Cronicas de Miguel Falabela

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DIANTE DAS FOTOS DE EVANDRO TEIXEIRA

A pessoa, o lugar, o objeto
estão expostos e escondidos
ao mesmo tempo, sob a luz,
e dois olhos não são bastantes
para captar o que se oculta
no rápido florir de um gesto.

É preciso que a lente mágica
enriqueça a visão humana
e do real de cada coisa
um mais seco real extraia
para que penetremos fundo
no puro enigma das imagens.

Fotografia-é o codinome
da mais aguda percepção
que a nós mesmos nos vai mostrando,
e da evanescência de tudo
edifica uma permanência,
cristal do tempo no papel.

Das lutas de rua no Rio
em 68, que nos resta,
mais positivo, mais queimante
do que as fotos acusadoras,
tão vivas hoje como então,
a lembrar como exorcizar?

Marcas de enchente e de despejo,
o cadáver insepultável,
o colchão atirado ao vento,
a lodosa, podre favela,
o mendigo de Nova York,
a moça em flor no Jóquei Clube,

Garrincha e Nureyev, dança
de dois destinos, mães-de-santo
na praia-templo de Ipanema,
a dama estranha de Ouro Preto,
a dor da América Latina,
mitos não são, pois que são fotos.

Fotografia: arma de amor,
de justiça e conhecimento,
pelas sete partes do mundo,
viajas, surpreendes, testemunhas
a tormentosa vida do homem
e a esperança de brotar das cinzas.

Inserida por cacaufernandes

CÂNTICO

Não, tu não és um sonho, és a existência
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu és a estrela
Sem nome, és a morada, és a cantiga
Do amor, és luz, és lírio, namorada!
Tu és todo o esplendor, o último claustro
Da elegia sem fim, anjo! mendiga
Do triste verso meu. Ah, fosses nunca
Minha, fosses a idéia, o sentimento
Em mim, fosses a aurora, o céu da aurora
Ausente, amiga, eu não te perderia!
Amada! onde te deixas, onde vagas
Entre as vagas flores? e por que dormes
Entre os vagos rumores do mar? Tu
Primeira, última, trágica, esquecida
De mim! És linda, és alta! és sorridente
És como o verde do trigal maduro
Teus olhos têm a cor do firmamento
Céu castanho da tarde - são teus olhos!
Teu passo arrasta a doce poesia
Do amor! prende o poema em forma e cor
No espaço; para o astro do poente
És o levante, és o Sol! eu sou o gira
O gira, o girassol. És a soberba
Também, a jovem rosa purpurina
És rápida também, como a andorinha!
Doçura! lisa e murmurante... a água
Que corre no chão morno da montanha
És tu; tens muitas emoções; o pássaro
Do trópico inventou teu meigo nome
Duas vezes, de súbito encantado!
Dona do meu amor! sede constante
Do meu corpo de homem! melodia
Da minha poesia extraordinária!
Por que me arrastas? Por que me fascinas?
Por que me ensinas a morrer? teu sonho
Me leva o verso à sombra e à claridade.
Sou teu irmão, és minha irmã; padeço
De ti, sou teu cantor humilde e terno
Teu silêncio, teu trêmulo sossego
Triste, onde se arrastam nostalgias
Melancólicas, ah, tão melancólicas...
Amiga, entra de súbito, pergunta
Por mim, se eu continuo a amar-te; ri
Esse riso que é tosse de ternura
Carrega-me em teu seio, louca! sinto
A infância em teu amor! cresçamos juntos
Como se fora agora, e sempre; demos
Nomes graves às coisas impossíveis
Recriemos a mágica do sonho
Lânguida! ah, que o destino nada pode
Contra esse teu langor; és o penúltimo
Lirismo! encosta a tua face fresca
Sobre o meu peito nu, ouves? é cedo
Quanto mais tarde for, mais cedo! a calma
É o último suspiro da poesia
O mar é nosso, a rosa tem seu nome
E recende mais pura ao seu chamado.
Julieta! Carlota! Beatriz!
Oh, deixa-me brincar, que te amo tanto
Que se não brinco, choro, e desse pranto
Desse pranto sem dor, que é o único amigo
Das horas más em que não estás comigo.

