Cronicas de Miguel Falabela
Você é o vento de um bater de asas,
O voo intenso e, às vezes, inconsequente. Que me assusta e me surpreende.
Seu sorriso me faz arder de paixão.
Seu olhar hipnotiza e acalma.
Tudo em você é admirável, completamente novo e um tanto inesperado.
Como resistir a tamanha beleza e encanto.
A paz do seu nome, é aquela que eu sempre busquei pra mim...
" O mundo assemelha-se a um vasto abismo repleto de obstáculos, onde cada passo exige destreza e discernimento. Se soubermos percorrer o seu caminho com prudência — que é, em essência, a própria sabedoria —, tropeçaremos pouco e evitaremos quedas dolorosas. Porém, se nos faltarem cautela e reflexão, tombaremos incessantemente, acumulando feridas que, embora por vezes invisíveis, são suficientemente profundas para nos marcar.
Nessas quedas diárias, as lágrimas tornar-se-ão nossas mais fiéis companheiras, enquanto a dor, paradoxalmente, se revelará o nosso mais perspicaz adversário. Pois é na adversidade que a alma se molda, e no sofrimento que a existência nos ensina as suas lições mais severas. "
Crónicas da Vida
Huambo, 17 de Março de 2025
Ninguém te conhece melhor do que tu mesmo. A verdade sobre ti não pertence a terceiros, mas reside apenas em ti. Ninguém é capaz de enganar-se a si próprio; apenas os outros podem ser iludidos, pois desconhecem aquilo que habita no teu íntimo.
Ninguém tem autoridade para te definir sem antes conhecer a verdade que em ti se encerra. O que por vezes comunicamos a terceiros nem sempre corresponde ao que sentimos no mais profundo do nosso ser, pois há momentos em que a prudência e a sabedoria nos aconselham ao silêncio.
Não somos o reflexo do que dizem sobre nós, nem tampouco daquilo que pensam a nosso respeito. És o resultado das tuas emoções e da forma como escolhes vivê-las. E se terceiros as observam, isso não lhes confere o direito de julgar que detêm pleno conhecimento sobre ti ou que exercem qualquer domínio sobre a tua essência.
Não sejas imprudente ao expor a tua vida a outrem. Mantém o segredo sobre ti mesmo, sê guardião da tua imagem, da tua existência, do teu nome e da tua intimidade. Detém o controlo sobre as tuas informações e evita falar de terceiros para que não sejas causador de conflitos desnecessários.
No convívio social, não te apresses a emitir opiniões, nem pretendas monopolizar a conversa. Sê, antes de tudo, um observador atento. E, caso precises de te pronunciar, fá-lo com cálculo e prudência, para que não coloques a tua pessoa à mercê dos coveiros informativos incoerentes.
Crónicas da Vida
Huambo, 21 de Março de 2025
" Os rumores que se propagam pelos corredores insondáveis da internet, apresentando-se como revelações sobre figuras ilustres da sociedade angolana, não passam de subtil e engenhosa cortina de fumo, erguida com o propósito de entreter os espíritos menos vigilantes. Enquanto os incautos se deixam seduzir por tais artifícios, o GENERAL BOY, arguto e previdente, tece as suas estratégias com destreza, preparando o caminho para que sua CRIATURA ocupe posição de relevo no tabuleiro do poder.
A propaganda política, esse engenho da manipulação subtil, não encontra eficácia senão entre aqueles cujas mentes, obscurecidas pela inércia do pensamento, se tornam férteis para a ilusão. A distração é a argamassa com que se erguem os alicerces do domínio, e o poder sustenta-se na complacência dos que aceitam a sombra como verdade."
_ Sátiras Políticas _
Humano, 23 de Março de 2025
Por que é tão difícil aceitar?
Tão difícil acreditar?
Por que, muitas vezes, escolhemos a tristeza ao invés da alegria?
A dor ao invés do amor?
Por que somos assombrados pelos erros passados?
