Demorei mais Aprendi
Confundir Amor sem Medida com Amor em Excesso foi uma das desgraças mais confusas — e medonhas — que o ser humano já experimentou.
Às vezes, o conforto de repetir opiniões é mais sedutor do que o esforço de construir uma. Pensar cansa — seguir alguém, não.
Talvez não haja forma mais nojenta — e covarde — de se lançar numa guerra do que se calar a pretexto de pacificação.
Com tanta má-fé se valendo do nome de Deus — invocá-Lo publicamente, em breve, causará mais Dúvida que Devoção.
Quase impossível saber quem mais precisa de ajuda: se os que clamam por chuva para chorar escondido ou os que só se emocionam diante das câmeras.
Talvez uma gargalhada num velório seja mais honesta que um choro numa pregação religiosa.
A emoção verdadeira não obedece a protocolos, nem respeita o “ambiente adequado”.
Às vezes, a lembrança engraçada do falecido invade a mente, e rir é inevitável — e profundamente humano.
Não é desrespeito, é sinceridade.
Por outro lado, há lágrimas que escorrem, não pelo peso da fé ou do arrependimento, mas pelo constrangimento social de parecer frio.
Chora-se porque os outros choram, porque a expectativa exige um rosto molhado.
A verdade é que autenticidade não se mede pelo cenário: pode haver mais vida em uma risada fora de hora do que em mil prantos ensaiados.
O coração não conhece etiquetas — e, quando tenta segui-las, quase sempre mente.
Dia dos Pais!
Perguntas?
Muito mais que respostas!?!
E definitivamente, não dá para fugir das responsabilidades cobradas pela paternidade.
Embora, infeliz e descaradamente, muitos o fazem!
Sem modéstia e sem medo, me atrevo a dizer que a criança que eu era — e que, graças a Deus, ainda vive em mim — gostaria de ter o pai que sempre tentei ser.
Mas tem uma pergunta que deve ser para os que oportunizam a Graça da paternidade — os Filhos.
O Pai de vocês tem ajudado ou dificultado às pessoas que vocês estão se tornando?
Talvez o destino mais distante que a Oração Sem Ação alcance seja os ouvidos dos tolos que a fazem.
Hoje, uma pessoa veio me contar que leu mais dez textos no meu blog retratando os mendigos do Catete, e me perguntou de onde vem essa "obsessão por gente miserável". Não respondi ainda, e acho que farei por aqui, pois já é motivo pra um novo texto. Bom, começou com meu avô, na Vital Brasil, em Niterói. A casa do meu avô fica no pé do escadão do Cavalão, na subida da José Vergueiro da Cruz. Ali, sempre quando eu estava brincando na varanda, me causava pavor e medo uma negra descabelada, bem miserável, que, de 30 em 30 minutos, sofria ataques de caretas e dava tapas na própria cabeça. E ela sempre ficava sentada ali, no meu foco de visão. Para completar o quadro desagradável (eu só tinha 10 anos) ela soltava pelos lábios ventosidades com estrépitos que muitos julgavam escapados pelo cú. Magra, alta, não me lembro muitos detalhes. Só o que me recordo é que era vista falando com as pessoas conhecidas que entravam ou desciam do escadão, sempre no intervalo entre dois ataques que aconteciam de meia em meia hora. Não era raro vê-la passar e se comunicar com meu avô pelo portão, enquanto ele limpava o chão da garagem com uma mangueira. Por duas vezes, presenciei dois ataques, dois surtos, enquanto falava com meu avô. Não me lembro de ter visto qualquer morador da rua rir daquela senhora. Pelo contrário, quando ela dava os ataques, todos sabiam como auxiliar. Eu, morria de medo. Todos a tratavam com respeito pela educação e atitudes que ela tinha, quando no seu estado normal. As outras crianças, que nem eu, bem mais inocentes do que as de hoje, morriam de medo. Certa vez, meu avô, a fim de que eu perdesse o medo, obrigou-me a falar com a tal senhora, quando de passagem num sábado a tarde pelo nosso portão. Não é preciso dizer que flutuei no medo, na expectativa de um dos seus ataques. Perguntou-me o nome, deu-me umas palmadas no rosto, alisou-me os cabelos