Inserida por MarcusBraz

Eterno! Eterno!
O Padre Eterno,
a vida eterna,
o fogo eterno.

(Le silence éternel de ces espaces infinis m'effraie.)

— O que é eterno, Yayá Lindinha?
— Ingrato! é o amor que te tenho.

Eternalidade eternite eternaltivamente
eternuávamos
eternissíssimo

A cada instante se criam novas categorias do eterno.

Eterna é a flor que se fana
se soube florir
é o menino recém-nascido
antes que lhe dêem nome e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma
[força o resgata
é minha mãe em mim que a estou pensando
de tanto que a perdi de não pensá-la
é o que se pensa em nós se estamos loucos
é tudo que passou, porque passou
é tudo que não passa, pois não houve
eternas as palavras, eternos os pensamentos; e
[passageiras as obras.
Eterno, mas até quando? é esse marulho em nós de um
[mar profundo.
Naufragamos sem praia; e na solidão dos botos
[afundamos.
É tentação a vertigem; e também a pirueta dos ébrios.
Eternos! Eternos, miseravelmente.
O relógio no pulso é nosso confidente.

Mas eu não quero ser senão eterno.

Inserida por annefreitas

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Inserida por usuario438345

Fábula da Fábula

Era uma vez
Uma fábula famosa,
Alimentícia
E moralizadora,
Que, em verso e prosa,
Toda a gente
Inteligente,
Prudente
E sabedora
Repetia
Aos filhos,
Aos netos
E aos bisnetos,
À base duns insectos,
De que não vale a pena fixar o nome.
A fábula garantia
Que quem cantava morria
De fome.
E, realmente...
Simplesmente,
Enquanto a fábula contava,
Um demónio secreto segredava
Ao ouvido secreto
De cada criatura
Que quem não cantava
Morria de fartura.

Miguel Torga
TORGA, M., Antologia Poética

Pensar e imaginar;

Sonhar e amar,
Sentir te beijar,
Tocar e mudar.

Te abraçar,
Sentimento de paz
Percorre o ar,
O amor transcende
O infinito,vai além
Do extraordinário
Do que antes pensávamos.

Poeta da escada
Para pra descansar
Olha pro céu,
E vê a chuva cair
Vendo as gotas
Descerem os degraus
Em um só corpo,e
Caminho pra um so lugar...

Outubro Rosa chegou!
E com ela a promessa de muitas flores e alterações nas fotos dos perfis
Muitos rostos de crianças como numa
nostálgica busca da ingênua felicidade
A criança nunca morreu,
tampouco a capacidade de sorrir sem pensar no amanhã,
nem na maldosa e implicante sociedade.
Sorria , ame e perdoe como uma criança
e os nobres valores passados presentearão

Dói-me o coração
Perdi um amigo, mas não
Apaguei a memória do que tenho dele
Amizade é como um quebra-cabeças
Ao longo da vida vamos juntando as peças
Algumas mais difíceis de juntar
Mas estão lá todas se for um amigo verdadeiro
Ao fim de tudo todos temos um destino
Uns mais curtos outros mais compridos
Tudo que nasce morre um dia
Mas as virtudes, o respeito e os defeitos ficam sempre
Na nossa memória.

Sometimes


I tear a stamp inside me
And I annihilate the words that consume my soul...
To scream, what for?
You really know I tell about you
When I am all alone and I murmur for the distance
That there is always between us .

A long kiss lost in the silence Of an eternal night is enough to make my soul calms down.
But even so I am all alone Lost inside myself Always in the search for an impossible dream, That delays in coming.

Sometimes, so many times I interrogate myself
In the morning and in the falling of the night
If everything is worthwhile.

If the reason of my existence had any middle or a purposed end, after all we are so many That feel and see life like this and the rest is the whole that we will never understand.
I tear inside me an Inexplicable border, so that my life starts to make any sen .

Then I repeat so many other things...
itAnd you who think you are a woman, but you are not You are just a lost poem inside me since I was born to love you And suffer as nobody else suffers As I do it suffer for you.

Art, love and pain

They are the reason of all my suffering।
Who knows one day, even if it's late,
The world recognizes all the things that are hidden from the men's eyes today.

The color and strange lines are everything I leave you
As notes of a music
That has a form of a nymph or an angel
The mystery of life and the occultism that there are
When it seams to be so strange.

