Da Lutas e Decepcoes da Vida vem a Vitoria

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⁠Capítulo 3 - Entre a Dor e o Amor

1. Entrelaços do Sentir

A vida é feita de camadas. Cada emoção que sentimos, cada relacionamento que vivemos, acrescenta uma nova dimensão ao que somos. Às vezes, essas camadas brilham como um amanhecer tranquilo, mas, em outras, pesam como o céu antes de uma tempestade. O que permanece constante é o aprendizado que cada experiência nos oferece — mesmo que, no momento, isso pareça apenas dor.

Houve um tempo em que o silêncio dentro de um relacionamento se tornou ensurdecedor. Era como se estivéssemos em lados opostos de um abismo, gritando palavras que o outro não conseguia ouvir. O início havia sido diferente. Havia risos, toques leves e promessas ditas com o tipo de convicção que só a paixão oferece. Mas, com o tempo, o que parecia fácil tornou-se difícil. Pequenas mágoas se acumularam como grãos de areia em uma ampulheta, até que, um dia, percebemos que não havia mais tempo.

Eu me lembro de uma noite em particular. Estávamos sentados à mesa, cada um em sua própria bolha de pensamentos. A luz branda do abajur criava sombras suaves no ambiente, mas não conseguia iluminar o espaço vazio entre nós. Era como se algo tivesse morrido ali, algo que nenhum de nós conseguia nomear. Foi naquela noite que decidi escrever uma carta. Eu sabia que não era uma solução, mas precisava tirar de dentro de mim as palavras que haviam ficado presas por tanto tempo.

Na carta, falei das minhas inseguranças, dos meus medos e, sobretudo, da minha esperança de que ainda fosse possível encontrar um caminho de volta. Não foi uma tentativa de resgatar o que havíamos perdido, mas um gesto de honestidade, uma maneira de me reconectar comigo mesma. Quando terminei de escrever, senti um alívio que há tempos não sentia. Percebi, então, que às vezes o ato de se expressar é mais importante do que a resposta que esperamos do outro.

Essa experiência me ensinou que o amor não é apenas um sentimento; ele é uma prática. É sobre estar disposto a ser vulnerável, a enfrentar os próprios medos e a abrir espaço para que o outro também o faça. É, sobretudo, sobre aceitar que o amor verdadeiro não é perfeito — ele é feito de rachaduras, de escolhas difíceis e de coragem.

2. Histórias que Moldam

Mas nem toda dor pode ser resolvida. Algumas vêm para nos transformar de maneiras que só compreendemos muito tempo depois. A perda de um irmão e amigo querido foi uma dessas experiências. Lembro-me do dia em que recebi a notícia. O mundo parecia ter parado, como se cada som ao meu redor tivesse sido abafado por uma cortina de silêncio. A ausência dele era palpável, e o vazio que deixou parecia impossível de preencher.

Por muito tempo, tentei fugir dessa dor. Preenchi meus dias com tarefas, cercando-me de pessoas e buscando distrações que, no fundo, eram inúteis. Mas, eventualmente, percebi que não era possível escapar. Foi ao revisitar as memórias que compartilhamos que compreendi algo profundo: ele não havia partido por completo. Cada momento que vivemos juntos, cada conversa e cada gesto, permanecia vivo em mim. A dor da perda, percebi, era o preço que pagamos pelo privilégio de amar.

E então há as conexões que nos moldam de maneiras mais sutis. Uma amizade de infância, por exemplo, me ensinou sobre o poder da empatia. Passamos por fases de pura alegria e por momentos de desafio, mas foi em uma dessas crises que nosso laço se fortaleceu. Quando minha amiga enfrentava uma dor profunda, descobri que apoiar alguém não é apenas oferecer palavras de conforto — é estar presente, mesmo quando não há nada a dizer. Foi nesse espaço de silêncio compartilhado que nosso vínculo se tornou inquebrável.

3. Camadas do Sentir

O amor, em suas diferentes formas, é tão multifacetado quanto a vida. Ele nos desafia intelectualmente, conecta-nos emocionalmente e desperta nossos sentidos. Em cada experiência, há uma lição escondida, esperando para ser descoberta. Às vezes, essa lição vem na forma de uma alegria avassaladora; em outras, ela surge das cinzas de algo que acreditávamos ser permanente. O que permanece constante é a capacidade do amor de nos transformar.

