Cuidado com as Armadilhas do Destino
Se a polarização teve o cuidado de criar mecanismos para alimentar vieses de confirmação de ambos os lados, talvez o foco seja a guerra palavrosa em detrimento da razão.
Quando a polarização se instala, ela não se contenta em só dividir: constrói mecanismos sutis para reforçar os vieses de confirmação de cada lado.
Alimenta certezas pré-fabricadas, faz do contraditório um inimigo e transforma o diálogo em trincheira.
Nesse cenário, a razão deixa de ser o norte e se torna apenas adereço, usada quando convém e descartada quando incomoda.
O que prevalece não é a busca pela verdade, mas a guerra palavrosa, em que vencer importa mais do que compreender.
E assim, o que poderia ser um espaço de encontro, se reduz a um medonho campo de batalha onde todos falam, mas quase ninguém realmente escuta.
Bendito seja Deus, que teve o cuidado de escolher o 28.º dia de outubro — ou nada — para me favorecer com a graça de confiar-me àquele que veio para laurear meus dias e, por vezes, salvar-me até de mim mesmo: o Homem da minha vida!
A ti rogo toda sorte de bênçãos, em nome de Deus Pai, de Deus Filho e do Espírito Santo.
Sei bem que tu sabes, mas a minha eterna gratidão pela tua existência — e a certeza da finitude da vida — obrigam-me a repetir: te amo, filhão!
Feliz aniversário!
Ao meu filho amado, Alessandro Teodoro Jr.!
Não há cuidado mais Bonito e Charmoso que cuidar de quem não está doente.
Porque a declaração de amor mais cheia de charme e beleza é aquela que cuida, mesmo sem precisar.
Há cuidados que nascem da urgência — e há outros que florescem do afeto.
Cuidar de quem está bem é tocar o invisível: proteger a saúde com ternura, manter o riso aquecido antes que o frio chegue.
Quando o cuidado não vem do medo, mas da vontade de permanecer, ele se transforma em poesia.
É um gesto que se adianta à dor — um afeto que não espera a ferida abrir para se apresentar.
Porque o verdadeiro cuidado é assim: não grita, não exige, não visa retorno — apenas se oferece, como quem descobre beleza no simples ato de permanecer por perto.
Cuidado com a falsa espiritualidade e as aparências. Muita coisa falada, que passa por boa fé, nada mais tem do que comodismos criminosos.
Alessandro Lo-Bianco
Muito cuidado com a falsa espiritualidade e aparências. Muita coisa falada, que passa por boa fé, não são mais do que comodismos criminosos.
Alessandro Lo-Bianco
Cuidado com a lei do desprezo. Você despreza quem te merece e é desprezado por quem não te merece.
Sonho repetidamente com o mar
e uma criança que me inspira cuidado
Por vezes sinto que a criança sou eu
Sinto que ela é a minha alma.
Porquê ela me preocupa tanto?
Sinto que está sempre em perigo!!!
Os corpos dos homens são como cântaros de boca fechada;
Tem cuidado, até que vejas o que eles contêm.
Se olhas o conteúdo, és um sábio;
Se olhas apenas o recipiente, te enganas.
A forma engana, mas o significado interior guia.
Cuidado com os conselhos de pessoas frustradas: a “luz” que elas emitem não está indicando o fim do túnel,
é um convite para o fundo do poço.
Quando a promessa é fácil demais, o risco costuma ser grande: cuidado com dinheiro fácil e curas milagrosas.
Porque dizer te amo,
Tenha cuidado com as tuas palavras cuidado.
Elas caem em mim como som,
caem com felicidade .
A tua simplicidade não chega em silêncio,
ela atravessa.
E na forma mais doce,
devasta a minha fragilidade sem ferir.
Sou feito de sentimentos expostos,
de um coração que sente antes de pensar,
e quando teu olhar descansa em mim,
até minhas defesas aprendem a respirar.
Ama-me sem pressa,
com gestos leves e verdades calmas.
Porque em mim,
cada palavra tua cria raiz
e floresce onde eu mais preciso de abrigo.
Não existe mais
Mapinguari
morando no mato,
Mesmo assim
é preciso seguir
com cuidado
nesta vida;
O Bicho-Preguiça
continua útil,
se seguir preservado.
Os tempos mudaram
definitivamente...
Só sei que existe
mais de um
Mapinguari
por todos os lados,
E não têm mais idade
e as línguas deles
estão sempre afiadas.
Os tempos são outros...
O Bicho-Preguiça
traz o melhor ensinamento:
O convívio não
pede enfrentamento
com Mapinguari de qualquer tipo.
Os tempos de hoje pedem que
não seja dado mais nenhum espaço.
Quando um Mapinguari surgir
para provocar ou mentir,
é só mudar o seu caminho,
fingir que escuta,
deixar falando sozinho
ou comece a ler um livro.
Só não deixe o Mapinguari
continuar enchendo os seus ouvidos.
Quem somos nós? A imagem que sustentamos diante dos outros, construída com cuidado, coerência e esforço, ou aquilo que irrompe quando o controle falha, com um gesto, um pensamento, uma reação que rapidamente tentamos esconder? Talvez essa divisão já revele o conflito central: viver entre o que mostramos e o que tememos revelar. Onde há essa cisão, há tensão contínua, e essa tensão consome energia que poderia ser usada para simplesmente perceber.
Em público, ajustamos a voz, o discurso, o comportamento. Em silêncio, observamos outra coisa se mover. Às vezes contraditória, às vezes desconfortável. Não brigamos contra isso porque seja errado, mas porque ameaça a imagem que aprendemos a proteger. O problema não é a imperfeição do que surge, mas o medo de ser visto sem a armadura. Assim, passamos a vida defendendo uma ideia de nós mesmos.
Então surge a pergunta moral: é melhor ser justo e parecer injusto, ou ser injusto e parecer justo? Enquanto essa escolha existir, já estamos presos à aparência. A justiça verdadeira não precisa de plateia, assim como a injustiça não deixa de existir porque foi bem disfarçada. Quando a preocupação principal é como algo será percebido, o ato deixa de ser claro. Ele passa a ser estratégico.
Buscar equilíbrio entre essas posições talvez seja outra armadilha. O equilíbrio pensado, calculado, escolhido, ainda pertence ao campo do esforço. E esforço implica conflito. O que acontece quando não tentamos parecer nada? Quando não há intenção de sustentar uma imagem nem de combatê-la? Talvez reste apenas o fato nu do que somos naquele instante.
E se a pergunta “quem sou eu?” não exigir resposta, mas observação? Não a observação do personagem público, nem a condenação do impulso oculto, mas a percepção direta do movimento inteiro… sem escolha. Nesse ver sem defesa, sem justificativa, pode não surgir uma definição. Mas talvez surja algo mais simples: o fim da necessidade de parecer.