Lateness is just a moment inside the infinite...
Late when I even leaving forever, here I stay.

TODAS VIDAS EM FIM.

Meus pensamentos no constante, ao longe de perto te vejo do meu lado, mesmo estando distante.

Sublime dor, que desfalece no anoitecer, repleto de amor, aceso no mar do escurecer .

Missões sem sentido, apenas com um propósito só, contentar-se com apenas um amigo, ou morrer para sempre calado, até tua garganta dar um nó.

Impedir quem te ama de fazer o que se quer, é desfalecer a alma de quem insiste em sempre ser o que um dia não é .

Entre tons maiores, ainda caminho aqui, em destino com piores seguindo um rumo apenas para si.

Talvez não seja dos perfeitos meu português, entre tudo que eu escrevo diante de conceitos, sei que ao menos uma frase se eterniza no coração de vocês.

Viver entre feras, fazer arte em frases, andar por entre terras, voar com poesia, vivenciar tudo por entre ares.

Ainda insisto em ver a vida cintilar, ainda assim quero ser, um dia feliz por onde possa andar.

Quem sabe a vida seja assim, entre eu nascer pra você, e você nascer para mim, quero viver outras vidas ao teu lado, morrer segundos, e te amar em todas vidas em fim.

Pelas constantes caminhadas da vida, olhei diante do horizonte e vi que em um mar de ar condicional, existe ainda uma maçã podre por entre todo o cúmulo de destreza que habita por entre respeito e ódio.

Prefiro ser da forma que sou, ao fantasiar algo que nunca fui, afinal algumas pessoas mudam apenas pelo simples fato de mudarem, mais a mudança contorce nossos pensamentos, e afugenta-nos dentro de nos mesmos, instigando todo o medo que temos para que possamos encontrar o mais próximo precipício dos corredores da morte!

Existe quem te ama, existe quem te odeia, existe quem se importa com você, e apenas existe quem se refugia em você, e desses refugiados, pessoas desgovernam corações, e descartam-se de tudo o que retorna pro fim de ti, que existe pelo sombrio sonho de ser feliz, porém, em vão, pois são os sonhos perfeitos do real esquecimento de feliz ser, seja em sonhos, ou em vida que lhe muda de uma forma imperceptível.

Meio sem sentido podemos chamar nossas “vidas”, por qual motivo viemos ao mundo?

E para onde iremos quando morrermos?

Para onde podemos nos render para que não possamos mais sofrer como sofremos em vida?

Perguntas que apenas não existem ao certo respostas.
E os meus pensamentos, quais foram os pequeninos momentos pelos quais me dediquei cada segundo a mim?

Difícil lembrar de tudo aquilo que quero lembrar, e simples conseguir esquecer do que não quero que exista mais em mim.

As vezes queria ser salvo por mim mesmo, e colorir minhas frases e minha vida, com cores que se mechem, queria ao menos ouvir tudo que quero dizer mais não posso.

O mais próximo que cheguei de ser feliz, não importa pois a tristeza rodeia minha vida segundo a segundo, e o mais próximo que fiquei triste se resume no sempre, e sem me deixar levar pelo tempo, aprendi que a felicidade não existe, pois você fica feliz por vagos segundos, e depois retorna para a rotina da tristeza.

A paciência que eu sempre tenho em ficar cara a cara com tudo o que se julga melhor, me demonstra apenas não ser diferente, mais mostra para mim mesmo, que não sou apenas mais um alguém que batalha pelos continentes a fora, procurando mais um motivo para viver, ou alguém buscando um motivo a mais pra encontrar mais cedo que se espera o vazio da morte.

Talvez eu não possa amar nunca mais, ou possa quem sabe ser amado para sempre, e porque seria possível jamais se contentar com o destino mais impróprio para nós?

E a cada voz...

Porque existe um arrepio tenebroso na longitude do coração ao caminhar dos nossos vazios passos.

Porque eu seria capaz de odiar a mim mesmo?

Talvez porque além de eu ser o que sou, ainda tenho que ser o que um dia serei.

Porque você me castiga quando me ignora, ou porque você não me odeia quando te amo?

Porque perguntas não compactam com respostas?

Porque você não vive para sempre pra dizer que me ama?