Ao refletir sobre essas experiências, percebo que cada conexão que cultivamos nos aproxima de nossa própria essência. Seja no calor de um abraço, no peso de uma despedida ou na troca silenciosa de olhares, somos moldados pelos laços que criamos e pelas histórias que compartilhamos.

4. Reflexões Silenciosas

E assim, deixo este convite a você: pense nas pessoas que passaram por sua vida. Quais marcaram você de forma indelével? Quais momentos de alegria ou dor o transformaram? Às vezes, a resposta para nossas perguntas mais profundas está nas histórias que carregamos, nos ecos das vozes que ainda ressoam dentro de nós.

A vida é um ciclo constante de encontros e despedidas, luzes e sombras. Mas, se há algo que aprendi, é que a luz sempre encontra um jeito de atravessar até os espaços mais escuros. Cada conexão que fazemos, cada laço que criamos, é uma centelha dessa luz, nos guiando de volta para casa.

Inserida por dianeleite

"⁠O Chamado do Eu Interior

Há momentos na vida em que algo dentro de nós se agita de forma inexplicável. Não é apenas um pensamento insistente, nem um desejo passageiro. É um chamado. Uma força silenciosa, mas poderosa, que nos impulsiona para além do que conhecemos, desafiando certezas, ruindo alicerces e nos fazendo encarar o que antes parecia intocável."

Inserida por dianeleite

⁠Borboletas no Jardim da Vida
Por Diane Leite

Aos 18, ao me tornar mãe, imaginava como seria aos 40. Pensava se estaria velha, se teria conquistado meus sonhos. Hoje, percebo-me como uma fusão de dois mundos: uma parte serena e outra que renasceu das cinzas, sonhando e lutando.

Aprendi que a vida é feita de escolhas. Durante anos, priorizei os outros, mas descobri que o amor mais puro vem da reciprocidade. Sei dizer "não" sem culpa, pois respeito a energia que ofereço. Cada amor moldou minha alma, mas a mulher que sou hoje sabe o que merece.

Mereço o melhor, pois plantei com amor e colhi com resiliência. Acredito na prosperidade divina. Deus testa, mas também honra. Fé é seguir de pé mesmo quando o mundo desaba.

Hoje, meu jardim é minha maior obra. Nele, plantei sonhos, nutrição e amor-próprio. Com mãos sujas de terra e coração cheio de esperança, reguei cada semente. Agora, posso admirar as borboletas ou escolher uma para ficar.

O futuro é incerto, mas não me assusta. Enquanto plantar e regar com amor, terei sempre o jardim mais lindo para admirar e me orgulhar. No fim, a maior beleza está na jornada – nas mãos cheias de terra e no coração cheio de vida.

Sigo plena, grata e em paz.

Texto pensador Diane Leite

Autoria: Diane Leite

Inserida por dianeleite

⁠Hierarquia e Respeito: A Maior Aula Gratuita da Vida

Imagine-se em uma sala de aula onde o conhecimento não é transmitido por livros, mas por experiência. O professor dessa aula não usa quadro negro, nem projeta slides. Ele carrega em si a vivência de décadas, as cicatrizes do tempo, os acertos e erros que moldaram sua trajetória. Agora, imagine que você tem a oportunidade de aprender com ele. O que você faz? Escuta com humildade ou interrompe com arrogância?

Vivemos em uma era onde a informação está ao alcance de um clique, mas o respeito parece estar se tornando um bem escasso. A juventude de hoje tem acesso a tudo, menos à paciência para aprender com quem já trilhou o caminho antes. No entanto, há algo que o Google não ensina, que inteligência artificial nenhuma pode replicar: a experiência real, vivida, sentida, conquistada com suor, lágrimas e tentativas.

Na minha época, quando meu pai me olhava, eu já sabia exatamente o que ele queria dizer. Eu não precisava de gritos, nem de punições. Havia uma hierarquia natural, não imposta pela força, mas pelo respeito. Não era uma questão de submissão, mas de reconhecimento: alguém que viveu mais que eu sabia mais do que eu. E isso não me diminuía; pelo contrário, me engrandecia. Porque eu sabia que, se escutasse, um dia poderia saber tanto quanto ele.

