
Assumir que, numa relação, o outro deseja o "nós", mas também deseja os "outros" — esse caminho parece ser mais justo, verdadeiro e coerente.
Não posso apagar o meu desejo, assim como você não pode apagar o seu. Então, por que não nos alinhamos para arder como chamas, enquanto nos espalhamos como brasas por aí?
As gerações se conflitam, os humanos gorjeiam, e as relações se enfraquecem. A hiperindividualização do eu dificulta o movimento do nós.
Na contemporaneidade, há uma necessidade de comportar os prazeres a partir das nossas liberdades — mas ser livre não significa estar sem o outro.
Como podemos compactuar com a verdade de forma equivalente aos nossos desejos?
Abdicar dos desejos é um caminho para o apagamento do eu?
Em que implica a ascensão do eu em uma relação que contraria o nós?
O que o fetiche pela mentira revela sobre o caráter de alguém?
Manhã
Teus olhos têm o sol
que acorda a madrugada.
Teu riso, o céu azul
que abraça a tarde amada.
Bela como o dia
que nasce e se despede:
breve flor, vento, magia...
que a noite apenas pede.
Minha mãe me nomeou Matheus. Pela vida, muitas vezes, foi preciso me refazer. Dentre vários de mim se destaca um eu. Alguém que veio ao mundo nu e sabe que dele nada levará. Mas que em sua caminhada poderá criar ou imaginar mundos possíveis para aqueles que sentem-se desentendidos do eu, dos outros e talvez do mundo. Aqueles que não tem nada a perder e sabem disso dedico essas poesias.
dedico minhas poesias a quem na vida, nos cantos das paredes ou nas andanças do mundo sente-se as margens. dedico essas poesias a você a quem se sente, por vezes, um zer0 à esquerda.
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