Porque somos assim, perfeitos um para o outro, e porque somos tão diferentes?

Apenas teus olhos podem responder perguntas que minhas frases calam com um simples olhar!

Sei que sou fraco o suficiente para retrucar meus pensamentos insanos em ouvidos que não são capazes de ouvir-me, e o motivo pelo qual grito, é o mesmo motivo que faz de mim, digno de contemplar uma qualquer gota de chuva que cai do céu.

Ainda lembro de tudo aquilo que queria esquecer, mais quanto mais sou forte para esquecer, me torno fraco para lembrar.

E meus envolvidos olhos contemplam mares que não podem ser vistos, e nem sentidos, mais o menos ameno sabor da longitude, se envolve nas lembranças de sequir adiante, e procurar as perguntas, além das respostas.

As vezes acho que quando estou só, não estou realmente só, pois minha solidão me consola sempre, e sempre que preciso dela, lembro de ti, e em ti, posso ver, ao embreagar da solidão, obstáculos camuflados com pensamentos retomados com dor.

Pelo sorriso que não é o mesmo, ainda aprendi, que tudo que muda, se torna um dia digno de se chamar semelhante, pois a mudança se assemelha ao outro lado da face de alguém que não espera para mudar a si mesmo, mais espera os pensamentos para coagir com o tempo, e mudar o seu interior do que a mudar a si mesmo para todo o sempre.

E o céu azul que se torna cinza, o ódio que se torna amor, é apenas a mudança que as tempestades devastaram e amaram-os mais do que outra coisa; porém, tempestades deixam por outro lado, uma vasta e vaga lembrança de destruição que se quer esquecer.

Meu sol brilha radiante, quando vejo teus olhos fitarem-me por um digno e determinado tempo.

Porque seriamos tão diferentes, se nos chamassem de loucos? Ser louco é se destacar de quem corre em busca de ser normal.

Tento por muitas vezes, me tornar o que ainda não sou, mais o tempo se encarrega de desfazer isso, pois não mudo a si mesmo como uma flor que nasce, vive, e morre, mais posso mudar tudo que for possível, para que o amor que sinto por você, não mude com o tempo, com as modas e com as épocas.

Sei que não sou o mais perfeito aos olhos de quem me vê, mais sou o mais capacitado para me tornar quase perfeito para você.

Ainda assim, me pergunto o que devo fazer para me tornar perfeito para ti, quem sabe a resposta não esteja ecoando em mim, mais sim em você, que pode revelar meus segredos mais secretos, minhas frases mais citadas, e meus olhares mais despercebidos.

Que o mundo saíba que eu a amo além dos limites do tempo, que saibam o quanto eu te quero, e quero principalmente que saibam, que meu amor por você, assim como o tempo jamais irá se tornar passado, porque eu te amo hoje, te amarei amanhã, e vou te amar sempre!

Flores recriam amores, frases mostram suas cores, morte nos mostra valores, a vida me faz perceber que o amor é um verdadeiro circo dos horrores.
A paz que eu quero é só você, meu interior, meu amor, meu morrer e meu viver, pode o dia escurecer, que a noite irá tardar, e eu pensarei em te querer, meus versos podem desfalecer, minha morte procriar e eu acordar, te perder, e tentar me consolar sem entender, porque eu quis justamente você.

