De Repente Nao mais que Derepente

É a cinza dos mortos que cria a pátria.

Os livros têm-me servido menos de instrução que de exercício.

É tão fácil sentir a felicidade como é difícil defini-la.

A avareza contribui muito para a longevidade, pela dieta e abstinência.

Quando desejamos pomo-nos à disposição de quem esperamos.

Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?

Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.

O muito juízo é um grande tirano pessoal.

O erro é a noite dos espíritos e a armadilha da inocência.

O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.

A maior parte dos desgostos só chegam tão depressa porque nós fazemos metade do caminho.

Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.

Acontece muitas vezes que somos estimados na proporção em que nos estimamos a nós mesmos.

Aflige-nos a glória alheia contrastada com a nossa insignificância.

Os grandes pensamentos vêm do coração.

Deixamos de subir alto quando queremos subir de um salto.

Querendo parecer originais, tornamo-nos ridículos ou extravagantes.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.

A democracia é como a tesoura do jardineiro, que decota para igualar; a mediocridade é o seu elemento.