Hoje, vejo jovens desrespeitando profissionais que dedicaram anos à sua formação, que enfrentaram noites sem dormir, que lidaram com situações que um dia poderiam nos salvar. Médicos, jornalistas, professores, cientistas… Pessoas que não apenas estudaram, mas que vivenciaram realidades que muitos nunca experimentarão.

Por que essa resistência em aprender com quem sabe mais? Por que a impaciência em ouvir? Por que a crença de que apenas a juventude detém o conhecimento e a verdade?

Respeitar a hierarquia não significa aceitar cegamente tudo o que nos dizem, mas reconhecer que há sabedoria naqueles que vieram antes. Quando você se permite aprender com alguém mais experiente, você não apenas absorve conhecimento — você poupa tempo, evita erros desnecessários e se fortalece para os desafios que virão.

O mundo sempre pertenceu aos que souberam escutar antes de falar, aprender antes de ensinar, respeitar antes de exigir respeito. A pergunta é: você quer fazer parte dessa história ou apenas assistir de longe?

A vida já te deu uma aula gratuita hoje. Você escolheu aprender?

Inserida por dianeleite


O Amor Que Não Se Deixa Quebrar

Autoria: Diane Leite

Passei boa parte da vida sendo testada pela vida.
Desde muito pequena, conheci o gosto amargo da exclusão, da zombaria, da rejeição.
E como muitas crianças que amam demais, cresci acreditando que o problema era eu.

Achei que, se eu me esforçasse mais, se eu fosse melhor, mais inteligente, mais forte, talvez — só talvez — eu conquistasse o amor que sonhava.
Mas mesmo depois de conquistar tanto, o vazio de reconhecimento permaneceu.

Cresci, floresci, e ainda assim vi olhares se encherem de medo, de inveja, de competição.
E tudo o que eu queria era simples: amar e ser amada.

Quantas vezes tentaram me fazer acreditar que amar era fraqueza.
Quantas vezes disseram, sem palavras, que eu precisava endurecer para sobreviver.

Mas o amor que carrego não é fraqueza.
É força.
É escolha consciente.
É liberdade interior.

Amar — verdadeiramente — é um ato de coragem.
E, nesse mundo distraído, superficial, desconectado, amar com profundidade se tornou quase um ato de rebeldia silenciosa.

Hoje, não peço mais que me entendam.
Não peço mais que me validem.

Eu sei o valor que há em quem ama.

Se você também sente que o mundo nunca entendeu a grandeza do seu amor — não se diminua.
Não endureça.
Não desista.

E se você, por acaso, se afastou de quem te ofereceu amor genuíno, talvez seja hora de se perguntar:
Quantas vezes você confundiu amor com fraqueza?
Quantas vezes rejeitou o que mais precisava — por medo de se entregar?

Amar é para os fortes.
Receber amor, também.

Que a sua consciência desperte para essa verdade:
Amar não é um erro.
Amar é uma bênção.
Amar é o que há de mais sagrado em ser humano.

E a verdadeira vitória é esta:
não permitir que a dureza do mundo roube a leveza do seu coração.

O amor que habita em mim permanece.
Íntegro. Vivo. Soberano.

Porque eu sei:
o problema nunca esteve em quem ama demais.
O problema sempre esteve em quem não sabe mais amar.

Diane Leite

Inserida por dianeleite

Enquanto Você Foge, a Vida Espera
Autoria: Diane Leite

Ele acorda todos os dias com aquele peso invisível no peito. Não é cansaço. Não é preguiça. É aquela sensação que escorre pelo corpo como um arrepio contido — como se algo dentro dele gritasse e ninguém mais pudesse ouvir. Ninguém. Nem ele mesmo.

Às vezes ele pensa que não nasceu pra isso. Seja lá o que "isso" for. O trabalho, o amor, o sucesso. Vê o mundo girar e se sente parado, como se estivesse sempre dois passos atrás da própria vida. Não falta inteligência. Nem capacidade. Falta algo que não se compra, não se ensina. Falta coragem.

