Debaixo

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Quando você é criança, a noite é assustadora. Porque existem monstros escondidos debaixo da cama. Quando você cresce os monstros são diferentes. Desconfiança, solidão, arrependimento. E embora você seja mais velho e mais sábio, você ainda se vê com medo do escuro.
Dormir é a coisa mais fácil de se fazer. Você só fecha os olhos. Mas para muitos de nós, dormir parece estar fora de nossa compreensão. Nós queremos! Mas não sabemos como conseguir. Mas, uma vez que enfrentamos os nossos demônios, os nossos medos. E pedimos ajuda uns aos outros…
A noite não é tão assustadora assim porque... Nós percebemos que não estamos totalmente sozinhos na escuridão.

Garoto maroto
debaixo do cobertor
acorda molhado!

Canção da América

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

No final, nós somos apenas algumas pessoas, vivendo debaixo do mesmo céu, sonhando o mesmo sonho.

Quem olha para o alto consegue enxergar que a distância não separa quem está debaixo da mesma lua e das mesmas estrelas e respira o pulsar do mesmo amor.

Se as suas lágrimas estão regando a terra e seus sonhos estão debaixo do chão, não desista, eles brotarão.

Debaixo de minha mesa
tem sempre um cão faminto
-que me alimenta a tristeza...
Debaixo de minha pele
alguém me olha esquisito
-pensando que sou ele.
Debaixo de minha escrita
há sangue em lugar de tinta
-e alguém calado que grita.

A Deusa Mulher - que se despe sorrindo debaixo da imensidão deste céu infinito Mostra-se livre de todos os preconceitos aperfeiçoa as virtudes, tolera os defeitos... A Deusa mulher que esquece a distancia, também despida de toda a arrogância entrega o cetro e a coroa ao seu eleito e se curva elegante, com todo o respeito... A Deusa mulher que se rende aos carinhos, para conquistar, enfim, o amanha sonhado, hoje mostra a todos seu olhar enamorado... A Deusa mulher que esquece a majestade, que perde a glória, mas não a dignidade, desfruta de ventura nunca dantes vivida, pela certeza de jamais ter sido esquecida... A Deusa mulher deslumbrantemente bela prostrada aos pés do senhor na capela pede a ele, confiante, em sublime oração! A Deusa mulher entrega - se toda inteira bailando alegremente, sorrindo faceira, deixando seu cheiro, seu gesto, seu gosto e toda a beleza que emana do seu rosto! A Deusa mulher tão meiga, tão pura trazendo nos olhos a alegre candura habita minha alma e se faz presente e se mostra limpa, sincera, inocente...

Todos sabemos que nosso tempo nesse mundo é limitado, e que finalmente todos acabaremos debaixo de algum lençol, para não acordar nunca mais. No entanto, é sempre uma surpresa quando isso acontece a alguém que conhecemos. É como subir a escada para o seu quarto no escuro, e achar que há mais um degrau do que realmente há. O pé resvala no ar e segue-se um aflitivo momento em que, colhida às cegas pela surpresa, a pessoa tenta adaptar-se na escuridão

Não mando nada pra debaixo do tapete, não acumulo poeira jamais. Pq de perfil, eu só fico pra tirar foto, a vida se encara de frente. ;)

Vento novo


Estava enrolada
em teias e traças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e de graça,
com perfume novo no cangote.

"Quando o chão debaixo dos seus pés sumir, não é hora de se desesperar, mas sim de aprender a voar."

"...Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos; Eu espalhei os meus sonhos debaixo dos teus pés; Pisa com cuidado porque pisas os meus sonhos."

Debaixo do céu há uma coisa que nunca se viu,é uma cidade pequena,sem falatórios,mentiras e bisbilhotice

Havia talvez debaixo da cinza uma faísca, uma só, e essa bastava a repetir o incêndio.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje – o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.

Tateando Caminhos
passo as mãos no rosto
debaixo da minha pele
quem é esse ser que me habita
tão envolto em penumbras
qual cigana em seus panos?
que mulher é essa
fazendo de mim labirintos
como um peixe no oceano?
passo as mãos no rosto
feito um louco em seu passado
e nem me decifro nem me devoro
abro a janela e bebo a manhã
em grandes goles

Roseana Murray
Poesia essencial (2002).

Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos.

Eclesiastes 9:11

Antes,
o monstro que me amedrontava morava debaixo da cama.

Hoje, dividimos o travesseiro.

O brilho dos olhos ficando opaco
a chama que ardia em fogueira virando cinza
por debaixo do céu que costumava ser estrelado,
as noites em claro, conversas a fio, risadas, momentos,
declarações de amor
amor juvenil que dava sentido as coisas
amor que fazia sentir
primeiro amor
escorrendo como água no ralo do banheiro
como as lágrimas
partindo como o vento forte que leva pra longe a poeira ruim
me deixa sem chão, sem teto, sem afeto
e o suspiro que um dia me fez ver o belo
sufoca agora, nesse soluço de dor

rosto virado,
corro ao papel, lapiseira, borracha (não vou te apagar)
corro ao retiro, ao canto morto e mudo que não revida
que me mostra em linhas simples e retas como o mundo é de concreto
parede fria na qual encosto meu caderno
e te escrevo essas últimas palavras

Desabafo de que necessito pra te tirar de vez de mim
papel, eterno ouvinte
grafite, eterna ponte

Nunca esquecerei o brilho do dia em que você me disse:
- Oi

tchau.