O AMOR


Acolhedor, protetor, o que seria ao certo o amor?
Prolonga felicidades intantâneas, acaba com toda guerra.
O amor nada mas é, do que aquilo que todos precisam para se viver melhor e a cada dia.
Onde se consomem felicidades ali esta ele, camuflado e irrevestido com a cor do vento.
Não é visto mas é sentido.
Não é saboreado mais é apreciado, e a preciosidade de um destino sem amor, só se enxerga quando a morte leva toda a falta de um sorriso tímido quando a piada é realmente engraçada.
O amor pode ser aquilo que te aquece nos dias de frio, e que te esfria nos dias de calor.
É a paz que deveria habitar em todo o mundo nos instantes de guerra.
O amor, pode ser levado em qualquer lugar do mundo, em qualquer hora, em qualquer instante.
O amor é o que mata as pessoas, mais ele por si próprio, nunca morre.
O amor pode ser feito em vários lugares e de várias formas, pode ser feito em um abraço simples, em um sorriso imperceptível, em um simples aperto de mão, em um beijo que degusta todo o passado de alguém, o amor pode ser feito aqui, ai, na cama, nos dedos, e principalmente no coração.
O amor é uma “planta” que ninguém planta, mais um dia colhe.
O amor é algo que convence as pessoas de que viver é melhor do que se aprisionar dentro de uma gaiola chamada “ Tua vida “ .
Sob tanta falta de amor, percebo que o ódio e o amor são alidos, afinal na falta de um existe o outro.
E na ausência de outro, existe um.
O amor é como a matemática, odiamos saber sobre ele, mais temos que saber para aprender muitas coisas na vida.
E assim como a matemática, o amor pode se ver em todos os lugares, desde um simples texto, até uma simples folha.
O amor não é nada mais do que um olhar.
Quando se olha algo ou alguém e se apaixona, o coração acelera, o mundo para, e sua vida muda para sempre.
O amor são histórias tristes, engraçadas, perdidas, deixadas em branco, outras eternas, mais acima de tudo, o amor é realmente...
O amor !
E assim que a vida te consede a amar, você percebe que o amor te faz tecer lágrimas de onde menos se espera, e dos momentos mais errados que as pessoas se encontram perdidas nessa “ maudição de amor “
O amor é uma poção de saudades que devasta suas mãos, que caleja teu coração.
O amor é como andar de bicicleta, em quanto você não acerta e não consegue se equilibrar você não se contém em não saber caminhar com as próprias pernas.
O amor?
É algo que eu tenho dentro de mim.
E algo que eu queria para todas as pessoas que conheci e que conheço até hoje.
O amor é devastador, leva tudo feito o Furacão Katrina.
O amor de Deus, é o único que não mente pra você, mesmo que você nunca tenha o visto, mesmo que nunca tenha ouvido a voz dele, você simplismente o ama com toda a força que se deve amar.
O amor é a forma mais humana de se perceber que a vida faz um certo sentido em meio a tantos loucos.
Com tanto amor no mundo, nem pude perceber que amar a mim mesmo, é bem melhor que amar os outros, e amando a mim mesmo, se eu sofrer de qualquer modo, isso seria praticamente uma luta contra mim mesmo, seria uma luta que forma um contraste intocável dos meus pensamentos mais excluídos pelo modo que eu vivo, e mesmo assim, ainda perderia a luta, pois o amor sempre vence no fim das contas.
O amor é uma prática que desordena os corações, o amor é uma ilusão, é uma mágica que não se revela, o amor é como a morte, amamos, e não sabemos o que existe no outro lado do amor.
O que eu sei sobre o amor? o amor é uma tortura emicional, o amor me mata todos os dias, o amor me humilha todos os dias, o amor tem ódio de mim, o amor me odeia, e o que eu tenho a dizer a respeito do amor?
Que sem ele eu não viveria.

(Dedicado a mim mesmo, ao próprio amor, e a todos aqueles que me fizeram sentir esse sentimento tão maravilhoso)

"A Jaula e o Espelho"

Eu era o problema que me fizeram crer,
Até que um dia me ousei conhecer.
As grades eram minhas, a chave também,
Quem as construiu, as pode desfazer.

A sombra que temia, agora é minha luz,
O caos que vivia, hoje é minha cruz.
Não sigo rebanhos, não busco lugar,
Sou meu próprio norte, meu próprio mar.

Calei mil vozes, carreguei mil dores,
Transformei em força todos os ardores.
Quisram que duvidasse, que baixasse a face,
Mas ergui meu espelho no mesmo espaço.

Não peço licença para ser quem sou,
Nem troco minha essência por nenhum vou.
Deus na minha estrada, eu no meu caminho,
Plantando verdades no mesmo carrinho.

Quem tentar invadir, encontrará fronteiras,
Não há mais feridas, nem velhas trincheiras.
Sou terra renascida, sou fênix de cinzas,
Escrevo minha história com letras mais linhas.

E se ainda me julgam, se ainda não veem,
Seguro meu silêncio — ele tudo saneia.
Pois aprendi na guerra, sangrando calado,
Que o trono mais alto é o que foi conquistado.