A verdade — aquela que a gente evita encarar no espelho — é que ele nunca tentou de verdade. Nunca foi até o fim. Sempre parou um pouco antes. Sempre arrumou uma desculpa bonita, embalada em dor antiga. E toda dor antiga vira muleta quando a gente tem medo de voar.

Mas um dia, sem explicação, algo muda. Não é grito. Nem revolução. É leve — como brisa que entra pela janela num fim de tarde. Uma calma estranha toma conta. Uma certeza que não vem da razão, mas do corpo. Ele sente. Sente que não precisa mais se provar. Que não precisa mais carregar o que não é seu.

Ele não quer mais lutar contra si. Quer dançar com a própria essência.

Então começa a escolher diferente. Começa a dizer "sim" para o que vibra. Para o que arrepia. Para o que dá paz. E cada escolha certa traz um detalhe bonito da vida: um encontro, um sorriso, um silêncio que acolhe. Coisas simples. Mas cheias de verdade.

Ele começa a se reconhecer. Começa a se gostar. E pela primeira vez, começa a se amar.

Não é sobre vencer. É sobre viver com sentido.
Não é sobre ser perfeito. É sobre ser inteiro.

Porque quando a gente para de fugir de quem é… o mundo começa a correr na nossa direção.


Você não veio pra sobreviver.
Você veio pra florescer.
Autoria: Diane Leite

Inserida por dianeleite


A Coragem Brutal de Renunciar
Autoria: Diane Leite

Há quem passe a vida na superfície: nadando em águas mornas, colecionando convites, embalado pelo coro uníssono das vozes que dizem o que fazer, como ser, quem amar.

Mas há quem um dia, em silêncio, desfaz o nó do pertencimento frágil. Rasga as vestes sociais, recolhe os excessos, e com as próprias mãos começa a cavar a terra escura do próprio ser.

A renúncia, então, não é ausência — é semeadura.

Os outros, à margem, observam e, incapazes de decifrar o rito, dizem: “está deprimido”. Não compreendem quem troca os salões iluminados pela escuridão fértil das cavernas interiores.

Enquanto eles se perdem em laços efêmeros, você finca raízes invisíveis, penetra camadas onde a luz social não alcança, mas onde o calor do fogo primordial pulsa.

Sim, é um processo solitário, árido, sem plateia nem aplauso. A psique sangra, o coração se despede da validação, a alma abre mão das distrações que anestesiam.

E então, na crueza desse deserto, você vê: aqueles que um dia se alimentaram da sua presença, mal se lembrarão do seu nome quando sua fonte cessar. São nômades afetivos, transitam de alma em alma, sem raízes, sem peso, sem memória.

Por isso, escolhe-se. Escolhe-se dar tudo, mas não aos que sugam e seguem; dá-se tudo ao tempo, ao legado, àquilo que permanece depois que o corpo se desfaz e a voz se cala.

O que se planta na escuridão brota quando a estação é outra. Não se antecipa colheita. Não se exige flor fora do tempo. Apenas se confia na dança secreta da germinação.

Não se trata de dinheiro, de fama, de medalhas efêmeras. Trata-se de um pacto com o eterno: erguer, com a força do próprio sacrifício, uma ponte invisível entre o que se é e o que ficará.

Na superfície, tudo é espuma que o vento dispersa. Mas nas profundezas… ali, onde poucos suportam mergulhar, jazem as pérolas que só o silêncio encontra.

Renunciar é, pois, um ato de brutal coragem: negar-se ao apelo do fácil, resistir à corrente do imediato, entregar-se à lapidação lenta e silenciosa da própria alma.

Não existe conexão autêntica sem antes diluir os laços falsos. Não existe amor real sem antes quebrar o espelho da ilusão. Não existe pertencimento profundo sem antes atravessar o exílio.

Se for para dar tudo, que seja para deixar uma rachadura na eternidade, um fio tênue que ligue sua existência a algo maior do que os aplausos e os nomes passageiros.

No fim, há apenas uma escolha: ser mais uma folha levada pelo vento ou ser raiz que rompe a pedra.

E você escolheu ser raiz.

Inserida por dianeleite

⁠Às vezes o amor da nossa vida não é o amor pra nossa vida.