Quando o que importa é o hoje e o amanhã?
Por que queremos tanto algo?
Quando na verdade a maior prova de amor é a doação?
Quem tem as perguntas dos nossos erros?
Quem tem as respostas dos nossos acertos?
Só posso aceitar o inevitável.
Só posso lamentar o que passou.
E lutar para amanhã ser tudo diferente...
O problema é a raiz de toda e qualquer separação no relacionamento, mas o homem é principal actor, ele é que gera ou chama o problema a existência, quando ele abdica em fazer o bem, ou seja o mal (problema) só têm lugar quando não se faz o bem, desobedecendo a Deus.
Um mundo cheio de problemas, significa o qual distante de Deus estamos.
"Não podemos esperar um mundo renovado enquanto permanecermos alheios à prática do bem. O mundo não é um ente separado da nossa essência; é, antes, o espelho das ações que nele imprimimos. A sua harmonia ou desordem é o eco das escolhas humanas, pois a verdadeira transformação começa no interior de cada indivíduo, refletindo-se inevitavelmente no todo."
Lisboa, 12 de Janeiro de 2025
22 horas e 56 minutos
In Crónicas da Vida
Como um vendaval você chegou.
Bagunçando a minha vida de um jeito gostoso e jovial.
Como é o seu nome, de você me torno refém.
Seu sorriso e seu olhar me fascinam.
Seus abraços eu quero pra mim.
Seus beijos são o meu mais profundo sonho.
E saber, que o que era sonho, hoje é realidade.
Quando estamos juntos, o tempo é nosso aliado.
E, que importa, é saber o quanto é bom ter você em minha vida.
Então, que esses momentos sejam assim; intensos, verdadeiros e arrebatadores.
Como deve sempre, ser o amor...
Aqueles que verdadeiramente me conhecem decifram, no silêncio que me reveste, as palavras que o mundo jamais escutará, mas que a alma, em segredo, clama. Fazei uso da vossa consciência, porém recordai: tudo quanto nela despontar não foi jamais por mim proferido — são apenas ecos do vosso próprio pensamento, que se apressa a dar voz àquilo que em mim permanece calado. O silêncio, esse, é o meu mais leal confidente.
Talvez, na cessação da guerra irracional, a paz ressurja — não para me reinventar, mas para me restituir ao sentido original do meu ser. Regressar à essência não é retorno à peça de origem, mas reencontro com o sopro que me é próprio, sem que para tal se invoquem, por necessidade, os moldes paternos ou maternos.
Huambo, 07 de Abril de 2025
In Crónicas da Vida
Quando o peso do mundo nos vergue a alma, lembra-te de que o desânimo não deve ser razão para renunciarmos à dádiva da vida. Traz à memória que carregas em ti a sagrada responsabilidade pelos que te são confiados, e que seria acto de egoísmo partir sem honra, traindo o amor que em ti depositaram — sobretudo aquele dos mais pequeninos, cujas almas puras ainda se moldam ao calor da tua presença.
Quando os obstáculos se tornarem muralhas, não enfrentes a batalha em vão; se necessário, retira-te do ruído dos homens, busca o silêncio no recanto mais íntimo da tua morada e vive em quietude, sem ferir a harmonia alheia, concentrando a tua luz nos poucos — e tão necessitados — corações que te amam e aguardam a seiva do teu afecto.
Lisboa, 26 de Abril de 2025
Crónicas da Vida
De onde vem tamanha força?
Seus passos são pura motivação.
Sua energia e motivação a faz especial.
E em cada sorriso, olhar e palavra dita, aumenta a minha admiração.
Talvez eu seja um idealista ou mesmo um sonhador.
Mas em você eu vejo aquele algo a mais,
Vejo a garra e a força que me prende em sua história,
Você é um longa história! A melhor história!
Forte Penedo, rochedo: as margens da Baía de Vitória é tenaz revelação e força!
Se o rochedo falasse, muita historia teria esse rochoso litorâneo maciço.
