Cronicas de Marta Medeiros Felicidade
A ansiedade é uma emoção humana normal que se volta para o futuro.
Trata-se de uma sensação frequentemente desagradável, porém de grande valor adaptativo, que emerge diante do novo, do desconhecido, do imprevisto e de situações de conflito.
Sua função primordial é preparar-nos para enfrentar eventos iminentes.
Os partidários do "wokismo" seguem a visão de valores refletida na dinâmica dos ressentidos: onde os indivíduos considerados "fortes" e bem-sucedidos são frequentemente vilipendiados como maus, enquanto os "fracos" e desfavorecidos são idealizados como virtuosos.
Nos filmes e seriados de TV, essa polarização se manifesta de forma exacerbada, transformando tramas e personagens em previsíveis clichês. Em poucos minutos, os espectadores já antecipam quem será o herói glorificado, destinado a triunfar, e quem será o vilão condenado ao fracasso ou à morte.
Existe uma nítida inclinação em retratar todas as maiorias minorizadas como figuras heroicas, dotadas de empatia e inteligência genuínas, verdadeiros arautos do bem. Por outro lado, indivíduos que pertencem a grupos como homens brancos, heterossexuais, ocidentais, burgueses e cristãos são frequentemente estereotipados de maneira pejorativa, descritos como frágeis, incompetentes ou moralmente comprometidos, reforçando uma narrativa que os relega ao papel de vilões por sua simples existência.
Essa lógica amplifica a percepção de vilania conforme mais características desses grupos são incorporadas. Quanto mais alguém se enquadra nesses perfis percebidos como opressores, maior é sua condenação moral nos roteiros influenciados pelo "wokismo".
No cenário das produções audiovisuais moldadas por essa ideologia, emergiu um lucrativo nicho de mercado. Embora a diversidade de histórias e perspectivas deva ser um ideal a ser alcançado, infelizmente, muitas vezes trocamos um paradigma cinematográfico centrado na visão do "opressor ocidental" por uma visão que dá primazia ao "oprimido marginal".
Isso transmite a preocupante impressão de que equilíbrio e ponderação não resultam em ganhos econômicos, favorecendo uma narrativa polarizada que ignora a complexidade humana em favor de uma dicotomia simplista de mocinhos e vilões. O capitalismo, por sua vez, parece prosperar no extremismo. Independentemente da moda ideológica do momento, o detentor da planilha permanece em alta, acumulando cada vez mais dólares enquanto a arte e a narrativa genuína são subjugadas ao imperativo da ideologia vigente.
Um anel para todos governar, um anel para encontrá-los, um anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los.
(O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien )
Um celular para todos governar, um celular para encontrá-los, um celular para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los.
(O Senhor dos Celulares - J.B.S Neto)
Numa mesma situação podemos presenciar uma pessoa centralizadora resolvendo tudo para depois se vangloriar e jogar na cara.
E outra se aproveitando para eximir -se de tudo e assim transferir a responsabilidade para a pessoa centralizadora.
A vida é assim, um jogo de interesses aonde ninguém é 100% santo.
O capitalismo é a materialização dos setes pecados capitais.
O capitalismo é a materialização da natureza humana, interesseira, egoísta, individualista, ambiciosa...
O capitalismo se alimenta da natureza humana, seu fim será nosso fim.
Genial e diabólico, o capitalismo transforma tudo ao seu redor a seu favor.
Existe um discurso implícito em algumas produções televisivas que visa acirrar e polarizar discursões importantes como racismo, machismo e homofobia.
Ao invés, de estimular um debate amplo e verdadeiro unindo forças na busca de soluções, procuram dividir colocando escravos contra escravos.
Enquanto estamos conectados nas redes sociais, jogando free fire, assistindo novelas, seriados, futebol...
Esquecemos o mundo ao nosso redor.
Mas, basta um dos envolvidos na relação ficar "off line" (smartphone descarregou) que a paz acaba.
A gente não fica mais junto...
Você só fica no Whatsapp...
Precisamos fazer um programa a dois...
Assim, somos nós!
Da varanda, vejo um povo com sabedoria celebrar mais um dia.
Da varanda, vejo um povo enfrentar sua sina confiando na providência divina.
Da varanda, vejo um povo com amor suportar toda dor.
Da varanda, vejo um povo com humildade aguentar toda a desigualdade.
Da varanda, vejo um povo com respeito buscar seus direitos.
Da varanda, vejo um povo não deixar a dureza do cotidiano consumir seus anos.