e, depois, ela mesma, mandou que eu fosse brincar, obviamente para que eu não presenciasse o ataque habitual. Não esperei segunda ordem. Afastei-me e fiquei à distância aguardando o ataque que não tardou. Mas, o encontro, de fato, fez-me perder o medo. Já não corria mais do portão ao vê-la. Aprendi a gostar dela. Lembro, até hoje, quando passou por mim no portão pela primeira vez que eu não corri. Acenou, acenei de volta, e ela seguiu seu caminho; me senti o cara mais sinistro e corajoso da Vital Brasil. Pensei: quem manda nessa merda sou eu. Desde então, sempre quando via sua sombra subindo a ladeira pela janela, já corria pro portão para redobrar minha coragem e fazer, cada vez mais, um contato mais próximo com aquela senhora, o que me deixava cada vez mais "sinistro" dentro do meu fantástico mundo de alessandro como o segurança da rua. Até que um dia ela parou para, de fato, conversarmos. Após 35 segundos (mais ou menos), ela teve um ataque epilético e caiu no chão, na minha frente. Imediatamente, um homem prestou todo auxílio e, quando a situação havia acalmado, percebi que estávamos de mãos dadas ali na calçada, sem mesmo perceber, durante toda a crise, que durou uns dois minutos. Depois que meu nervosismo passou, percebi que o homem que havia prestado o auxílio era o meu avô. Naquele momento, com ela ainda no chão, nos olhamos e, sem precisar falar nada, entendi exatamente tudo o que meu avô queria me ensinar sobre a vida, naquela oportunidade. Enfim, as histórias e experiências que tive com meu avô neste sentido foram muito longas, mas essa lembrança é o início dessa minha "obsessão por gente miserável" rs. Ainda sobre ela, não sei como terminou, pois nunca mais voltei naquela casa depois que meu avô morreu. Mas, se não me deixou a saudade, pelo menos deixou uma grata lembrança, engastada nas imagens daqueles tempos em que as crianças, tanto as do morro, quanto as do asfalto, ao invés de matar e assaltar, tinham medo de velhinhas doentes e miseráveis...
Um menino que era mais velho e que me enfiava a porrada todo dia na 2º série do colégio acabou de me atender no Burguer King de Botafogo. Deus é justo
Sou levado, sou enrolado, sou eu até onde bater mais forte. Na encosta me encosto, e fico feito barco parado à beira-mar. Um navio inexistente, apagado, feito arco de harpa velha em depósito alojado à mostra para o que já não é mais. Foi-se o dia, foi-se o som, foram-se notas. O som parou e agora virou plateia.
Toda dor está dizendo algo que você não suporta mais. Algo para você não repetir. Nunca ignore o que uma dor mostra.
Então agora me dou conta novamente que uns sofrem mais, outros sofrem menos; mas, inexoravelmente, todos temos que sofrer.
Não mais verá o manacá em flor, plantado no jardim, perto do quarto. Lembrança com pitada amarga de saudade. Suave é a pena... 🌺 🍃 🍂
A cor do giz no quadro não importava mais. Naquela selva amarga - onde a loucura era somada aos aprendizados da dor - restou viver da saudade, se lembrar da vontade, e refletir sobre o amor. ✨
Havíamos nos encontrado numa terra abençoada, lá pelas tantas da noite. E lá pintamos mais o céu com a cor e tinta que escolhemos. Tocamos também um hino novamente. Tão belo assim nunca tínhamos visto. Ah, se fosse outro o nosso destino; queríamos estacionar ali. A gente sabia que acordaria logo pela manhã... ✨
Era um daqueles sentimentos mais fortes, que carregava ao longo de algumas existências. Por isso escutou novamente músicas marcantes e leu textos que haviam dado novo sentido à suas razões. Prestou atenção em detalhes que marcaram sua vida, como o barulho do ventilador, o brindar dos copos, o cheiro da chuva. Percebeu então que naquela selva amarga - onde a loucura era negada por aqueles que esqueciam os aprendizados da dor - restou viver da saudade, se lembrar da vontade, e refletir sobre o amor.
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