Do Centro Divino

Aprendo a olhar
desde o Deus que habita em mim
Cada erro— sagrado espelho
Cada queda— chão que elevo

A autoridade que me deram
não se negocia
não se empresta
não se mancha
É direito ancestral
escrito na alma
antes do tempo ter nome

Os contratempos
são lições vestidas de dor
A solidão— necessária oficina
onde forjei minha própria luz

A bondade que não espera
não cobra
não exige
É rio que flui
por ter sede de dar
Não por sede de receber

Hoje devo tudo ao Silêncio
que fala através de mim
Aos instintos divinos
que guiam meus passos
À gratidão radical
por tudo o que fui
e tudo o que ainda serei

Deus existe em mim
não como visita
mas como morada permanente
E desta casa interior
contemplo o mundo
já não como estrangeiro
mas como centro
de onde toda a vida
emana
e para onde todo o amor
retorna

O Caminho do Mestre Construtor

Há em mim um arquiteto de almas,
Um construtor de pontes, não de muros.
Minha argamassa é feita de verdades,
Meus tijolos, gestos puros.

Confio na voz que vem do silêncio,
Na intuição que não erra o compasso.
Cada passo, mesmo pequeno,
É movimento no vasto espaço.

Quando o medo mostrar sua face,
Trago o amor como ferramenta.
Dissolvo sombras com coragem,
Numa ação sempre presente e lenta.

Minha voz é instrumento de cura,
Minhas mãos, canais de abundância.
Não construo para minha glória,
Mas para servir com reverência.

Projetos que atravessam eras,
Não por vaidade ou por louvor,
Mas por saber que a vida inteira
É semente de um amor maior.

Cada dia é novo alicerce,
Cada noite, um balanço da obra.
Não busco perfeição nas paredes,
Mas a essência que nelas sobra.

E quando a jornada parecer longa,
Lembro que o amor é meu guia.
Sou mestre construtor da esperança—
Minha vida, poesia day by day.

Pois não construo com pedra e ferro,
Mas com sonhos e com cuidado.
O maior templo já construído
É um coração liberado.

---


O amor, aos meus olhos, não foi um passo, foi um precipício.
Foi o silêncio que caiu entre dois suspiros,
o instante em que o mundo perdeu o seu mapa
e eu me perdi no asterisco dos seus olhos.


Minha vida, antes um compasso aleatório,
aprendeu a gravitar.
Girou em órbitas tão certas
que chuva era apenas um detalhe no vidro,
e as montanhas,meras dobras no caminho
que eu desdobrava com as mãos
só para voltar ao teu eixo.


As rosas que te dei eram pálidas,
tímidas traduções
de um jardim interior que só florescia
com o sol do teu olhar.
Cada pétala,um segredo não dito;
cada espinho,o medo de tanto sentir.


Perdemos a conta do tempo
no labirinto dos nossos olhares.
Cada olhar,uma promessa de eternidade
escrita em linguagem de sóis e sombras.
E eu desejava beijar-te
até que o amanhã se tornasse um mito,
até que o relógio do universo
esquecesse seu próprio tique-taque.


Foste a história mais longa
escrita no tempo mais curto.
Um épico com final de haiku:
doce,súbito e que deixou um vazio
mais eloquente que qualquer palavra.


E assim acabamos num princípio,
um paradoxo que ainda me sangra.
Largar-te foi arrancar raízes do peito,
foi o mais doloroso que a vida me trouxe.


Mas o coração, esse arqueólogo teimoso,
nunca se despediu de ti.
Ele escava nas ruínas do que fomos
e encontra,intacto,
o eco do teu nome.

A Bagagem Invisível

A Mente que Tudo Absorve

A mente não é apenas onde pensamos —
é onde tudo chega, entra e se instala.
Ela absorve o que o corpo vive,
mas também o que nunca aconteceu de verdade,
apenas foi sentido… ou imaginado.

Ela não distingue com precisão o que é memória, sonho ou trauma.
Guarda o que foi dito…
e o que apenas achamos que ouvimos.
Armazena não só os fatos,
mas também as suposições, as projeções, os medos, os desejos.
Tudo vira experiência — mesmo que só mental.

Um gesto mal interpretado.
Um silêncio carregado de expectativa.
Um olhar que julgamos de desprezo.
Nada disso talvez tenha existido fora de nós…
mas a mente vive como se fosse real.

