Demorei mais Aprendi
As coisas que eu mais gosto
Nesta vida
São exatamente
As coisas mais bobas do mundo
Gosto do pão sem nada
de ver as crianças brincando
Acordar de madrugada
e sentir a brisa gelada
Enquanto converso
Com as Estrelas amigas
Gosto de procurar
As mensagens que Deus espalha
Nos lugares mais improváveis
E depois
Juntando tudo
Gosto de enxergar a Deus
Como um todo
Gosto de lembrar do passado
e pensar nos amigos distantes
Que nem se lembram que eu existo
Gosto de conversar com mendigos
Gosto de tomar chuva,
Andar descalço,
dar risada sem motivo
sem ter que explicar porquê
Gosto de sonhar,
Gosto de me iludir,
Gosto de confiar,
Gosto de cantar aquelas canções
das quais ninguém nem se lembra
Andar sem rumo e sem pressa
Gosto de olhar
a vela queimando no escuro
E estar na janela
Quando a paisagem não se move
Gosto de dividir
Gosto de gostar de viver
E gosto muito de você
Só não gosto quando me perguntam
O Porquê.
Francamente
Tem coisas que não se explica
A gente simplesmente
Sente
Parece que em certas tardes
O tempo passa
Um pouco mais devagar
Como se fosse
Uma tarde escolhida
Pra que a gente
Olhasse nuvens antes de chover
Contasse ondas do Mar
Imaginasse Estrelas distantes
Pensasse na vida
Conscientes
de que elas estão realmente lá
E depois olhasse
pras paredes que nos rodeiam
E, de alguma maneira
Tivesse em mente
Que por mais que se conte
Olhe e imagine
Aquilo que conhece
Algo vem e nos fala
Que se realmente quisermos
Pode ser que não seja tarde
e ainda pode acontecer
Que tudo aquilo
Que ontem parecia
Impossível e distante
de repente
Nos alcance
e nos toque
E faça
Que a sua mente troque
A maneira de ver
e de sentir
e de contar
e de querer
Aquilo que era impossível
e veja
Que talvez até nem seja
Pois, com certeza
Não é
Um dia eu sonhei
Em mudar as coisas
Que estivessem erradas
E quanto mais erros eu via
Menos gente
Havia ao me lado
descobri
Que o certo
É ter por perto
Quem não queira
mudar a gente
Este mundo imperfeito
É feito de pequenos e grandes
Enganos
Os Planos de Deus
São os mesmos que os meus
Mas pra mostrar tudo isso
A quem tem compromisso
Somente com si mesma
Leva anos
de trevas
E então a gente percebe
Que cada um recebe
A parte que lhe cabe
Neste grande Oceano
de "não saber e achar que sabe"
Que envolve o Mundo
Não dá pra vencer a tempestade
Porém, todo mundo pode
Aprender a diferenciar
O brilho que ilumina
do brilho que ilude
A verdadeira verdade
Se esconde
Nos lugares mais visíveis
E são tantos quanto possíveis
Os noventa graus de uma esquina
Podem ser aquele "Ás de Paus"
Que a cegueira desnuda
Nada é somente
Aquilo que parece
Não adianta tentar
Mudar o Mundo
A minha melhor atitude
É não permitir
Que as pessoas que nele vivem
Me mudem
Só isso já muda tudo.
Edson Ricardo Paiva.
Mais do que tudo na vida
Todo mundo sempre precisa
de um simples momento
de sorriso e carinho
Pra pelo menos recordar
Mais do que um sonho bom
Numa boa noite de sono
Mais do que
uma linda noite estrelada
à beira de uma fogueira
Em um sábado de outono
Melhor que chocolate morno
Mais valioso que os quilates
do ouro ou do diamante
Todo mundo precisa
Ter pelo menos um instante
De carinho e sorriso
Não importa nada que viveu na vida
Tudo isso será esquecido
E não vai sobrar nada
Se a gente não tiver
Um sorriso sincero
e um carinho verdadeiro
Pra levar
Edson Ricardo Paiva
Por mais palavras
que a gente conheça
Por mais tempo a gente viva
Jamais haverá coisa nova
Com a mesma graça
Que aqueles simples voos de papel
Que jamais alcançaram grande altura
Mas traziam alegria tão pura
Que agora, ao lembrar
Eu os vejo pertinho do Céu
Portanto
Não importa
Quantos voos se voe
Nenhum deles se compara
e nem jamais haverá de comparar
E qualquer voo que tentar
Estará voando à toa.
