Dedicatorias Bodas de Ouro

Cerca de 100 dedicatorias Bodas de Ouro

Ás vezes penso que seja cobre e vidro, o que eu julgo ser ouro e diamante.

o mundo
te dá
tanta dor
e aqui está você
transformando-a em ouro

Valorize acima de tudo o amor que você recebe. Ele continuará a existir depois do seu ouro e da sua saúde terem acabado.

Não procure saber onde estou, se o meu jeito te surpreende. (Dinho Ouro Preto)

Nem tudo que reluz é ouro, nem todos os que vagueiam estão perdidos.

Não tenho coração de pedra, nem de ouro... Não me obrigo a ser gentil pelas aparências nem dócil pelas exigências.

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És a um tempo, esplendor e sepultura:
ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela.

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Se mais de nós valorizássemos comida e bebida e música acima do ouro acumulado, seria um mundo mais alegre.

Mesmo que o ouro perca o valor,
Mesmo que o Sol deixe de brilhar,
Eu nunca vou deixar de te amar!

Tenho sido tão verdadeiro, que prefiro não usar ouro, e não ser falso em nada
Tem quem fica a ver navios
E tem quem chega longe de jangada

A Gansa que Punha Ovos de Ouro

Um homem possuía uma gansa que, toda manhã, punha um ovo de ouro. Vendendo estes ovos preciosos, ele estava acumulando uma grande fortuna. Quanto mais rico ficava, porém, mais avarento se tornava. Começou a achar que um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou.

Moral da história:
Quem tudo quer, tudo perde.

O falar é de prata e o ouvir é de ouro.

Há uma mina de ouro dentro de você, da qual pode extrair tudo aquilo de que necessita para levar uma existência gloriosa, repleta de alegria e fartura.

Desejo é uma coisa estranha. Assim que é saciado, transmuta. Se recebemos um fio de ouro, desejamos a agulha de ouro.

Em um mundo sem ouro, nós poderíamos ter sido heróis.
(Barba Negra)

O nosso NAMORO acabou
Adeus aliança de PRATA,
seja bem-vinda aliança de OURO.

IGORSOUZA

Nota: Trecho adaptado da música "Em Teu Olhar" de Mc Daleste.

Acordar

Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Acordar da Rua do Ouro,
Acordar do Rocio, às portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare, que nunca dorme,
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.

Toda a manhã que raia, raia sempre no mesmo lugar,
Não há manhãs sobre cidades, ou manhãs sobre o campo.
À hora em que o dia raia, em que a luz estremece a erguer-se
Todos os lugares são o mesmo lugar, todas as terras são a mesma,
E é eterna e de todos os lugares a frescura que sobe por tudo.

Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne,
Um alívio de viver de que o nosso corpo partilha,
Um entusiasmo por o dia que vai vir, uma alegria por o que pode acontecer de bom,
São os sentimentos que nascem de estar olhando para a madrugada,
Seja ela a leve senhora dos cumes dos montes,
Seja ela a invasora lenta das ruas das cidades que vão leste-oeste,
Seja

A mulher que chora baixinho
Entre o ruído da multidão em vivas...
O vendedor de ruas, que tem um pregão esquisito,
Cheio de individualidade para quem repara...
O arcanjo isolado, escultura numa catedral,
Siringe fugindo aos braços estendidos de Pã,
Tudo isto tende para o mesmo centro,
Busca encontrar-se e fundir-se
Na minha alma.

Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar com isso a minha personalidade.

Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca.

Dá-me lírios, lírios
E rosas também.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também,
Crisântemos, dálias,
Violetas, e os girassóis
Acima de todas as flores...

Deita-me as mancheias,
Por cima da alma,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...

Meu coração chora
Na sombra dos parques,
Não tem quem o console
Verdadeiramente,
Exceto a própria sombra dos parques
Entrando-me na alma,
Através do pranto.
Dá-me rosas, rosas,
E llrios também...

Minha dor é velha
Como um frasco de essência cheio de pó.
Minha dor é inútil
Como uma gaiola numa terra onde não há aves,
E minha dor é silenciosa e triste
Como a parte da praia onde o mar não chega.
Chego às janelas
Dos palác ios arruinados
E cismo de dentro para fora
Para me consolar do presente.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...

Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto.

Por isso, não te importes com o que eu penso,
E muito embora o que eu te peça
Te pareça que não quer dizer nada,
Minha pobre criança tísica,
Dá-me das tuas rosas e dos teus lírios,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também..

Álvaro de Campos
Poesia Completa de Álvaro de Campos

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Às vezes acho
Que eu fiquei louco
Me dando conselhos
Até ficar rouco
Às vezes acho
Que perdi a memória
Contando de novo
A mesma história...

Aqui onde as horas não passam
Aqui onde o Sol não me vê
Aqui onde eu não moro
Não existo sem você...

Me olho no espelho
E me vejo do avesso
O mesmo rosto
Que eu não reconheço
O rádio ligado
Chuva e calor
As gotas me ferem
Mas não sinto dor...

Aqui onde as horas não passam
Aqui onde o Sol não me vê
Aqui onde eu não moro
Não existo sem você...

Os erros circulam entre os homens como as moedas de cobre, as verdades como os dobrões de ouro.

terno salgueiro
quase ouro, quase âmbar
quase luz...