E o corpo responde.
A ansiedade aparece.
A raiva se inflama.
O coração acelera por guerras que só aconteceram na imaginação.
Mas a dor é autêntica.

A mente, como solo fértil, não seleciona o que brota.
Ela acolhe tanto as sementes do que foi vivido,
quanto as ervas daninhas do que só foi sentido.

É por isso que muitos sofrem por histórias que nunca existiram,
por rejeições que nunca aconteceram,
por palavras que nunca foram ditas —
mas foram criadas dentro, moldadas pelas emoções.

A mente absorve não só o que lhe fazem,
mas também o que ela acredita que lhe fariam.

Ela é o espelho quebrado de todas as possibilidades:
o que foi, o que poderia ter sido, o que jamais será…
e o que insistimos em reviver.

A Morte: A Porta Que Se Fecha

A morte não é o fim.
É a abertura de uma porta.

Não uma porta comum…
Mas uma daquelas que, ao se fechar atrás de nós,
não se pode mais abrir para voltar.

Quando cruzamos essa soleira,
não levamos o corpo, nem os títulos, nem os pertences.
Levamos apenas o que acumulamos por dentro:
as intenções, os pesos, as culpas, os gestos, os silêncios, os afetos.

Lá, nesse novo espaço que não sabemos nomear,
seremos cercados por tudo o que deixamos de ver em vida:
as palavras que engolimos, os amores que negamos,
as escolhas que feriram, os sonhos que enterramos em nome do medo.

Nada se perde,
tudo nos espera do outro lado.

A morte é espelho.
É a projeção ampliada daquilo que evitamos encarar.
Lá, não há distrações.
Não há tempo.
Só presença nua…
e consciência crua.

Morremos com o que fomos — não com o que fingimos ser.

Talvez lá a dor não venha da morte em si,
mas do confronto com a vida que não vivemos.
Das chances desperdiçadas.
Da coragem adiada.
Do amor que sabíamos dar, mas recusamos por orgulho.

A porta se fecha.
E não se abre mais.
Mas não como punição…
como consequência.

Porque tudo o que era externo perde sentido —
e tudo o que era interno ganha voz.

Quando a Mente se Fecha e a Morte se Abre

A mente é um receptáculo.
Ela absorve tudo —
o que vivemos, o que inventamos,
o que sentimos, mesmo sem ter acontecido.

Carrega dores que ninguém nos causou,
traumas que nasceram apenas de ideias,
feridas abertas por suposições,
e amores que existiram só na imaginação.

Ela não julga o que é real,
ela apenas registra.

E enquanto estamos vivos,
continuamos alimentando esse cofre invisível —
feito de lembranças reais e fantasmas emocionais. Mas então… a morte chega.

E com ela, uma porta se abre.
E ao atravessá-la, não levamos o corpo,
nem as certezas que fingíamos ter.
Levamos apenas a bagagem mental:
nossos atos, nossos afetos,
nossas intenções escondidas e sentimentos silenciados.

A morte fecha a porta atrás de nós,
mas nos eterniza no conteúdo que deixamos.
Porque a mente — esse cofre que absorveu tudo —
se transforma agora em memória viva no mundo.

Nossos gestos passam a viver nos pensamentos de quem tocamos.
Nossas palavras ecoam no inconsciente de quem ouviu.
Nossas ausências se transformam em presença psicológica.

Somos arquivados no subconsciente alheio.
Nos tornamos lembrança.
Presença mental.
Símbolo.

A morte eterna não apaga.
Ela espalha.

Não somos mais vistos, mas continuamos sendo acessados.
Não respiramos, mas seguimos influenciando.
A mente que um dia absorveu o mundo,
agora é o mundo que absorve a mente que partiu.

Somos lembrança viva nos que ficaram.
E isso… é uma outra forma de eternidade.

⁠Disforia..

Maldita disforia, você tem uma crise e não pode fazer nada, tudo te incomoda, você tem medo de estar marcando os intrusos.
Não se sentir suficiente, usar uma blusa de frio num calor imenso, e não poder sentir a camisa na pele pois vc não tem a porra de um corpo masculino totalmente, querendo poder nascer de novo e dessa vez.. " certo" ...