Cruz
Tudo na vida se torna secundário quando refletimos a cruz em nosso viver diário. A cruz de Jesus de Nazaré é a realidade da morte do nosso ego.
A cruz não é uma tragédia, mas é algo que temos que carregar para que não nos voltemos para o orgulho. Assim imitamos nosso mestre que carregou sua cruz e sempre fugiu da plataforma dos holofotes.
Precisamos voltar a nossa vida para a crucificação em Cristo e trazer a centralidade da cruz para a nossa caminhada todos os dias da vida.
Precisamos da graça da cruz para vencer o nosso ego obeso de tanta empáfia, de tanto orgulho (Meu novo livro Redenção graciosa, p.124).
Na cruz o amor se revela ao encarnar-se no Ser que quer amar e amar por amor, para que todos os amados do amor encarnado se percebam assim tão amados por esse amor, que a única razão de se verem amados de fato e de verdade seja o amor que não tem outra razão, senão amar os Seus por esse amor que não tem troca de favores. Aleluia! Somos amados. Basta!
A Cruz é o tribunal de Deus e o infrator da lei tem que morrer juntamente com Cristo para que a vida de Cristo seja a alternativa (O crime da letra).
A cruz e o sofrimento do servo sofredor trazem amizade para nossa caminhada com ele. Tornamo-nos aqueles que são parte do rebanho do pastor por excelência, Jesus de Nazaré, Jesus da Galiléia, o Jesus de Samaria, Jesus de Lázaro, o Jesus de Zaqueu, o Jesus de Maria Madalena, o Jesus do Gadareno.
A cruz é o poder de Deus para nós porque ela carrega tanto a morte como a ressurreição de Jesus Cristo. Esta é a fraqueza que é transformada em força.
Este é o poder que emana vida, e vida em abundância. Esta é a loucura do evangelho de poder que vem do céu por meio de uma manifestação do amor sincero de Deus por gente que não vale nada.
A loucura do evangelho de poder por pecadores está no amor, cujo significado é uma cruz onde o Jesus Nazareno se dá e se entrega livremente.
Mulheres de Pano e Terra
Vieram de longe, cruzaram o mar,
trouxeram a cruz, o aço e a fome,
tomaram o chão, queimaram os nomes,
fizeram o sangue da terra jorrar.
Os povos caíram, as terras sangraram,
ergueram engenhos, correntes, senzalas,
o açúcar crescia, o latifúndio mandava,
e o povo do Nordeste aprendia a lutar.
Mas quando o homem partiu sem aviso,
quem ficou foi o ventre, a enxada e a dor.
Foram as mães que costuraram a vida,
fiando o tempo com linha e suor.
Lavadeiras de rio, rendeiras da sorte,
mãos que tecem, que lavram, que oram.
E enquanto o homem some na cidade,
elas seguram o sertão nos ombros.
O Nordeste é feito de suas pegadas,
de suas vozes, de suas lutas.
Se o passado arrancou-lhes a terra,
foram elas que ficaram — e criaram a vida.
A tua voz é calmante, teu falar me enche de luz, iluminando a minha alma, mostrando-
me a Cruz, sua presença me conforta, me fortalece e me inspira, elevando meu espírito a uma altura que me admira.
Na cruz um Cordeiro se entregou,
Com sangue puro, nos resgatou.
Foi dor, foi morte, mas também vitória,
A cruz não é fim — é nova história.
Dois corações andavam cansados,
num caminho longo, olhos fechados.
Falavam da cruz, da dor, da perda,
sem saber que a Esperança já estava por perto.