Edson Ricardo Paiva
Existem muitas coisas
Que marcam a passagem do tempo
Outras mais a podem simbolizar
Uma torneira que goteja
Um ponteiro lento e constante
O movimento do Sol
Mudando a sombra de lugar
a todo instante
E assim a vida passa
Sem que a gente a veja
A fogueira se apaga
e a fumaça se dissipa
Chega outra sexta-feira
Acontece o ano inteiro
E quando você olha pros lados,
distraído
Esse ano já tornou-se
Ano Passado
Os bons momentos que você recorda
São tempos idos
dias distantes
Cada dia que a gente recebe
sem perceber
Se dissipa
Qual fumaça da fogueira
A gente viveu cada momento
Minutos que passaram lentos
Numa vida galopante
Você foi seguindo
O tropel da cavalgada
Até que um dia se dá conta
Que o movimento lento e constante
dessa viagem
Teve sempre o mesmo sentido
E esse sentido é pra frente
Agora você tem
O tempo que não chegou
E o momento presente
Mas não existe no mundo
Estrada
Que possa te levar
novamente àqueles lugares
a vida sempre pode ser vivida
Mas não pode jamais
Ser revivida ou melhorada
Faça o seu melhor agora
Amanhã
Poderá não te restar
Mais nada
Edson Ricardo Paiva
Hoje
Há cada vez mais registros
e cada vez menos história
As Pessoas viajam mais
E se aproximam cada vez menos
Estudam cada vez mais
e sabem cada vez menos
Ficam cada vez mais bonitas
e tem o seu interior
A cada dia mais vazio
A cada dia há mais poetas
E menos poesia
Quanto mais se sabe
Menos se conhece
Quanto mais idiomas aprendem
Menos elas se entendem
Quanto mais religiões existem
Mais distantes de Deus elas ficam
Quanto mais pretendem
Ser livres para amar
Menos amadas são
Quanto mais dinheiro tem
Mais pobres elas se tornam
Vivem cada vez mais
Vivem cada vez menos
Edson Ricardo Paiva
Sonhar
Sempre sonhar
Sonhar mais
Sonhar demais
Sonhar sempre demais
Aprender sempre mais
e querer
Querer sempre o melhor
e fazer
Fazer o melhor que puder
e dividir
Com que chegar e estiver
e ficar
Ficar somente
Com o que precisar
e jamais precisar
odiar ou mentir
repartir
Tudo aquilo que sonhar
e sonhar e querer e fazer
e um dia partir
e deixar por aqui
O que de melhor puder
e saber
saber de uma forma
Consciente e serena
Que a vida valeu à pena.
Edson Ricardo Paiva
Criei por ela
Um Oceano de Estrelas
Em um plano mais profundo
Tentei fazer pra ela
Todo dia
As mais belas poesias
Já escritas neste mundo
Fiz projeto de Palácio
Com vitrais até o teto
e férias no paraíso
Autorizadas
Pelo Próprio
Arquiteto do Universo
Escrevi num livro meus versos
Tudo isso, pra conquistá-la
Mas meus planos malograram
Pois, quando a vi
Perdi a fala.
Edson Ricardo Paiva
Bom Domingo,com as Graças do Espírito Santo ,Amém!
Obrigada Meu Deus por mais um dia; mais um Domingo; mais um Ano🙏🏻✌🏻💕🌹
Eu gosto mesmo é de ser criança
Subir-me num pé de sonhos
Me arvorar no galho mais alto
E imaginar que esses anos passados
Foram só devaneios de infância
E que vou descer de lá
No meio de algum quintal que existe ainda
Pode ser naquela linda hora triste
Em que a mãe mandava ir tomar banho
E banhar-me de toda malícia
Dessa astúcia adquirida
Nas feridas que a vida trouxe
Enquanto a vida não tirou-me ainda
da mente essa doce lembrança
E de novo encher-me de sonhos
Criança nasce de novo, todo dia
E no dia que não mais for assim
Não é mais infância.