Inserida por leticiaaaaaa

⁠Amar alguém não é você querer viver com ela(e) para o resto de sua vida, amar alguém é você compreender que se você não pode fazer-lá feliz abra mão para que outra pessoa ha faça sorrir , e se sentir amada

Inserida por joshuaBarreto

O PRUMO DA VIDA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Antes do tiro que lhe coça o dedo, procure ver quem é. O que deseja. A que veio. Antes da partida ou do freio que moram em seus pés, pergunte a si mesmo seu porquê. Defina o ponto, a rota, e tome ciência da medida.
Segure um pouco seu não, seu sim, para dar ouvido à pergunta, o pedido, a proposta em sua totalidade. Não se precipite. Pode ser frustrante, até perigoso, ter uma resposta pronta; padrão; sempre a postos no play da língua.
Tome tento. Antes do antes, do depois ou do corte pré-determinado, permita o benefício do tempo que o mundo pede. Deixe a vida cumprir seu chão. Seguir seu prumo rumo à morte que sempre aceita o depois, para ser definitiva.

Inserida por demetriosena

POR QUEM SE FOI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A vida que segue
seja uma doce homenagem
à pessoa querida
que se despiu deste mundo,
se libertou das amarras
desta vida.

Inserida por demetriosena

Amor à vida

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Levo a cabo,
acabo
o que começo.
Sempre luto
pra que o luto
não perdure.
Minha testa
só atesta
o que sou.
Eu contesto
com texto,
preguiça
de viver.
Tenho tudo
que tudo
me reserva,
porque nada
nada
em mar de rosas.
Sei que sei
bem menos
do que penso
que sei que sei,
tenho medo
é do medo
de saber.
E tenho a paz
como pás
pra enterrar
o mau humor.
Meu amor
pela vida
cata espinhos.
Mas logo rio
do rio
de lágrimas
que choro.
Trago a flor
à flor
de cada poro.

Inserida por demetriosena

MEDO DO SEM FIM

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Vida cansa e começo a pressentir
a tristeza, o ranger do não chegar,
só seguir e saber que não há porto
nem um ponto em que pouse os olhos baços...
Uma vida sem fim seria o fim
rastejado; insistente; sem sentido;
um pedido inaudível por socorro,
de quem sabe que o tempo já parou...
Tudo cansa e se perde sob o nada,
minha estrada revela o que seria
caminhar à deriva para sempre...
Horizonte; horizonte; nada mais;
não há paz na ilusão da eternidade;
comecei a temer que jamais morra...

Inserida por demetriosena

TODO MUNDO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Se todo mundo faz besteiras na vida, sempre que você puder não seja todo mundo. Seja você.

Inserida por demetriosena

DA VIDA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Um velho conhecido - pessoa muito religiosa e atenta em questões alheias - me avisou para ter cuidado com uma nova amizade. Matar o mal pela raiz, pois aquela mulher espontânea, bem humorada, espirituosa e sagaz era da vida. Uma mulher da vida.
O aviso cheio de boas intenções daquele homem que tentou me afastar da suposta má companhia, na verdade me aproximou ainda mais de minha boa e recente amiga, por identificação definitiva... eu também sou da vida... um homem da vida.
Por ser da vida, quero cada vez mais distância de mulheres e homens da morte... pessoas sempre dispostas a julgar, condenar e matar pela raiz.

Inserida por demetriosena

REVISÃO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Levo a vida que trago para dentro
a morrer de verdades que não são;
coração que se fecha pra se abrir
onde o chão quase falta sob os pés...
É assim que defendo a minha cara
de quem sei que preciso mesmo ser,
pra fazer o sentido que não faz
o que faz o sentido que me assusta...
Quero ser sem forçar identidade,
pois preciso poupar meu sentimento
da saudade de alguém que jamais fui...
As verdades que minto pra viver
são mentiras que tenho pra provar
e rever as certezas do talvez...

Inserida por demetriosena

CRIANDO CIDADÃOS

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A vida em sociedade não se restringe ao que é certo ou errado. Legal ou ilegal. Arriscado ou sem risco. Também existem o ético e o antiético; de bom e de mau tom; o adequado e o inadequado. Há muitos atos que a lei proíbe, mas que não geram consequências, não fazem ninguém sofrer agora nem no futuro, não constrangem nem desconsertam. No entanto há outros que a lei permite, mas causam sofrimento e dor; geram sentimentos confusos; conflitos internos; constrangimentos duradouros e de alta relevância.


