Debates
Discutir política é para quem entende o mínimo de política. Com quem defende partidarismo político não se debate. É como querer que chimpanzés usem os polegares... O ignorante político e o primata, o que falta em um, é inútil no outro.
Interpretar sempre da melhor forma possível o argumento do outro, perguntar e tolerar.
Interpretar da pior forma possível, descontextualizar, fingir que não entendeu, deturpar e cancelar.
É a diferença entre honestidade, justiça, civilização e desonestidade e barbaridade
A internet é uma terra estranha onde seres que nunca leram um livro na vida são extremamente capazes de opinar sobre tudo.
"Quem consome cultura de má qualidade, não é digno, de opinar sobre cultura, não é digno de opinar sobre o conceito profissional na cultura".
Quanto mais se aprofunda uma questão, mais discutível ela se torna, e mais fortes se tornam os argumentos contrários.
Eu não debato com os direitistas extremos e nem com os evangélicos fanáticos!
Qualquer forma de extremismo e fanatismo não possui prerrogativas e afinidades para um debate com bom senso e respeito, está a anos-luz distante.
Eu não respondo, não discuto, simplesmente ignoro as palavras ditas ou escritas com intuito de provocação, não porque não tenho argumentos , mas simplesmente porque mantenho uma certa distância higiênica
do que possa ser nocivo para o respeito do meu bom senso, porque discutir com extremistas e fanáticos é como altercar com
paredes...
Mantenho uma certa distância higiênica , mas sem deixar de observar e refletir sobre os vários extremismos e fanatismos da humanidade. E essa minha prerrogativa é a maior forma de respeito que tenho diante do que mantenho essa distância...
Será que entendem?!!...
Difícil, né?!!...
✍©️ @MiriamDaCosta
Idade Mídia
Vivemos a era da conexão plena e da desconexão absoluta. Nunca estivemos tão juntos em redes e tão apartados em ideias. Nunca se falou tanto e se pensou tão pouco. A esse fenômeno contemporâneo, poderíamos chamar de “Idade Mídia” — um tempo em que a opinião ganhou status de argumento, e a ignorância, muitas curtidas.
A figura do homo idiota — não no sentido ofensivo, mas etimológico, grego, do sujeito que se abstinha da vida pública e refugiava-se no particular — retorna com força. No período helenístico, esse era o cidadão que ignorava o debate político e voltava-se apenas à sua esfera privada. Mas havia, ao menos, o silêncio. Hoje, o homo idiota não apenas opina: ele grita, compartilha, cancela, vocifera. Tem o direito à fala, mesmo sem o menor interesse pela escuta.
Não se trata de um ataque à democracia — longe disso. A liberdade de expressão é o alicerce de uma sociedade plural. O problema não está na liberdade, mas no esvaziamento do conteúdo. Falamos muito, mas dizemos pouco. Informados por manchetes, formamos certezas antes mesmo de compreender as perguntas.
Seguimos, então, a passos de moonwalker — deslizando de costas, imitando movimento para frente, mas indo para trás. Temos tecnologia avançada, filtros estéticos, inteligência artificial, mas carecemos de diálogo honesto, empatia e pensamento crítico. Avançamos nas ferramentas e regredimos nos fundamentos.
A Idade Mídia é o tempo em que se troca sabedoria por performance, reflexão por lacração, silêncio por barulho. E, assim, com a ilusão de progresso, dançamos rumo à mais elegante das involuções.
Em algumas conversas que tive, sobre mudanças durante a pandemia, acabei de notar que um comentário, foi realmente muito comum. "Me afastei de pessoas...." e descrevia as características.
Mas só hoje eu notei que as pessoas que compartilharam comigo essa mudança basicamente falaram "me afastei de pessoas que não pensavam/agiam como eu"
É impressão minha ou as pessoas não estão sabendo lidar com pensamento diferente do seu?
"Será que o não dá para discutir com gente que pensa dessa forma", não é falta de argumento de ambos os lados, em vez de apenas do outro?
Quantas vezes você só leu apenas o titulo da matéria, compartilhou e opinou?
Você acredita que aprende coisa nova todos os dias, mas ignora a opinião de alguém mais velho que você?
Se você se identificou? Então pega essas dicas pra quando estiver debatendo com alguém:
1º Tente entender a opinião da pessoa, deixe a sua de lado, escute de verdade.
2º Avalie o domínio/ conhecimento da pessoa sobre o assunto e quem ela é.
3º Você tem conhecimento de fato sobre o assunto ou apenas superficial?
4º Vocês estão abertos para trocar conhecimento?
Se vocês não estão aberto para trocar conhecimento, encerre a conversa. Fale sobre o tempo, comida, locais... whatever.
Se você não possui conhecimento suficiente, fique quieto. Não defenda sua opinião sem bons argumentos, deixe ela apenas pra você.
O 1º e o 2º não sei nem o que dizer.... O que eu vejo de conversa que parece monólogo ou falta de respeito com o conhecimento do outro... é sem comentários.
Quer debater esse assunto comigo? Vamos treinar. Primeiro lê minha opinião, de verdade. Agora avalie com quem você está falando. No caso, é um instagram privado, você já deve me conhecer, mas na dúvida vou deixar claro. Nunca fui umas das melhores alunas, não leio mais de 6 livros por ano (tentando melhorar), não fiz um estudo profundo sobre o assunto, não sou um exemplo de pessoa para seguir, não fiz grandes conquistas (ainda), e pra completar, é apenas uma opinião particular, superficial que só foi postada pq é minha rede social e posto o que eu quiser. Mas se você estiver aberto para trocar conhecimentos, é o que mais importa.
"Palavras podem ser mal interpretadas, mas um soco... Um soco é um argumento sem margem para interpretações"
As redes sociais foram um erro. As pessoas acabam entrando nessa ilusão de que elas estão aptas para debater, mano, você não deve nem saber a definição da palavra manejo
Nas ocasiões em que surge entre os cônjuges uma disputa de poder, não há outra solução: um dos dois terá de ceder. Essa é a hora de parar e avaliar: o que está no fundo da disputa? É vaidade, é medo de ser humilhado, é um capricho? Aquele que cede, não perde autoridade - muito pelo contrário. Quem cede está criando uma possibilidade de ação para o outro. A autoridade surge quando a caridade entra em ação. Não se trata de ceder por medo. Cede-se por amor.
É tolice pensar que se pode vencer o tolo em uma conversa, é mais sábio correr da sua falácia em quanto se pode.