Criança deseja, sim
Ter aquilo que não tem
Mas, se não tiver, nem liga
Criança não é mulher e nem homem
Criança é criança
Come o que todos comem
Mas na hora de sonhar
Ninguém sonha melhor do que ela
Aquela briga boba pela vida
Ainda não lhe pertence
Tanto faz, quem vence ou quem vence
Pensa assim...e assim todos vencem
Criança tem paz, sorri para a vida
Não faz mal se a vida não sorri de volta
São tudo coisas da vida
E nada que a vida fizer
A convence a desistir de nada
Criança volta pra casa
Vencedora e satisfeita, todo dia
As dores de hoje
Não vão mais doer amanhã
Criança não tem
Cicatrizes na alma
Hoje, por maior seja
A calma com que eu desça
Do galho do pé de sonhos
Os velhos pés sentem dor
Pior é a dor de não saber
Se hoje o meu sonho maior
É o sonho de eu
Nunca mais subir lá
ou de lá
Nunca mais eu descer.
Edson Ricardo Paiva.
Mar
Nada mais
Que deserto
Apesar
de tudo que a gente pensa
A única diferença
Entre Mar e deserto
é a água e a sua ausência
Tudo mais
é Sol por cima
há vida por sob ambos
e dispersos caminhantes
Tudo mais
Assim como era antes
Compara-se a isso
A única diferença
É estarmos atentos
ou não
No momento certo
A própria vida
Ilusão concreta
Algo errado
Que deu certo
ou não
Tudo mais é atravessar
O Mar
Deserto
Solidão!
Edson Ricardo Paiva.
Faz tempo que percebi
Que o tempo passa
O que levou um pouco mais de tempo
Foi pra eu ver por onde ele anda
E quanta coisa esse tempo esconde
Porque, por mais dias de Sol que se faça
E por menos que o tempo se feche
E o mato cresça
Por mais tardes que a noite escureça
O tempo passa sim, mas não se mexe
O fato é que passou por mim
Eu sei disso, pois estou aqui
E depois do compromisso
Que eu cumpri com o tempo
Percebi
Que parte disso consiste
Em perceber-lhe a passagem
E manter-se sereno e em paz
Por menos que se conquiste
Porque, por mais que se corra
Não se vence o tempo em seu terreno
Vai-se à frente às vezes
Mas depois ele te passa
E não adianta correr atrás
Eis a lógica do tempo
Ele sempre corre mais
Basta ver a imagem refletida
E depois perceber
Que é um espelho da consciência
E que o tempo
Se esgueira pelo lado escuro
Onde nunca se olha
Fingindo inocência
Talvez, por conveniência
Se pensa que ninguém vê.
Edson Ricardo Paiva.
Leves
Como pétalas ao vento
No mais preciso momento
Em que o vento leve
A um suave soprar
Se atreve
E quando a gente o percebe
Parece que está recebendo
Mensagem de pensamento
Advindo de uma brisa
Exatamente
Quando aquilo que mais precisa
É que o vento só leve
De volta, de leve e depressa
Alguma resposta
Qual fosse uma prece
E contasse pra Deus
Sobre sonhos e lembranças
A parecerem esquecidos
Mas que ainda estão guardados
No meu cântaro perdido
E são meus
Diferindo-se, enfim
Queria eu que fossem
Como prantos de pássaros
Que pelo vento enveredavam
Adentrando pelas janelas
Elas, que a tantos sorviam
Mas, que mesmo assim
Permaneciam como sendo
Cantares de passarinhos
Pois é assim
Que homens iletrados
Sozinhos
E simples, iguais a mim
Os conhecem
Enquanto o pássaro, feliz
De lado a lado, cruza o Céu.
Por vontade de Deus, se esquecem
Sem razão pra viver, ele voa
Esquecidos da dor que doía
Pra que a dor não lhes doa outro dia.
Edson Ricardo Paiva.