Devemos criar os nossos filhos dentro desses princípios. Não apenas com palavras ou ordens a serem obedecidas, mas com a convivência. Se agirmos dentro da lei porque isso é certo e não porque seremos presos ao não agirmos... se tivermos comportamentos éticos e adequados para que copiem... se nos portarmos com e diante deles de formas firmes e corretas, sem precisarmos recorrer às ameaças e à prática de pô-los contra a parede, criaremos filhos sadios. Com seus desvios naturais, porque ninguém é perfeito, mas com caráter firme; personalidade serena; senso de responsabilidade.


Chega o tempo – a idade – em que os filhos, mesmo ainda menores, precisam ser menos mandados. Ter ainda seus deveres, como sempre terão, mas ter aqueles direitos que antes não lhes dávamos, porque ainda não saberiam o que fazer deles. É o tempo em que teremos de respeitar sua privacidade, seu direito a certos segredos e a sua própria aplicação de alguns códigos e valores que lhes ensinamos e agora são usados, de alguma forma, contra o nosso poder de arbitrar por quem antes dependia de todos os nossos comandos. A idade da cidadania não chega só aos dezoito.


Sejamos para nossos filhos, exemplos presenciais de comportamento ético; adequado; democrático; firme sem tirania. E não restrinjamos nossos ensinamentos ao que a lei proíbe ou permite. À fuga do que a sociedade aponta como fatal. Ao medo só da desgraça física. Se atentarmos para o que é ético, de bom tom, adequado e dentro dos conceitos que eles, os filhos, querem que respeitemos porque assim aprenderam, e foi bem aprendido, suas cabeças e seus corações estarão preservados e ninguém os enganará na idade adulta, com lábias maliciosas. Com abusos velados e contidos.


E o mais importante, nossos filhos serão daqueles cidadãos que sabem: roubar, entre outros crimes, é errado. Mesmo que não sejamos presos. Mesmos que a polícia nunca saiba. Que a sociedade não faça ideia. E quem vê assim os códigos de lei, com um respeito que em nada lembra medo, terá uma vida inteira pela frente, amparado por códigos de conduta livre, porém responsável, de forma que sua vida nunca será um arranjo de permissividades dentro da lei. Nunca será uma bagunça.

Inserida por demetriosena

ÚLTIMO ATO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Chega o tempo em que a vida nos amansa,
em que o mundo nos faz conter os atos,
pois a força descansa em nossos sonhos;
nos boatos que vencem as certezas...
Uma vida que o tempo desbotou,
onde os atos se ajustam para o mundo,
não restou a sonhar senão boatos
de que o fundo, no fundo, é bem além...
E assim chega o tempo em que já chega,
mas o resto se deixa remoer
pra nos dar um consolo sem sentido..
É um ato em que a vida que se tem
já não é de se ter, mas ver passar
no teatro que o mundo impõe ao fim...

Inserida por demetriosena

PARA NOVAS SAUDADES

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Outra peça de amor será bem vinda
numa vida que agora está vazia;
uma farsa bem doce, aconchegante,
fantasia de todos os desvelos...
Outro alguém pra fingir que bem me quer,
ser capaz de qualquer desdobramento
pra sarar minhas mágoas com carícias;
bons momentos de falsa eternidade...
Já me cansam sinceros bons humores,
os amores azedos de franqueza
de quem faz o dueto ser duelo...
Quero a luz da ribalta passional;
emoções, alegrias de festim,
mais um fim de saudosas ilusões...

Inserida por demetriosena

CULTO À PREGUIÇA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Vida boa de olhar deste meu canto;
deste mundo ao alcance dos meus pés;
desses braços de chão arborizado
e das tiras de manto entre a folhagem...
Vida fácil de alguém que se acomoda
com a simples riqueza de um quintal,
muita sombra, o cachorro do vizinho
e a moda longínqua de viola...
Mundo bom de sentir numa saudade
que não é de ninguém ou tempo algum,
só invade a magia de sonhar...
Corajosa viagem da preguiça
que se doa e veleja tempo afora
ou enguiça e se perde por prazer...

Inserida por demetriosena

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