Cultivar Bons Sentimentos dentro de Mim

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(...) onde eu pudesse experimentar por mim mesmo as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro voo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotado, ferido, humilhado - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou.

EM MIM

Quis te encontrar em outro beijo,
Quis ver o brilho de teus olhos em outro olhar,
Cheguei mesmo a sentir o teu perfume em outro corpo,
E acabei apaixonando-me por você novamente
Amando uma outra pessoa...

Tudo o que sonhamos jutos,
Todas as nossas promessas jogadas no chão...
Acredite, nada terminou
Por que a cada dia que passa eu tenho mais absoluta certeza
De que eu ainda estou em você
Assim como você está em mim.

Não sei você, mas vou atrás de mim mesma. Estou saindo de férias, volto assim que me encontrar.

Espero que você pense em mim de vez em quando, só para eu não me sentir tão patética por pensar em você o tempo todo.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

Nota: Trecho de Link

Fui até onde pude, mas como é que não compreendi que aquilo que não alcanço em mim... já são os outros?

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O Espectro

Anda um triste fantasma atrás de mim
Segue-me os passos sempre! Aonde eu for,
Lá vai comigo…E é sempre, sempre assim
Como um fiel cão seguindo o seu Senhor!

Tem o verde dos sonhos transcendentes,
A ternura bem roxa das verbenas,
A ironia purpúrea dos poentes,
E tem também a cor das minhas penas!

Ri sempre quando eu choro, e se me deito,
Lá vai ele deitar-se ao pé do leito,
Embora eu lhe suplique:Faz-me a graça

De me deixares uma hora ser feliz!
Deixa-me em paz!…” Mas ele, sempre diz:
“Não te posso deixar, sou a Desgraça!”

Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Primeiro, preciso convencer a mim mesma de que sou uma pessoa. Depois, talvez eu me convença de que sou uma atriz

Você não me enganou, eu é que adorei enganar a mim mesma.

E Deus está sussurrando: "sabe essa dor, filho? Eu sou maior que ela. Confie em mim".

Bem, sou um homem com muitos problemas e suponho que em sua maioria sejam criados por mim mesmo. Estou falando de problemas com mulheres, jogo, hostilidade contra grupos de pessoas, e, quanto maior o grupo, maior a hostilidade. Dizem que sou sempre negativo, sombrio e taciturno.

Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você. Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, bares, charmes, possibilidades, livros, músicas, descobertas solitárias e momentos introspectivos andando ao Sol. E todo esse resto de coisas deixa ao pouco de ser resto, e passa a ser minha vida, e passa a enterrar você de grão em grão.

Egoísta é toda pessoa que pensa mais nela do que em mim.

Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.

A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme. dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.

Eu que não sei quase nada do mar
Descobri que não sei nada de mim.

Tenho em mim, objeto que sou, um toque de santidade enigmática. Sinto-a em certos momentos vazios e faço milagres em mim mesma: o milagre do transitorial mudar de repente, a um leve toque em mim, a mudar de repente de sentimento e pensamentos, e o milagre de ver tudo claríssimo e oco: vejo a luminosidade sem tema, sem história, sem fatos. Faço grande esforço para não ter o pior dos sentimentos: o de que nada vale nada. E até o prazer é desimportante.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

A mim que desde a infância venho vindo,
como se o meu destino,
fosse o exato destino de uma estrela,
apelam incríveis coisas:
pintar as unhas, descobrir a nuca,
piscar os olhos, beber.
Tomo o nome de Deus num vão.
Descobri que a seu tempo
vão me chorar e esquecer.
Vinte anos mais vinte é o que tenho,
mulher ocidental que se fosse homem,
amaria chamar-se Fliud Jonathan.
Neste exato momento do dia vinte de julho,
de mil novecentos e setenta e seis,
o céu é bruma, está frio, estou feia,
acabo de receber um beijo pelo correio.
Quarenta anos: não quero faca nem queijo.
Quero a fome.

Estou cansada de fazer pelas pessoas o que jamais elas fariam por mim.

Não penso em me vingar, não sou assim. A tua insegurança era por mim.