Poder-se-ia dizer que é o guardião dessa baia.
Conta-se que em dia de tempestade e de vazantes marés, horripilante gemidos dele saia.
Poesia é pintar um quadro de palavras além da singela janela na chuva ou, da simples conversa da missa e de bar. A poesia exprimi a arte de experimentar, e aguçar a mente com provocações vastas, arrancando da espreguiçadeira o valente. Reacionária essência, visa o mágico poder de denunciar.
Poesia é carrega tônus, informalidade, inconformismo – vociferar.
Corruptos e corruptores do passado, do presente e, fatalmente, do vindouro.
Ponham suas barbas de molho, ponham-nas de molho, mesmo as mulheres sem barba.
A pátria Brasil caminha a galope ligeiro, ordeiro, vanguardeiro, alvissareiro e justiceiro.
Montada numa verdadeira e necessária democracia do povo, pelo povo e para o povo!
Para terminar, em bom e claro português apenas digo:
Isso, com exclamações, sem qualquer reticência para o futuro.
Companheiros, camaradas e comparsas – cambada essa que acha que são – vamos lá!
E isso dá o que falar, não é um determinismo, pois o poder na língua portuguesa chama-se DESEJO.
Vejo o Sabiá-laranjeira pousado em um Ipê-amarelo.
Num tronco resistente, levemente tortuoso, canta forte e assustada a tênue avezinha.
Mas que raro e singelo ver esse monumental e pátrio dueto!
Aquele que muito reza – é o que designa – o cordial vozear do sabiá.
O pé de ipê explana ideal firmeza – cascuda árvore nomeia que é.
No princípio era o Verbo... E o que fez a Arquivologia?
Ao surgir pensou-se que seria arquivística disciplina
Legítima tríada corrente, vicissitude raiz, englobante e integrada.
Com o tempo vestiu princípios e técnicas que lhe deram
Nova roupagem, escreveu no continuum gerúndio alguma terminologia
Perenal tesauro, assim gerando, criando, formando léxicos lastros
– eis o repositório arquivístico digital confiável, real e exato.
No princípio era a Palavra... O que fez a Biblioteconomia?
Idealizou certo mito da biblioteca universal
Os sabores e ardores do projeto xanadu vinculavam pressupostos vastos
E não ocorreu! O acesso instantâneo e ubíquo, a total abertura à Era da Informação
Quimera e sonhos – coleção encanto, digam os “idealistas”, belos eram os planos.
Pende a preservação das memórias, volição compartilhada por tantas culturas
E as orelhas inertes – não dos livros – mas daqueles que ouvem saibam: xanadu salvaria o mundo!
No princípio era a Eloquência... O que fez a Museologia?
Ao nascer, queria ser morada ou templo das musas, local de inspiração divina.
No estimulo à criatividade dos artistas e intelectuais, viu-se na museuconomia
Autêntica e revolucionária museal prática – reforça os domínios das três marias
A corrente museológica vestiu a carranca que lhe deram e o fausto a enquadra
Ante a infoera dita: preservação, conservação e restauração jamais jazem mudas
– salvaguarda que “documento” também é um patrimônio e documento é tudo!
Uma edificação de transformação social...
Um espaço de sondagens, esperança, literatura, leitura e arte.
Um balneário de contação de histórias, narrativas éticas e fábulas.
Um lócus de transformação, reinvenção e inovação de projetos e ideais.
Um gostoso cantinho de relaxamento, terapia e lazer.
Meu pedaço (trans)oceânico e chão!
Um lugar de muita viagem... E embarques!
Uma ambiência de paz, ciência, cidadania e integridade.
Um prédio arquitetônico que agrega valor à vida em comunidade.
Um recinto de celeridade, tecnologias, patrimônio, memórias e identidade.
Um paraíso de convivência, acolhimento, aprendizagem e notabilidade.
Meu pedaço de vida e (trans)formação!