Andando pra sempre sozinho
E agindo pra sempre
Como se eu fosse sempre
Muito mais que um
Obedecendo a lei que determina
Que o dia termina pra sempre
E que indeterminadamente
Sempre há de nascer mais um
E se juntar pra sempre o hoje
Com todos os outros
Que nasceram antes de anteontem
Não tenho nenhum
Eu venho de lugar distante
Que fica adiante de onde nasce a Lua
Mas como sempre o mundo gira
A Lua queimou numa pira
Perdida na esquina que vira
Desce a rua e chega
Em frente à colina
Onde a noite termina e sempre nasce o Sol
Mas esse Sol também se despede
E o tempo concede mais um dia
E mais um e mais um
E eu
Andando pra sempre sozinho
E agindo pra sempre
Como se fosse eu pra sempre
Sempre mais que um.
Edson Ricardo Paiva.
De vez em quando
Ainda dá tempo
Escreva mais uma página
Que seja diferente
De tudo que se imagina
Pois vai ser
Você pensa saber viver
Mas ainda não é capaz
De fazer melhor do que a vida
Pode lançar
Um último olhar de gratidão
À página arrancada
Na voz interior
O destino presente
Semana passada
Está feito
E tem sido assim
O pretérito imperfeito
Te desaconselha
A gente não precisa crer
Mas é tão bom acreditar!
Cedo entardece nas nossas vidas
Enquanto se avermelha esse horizonte
À luz do final do dia
Tem sido bem diferente
E de tão diferente
Tem parecido ser
Tão igual, de repente
E é assim que será pra sempre.
Edson Ricardo Paiva.
Que a alegria do mundo venha
E que tenha o aroma
Do vinho mais puro
E a cor da luz do Sol
Se essa branca luz
A taça atravessa
Mesmo que o mundo a beba
E permaneça escuro e cego
e não perceba-lhe o cromo
Amor, aroma, o odor, a presença
E desconheça a dor que me causa a sua ausência
Eu só peço à alegria que o faça
E se ela tiver tempo pra fazê-lo
Lhe lanço ainda, outro apelo ...enfim:
Se possível e por favor
Eu lhe peço que venha linda
E que tenha pressa
De depressa juntar-se a mim.
Edson Ricardo Paiva.
"mas logo desapareceu e não mais existia;
embora eu o procurasse,
não pôde ser encontrado."
Salmos 36;37
Era oito e quarenta e oito
Clareou meio afoito
Aquele dia
Era mais uma chance
Outra tentativa
Daquela, que sempre se esquiva
E de novo se tenta entender a vida
O vizinho estava vivo ainda
E martelava
Quase oito e cinquenta e quatro
e, naquela fase
O teatro da vida abria as cortinas
Martelava
Hoje, essa era a hora do inicio
Pois sempre tem hora pra iniciar
e recomeçar
Mas ninguém
Nunca sabe quando termina
Mas tem horas que a gente percebe
O indício de ser
um pouco daquilo
Que sempre termina
Pra depois germinar de novo
Na loucura de falar com luz
E de ouvir a voz do silêncio
Hoje ela quis me falar
De alegria e de tristeza
de terra e de água, de areia e de magma
E essa voz me falava
e martelava
e fazia perguntas
e respostas juntas me dava
Me dizia daquilo que nos define
Pois a lágrima mais triste
Ela é seca, desbotada
E ninguém nunca viu
Porque desistiu
de ser chorada...e não caiu
E também que a melhor risada
Aquela que todos querem
Também não foi dada
Ela vem, quando não se quer nada
Mas que a gente a insiste em querer
e martelava
da mesma maneira que um dia
desistiu de querer chorar
E passou a querer
Entender a vida
A empatia
Num gesto de gentileza
A verdade, o egoísmo
a mentira, o cinismo, a efemeridade
e martelava e martelava
Sobre uma suposta felicidade
Escondida lá nas estrelas
e falava de flores
e cores e asas de borboletas
e morte e de norte e de oeste
e pinturas rupestres
e de cores escuras
e de águas puras
e cores primárias
e capítulos
e espadas e plexos e marteladas
e complexos e escápulas
estátuas, sobre os peixes que nadam
e de novo a felicidade
Que não pode ser explicada
Talvez ela seja um elo
Com o Deus que a tudo criou
e que sempre o recria de novo
e outro e outro dia
Pode ser que seja aquele
e seja belo
Veja o vizinho lá fora
Que nesta mesma hora
Desatento e alheio ao agora
Faz bem mais que meia hora
Que ele empunha o martelo
...e martelava!
Edson Ricardo Paiva.
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