Da varanda , vejo um povo buscando melhoria mesmo de barriga vazia.
Da varanda, vejo um povo sem grana, morando numa cabana, cheia de crianças sem perder a esperança.
Uma coisa é a repetição da lógica opressora da segregação e a criação de guetos que não respeitam a diversidade.
Outra coisa é o radicalismo, por muitas vezes, necessários na luta por espaços e direitos iguais para população negra em nosso país, marcado por um racismo individual, institucional e estrutural.
O feminismo de conveniência, os excessos do politicamente correto, a patrulha ideológica, a vitimização, o coitadismo ...
São argumentos amplamente utilizados de forma tendenciosa pela extrema direita como instrumento de negação do processo histórico brasileiro profundamente excludente em termos políticos, econômicos e sociais.
Precisamos ficar atentos com essas falácias cada vez mais
Dificilmente encontraremos em Salvador um condomínio sem uma favela ao redor.
Será que todos que moram nessas comunidades são vagabundos e preguiçosos?
Será que todos estão pousando de coitadinhos e de vítimas?
Basta olhar o processo histórico brasileiro para compreender que não se trata disso, mas sim da forma extremamente perversa que nossa elite há tempos vem funcionalizando o atraso no Brasil e lucrando com isso.
Passamos a vida inteira cobrando e sendo cobrado para ser perfeito, ser 100% em tudo que fazemos.
E quando envelhecemos, quando ficamos doentes ou quando perdemos a utilidade o sistema acha uma forma de se livrar da gente.
Por isso, precisamos estar preparados para uma invisibilidade tão comum na sociedade capitalista.
Presenciar "pobres" felizes vivendo o hoje intensamente, com Tv led, carros, Iphone, viajando de avião, tomando cerveja , assistindo futebol, novela , jogando dominó...
Tem incomodado muita gente da classe média que culpam os programas assistencialistas implantados pelos governantes.
Entendem que trabalham muito, pagam altos impostos para bancar escola pública, hospital público, bolsas famílias, programas sociais diversos...
Acham estão sustentando vagabundos e preguiçosos.
Um grande equívoco!
Afinal, pessoas preguiçosas e vagabundas podemos encontrar em qualquer classe.
Em geral, a classe média brasileira se preocupa muito com a população pobre, ao invés de cobrar dos ricos, dos banqueiros, dos industriários, das construtoras...
É com essa turma que deve-se brigar, não com o povo.
Lutar para taxação das grandes fortunas visando reduzir a enorme desigualdade social brasileira.
Vivemos numa "era de excessos"
Excesso de narcisismo
Excesso de informações
Excesso de exibicionismo
Excesso de vaidade
Excesso de ostentação;
Excesso de consumismo
Excesso de individualismo
Excesso de materialismo
Excesso de liberdade
Excesso de violência
Excessos de excessos
Dificilmente encontraremos nas grandes cidades condomínios sem que haja uma "favela" ao redor.
Será que todos que moram nessas comunidades são vagabundos e preguiçosos?
Será que todos estão pousando de coitadinhos e de vítimas?
Basta olhar o processo histórico brasileiro para compreender que trata-se de um projeto extremamente perverso implantado pela elite nacional que há tempos vem funcionalizando o atraso em nosso país
Por falta de opção, há muito tempo o povo brasileiro aceitou conviver com a política do "pão e circo.
A dificuldade em passar pelas portas da inclusão social, tão tortuosas e estreitas, faz com que muitos escolham viver o "hoje".
Entregando seu futuro nas mãos de Deus, no destino, na Mega-Sena, na loteria, no sonho de um dia ser famoso, jogador, cantor, ator....
Mudar da periferia para burguesia nem sempre é visto com bons olhos.
Parece que a busca por melhoria de vida não pode acontecer fora das comunidades, sob pena de ser considerado um "metido a besta" que abandonou suas raízes, ou seja, não presta mais, deixou de ser uma pessoa de bem.
A vida como ela é.. As ambivalências, as contradições, as imperfeições humanas sempre me fascinaram.
São Impressões, recortes do cotidiano que trago sem preocupações com a lógica maniqueísta do bem e do mal ou do certo ou errado.
Uma obra paradoxal que atravessa os meandros da alma humana falivel e incompleta, sem esquecer os sentimentos nobres que também habita em cada um de nós.
Ciente, que errei mais do que acertei continuarei fazendo minha parte em qualquer parte até o instante final.
É isso!
Acredito que o sucesso dos programas de
Reality shows deve-se principalmente ao advento da internet, avanço das tecnologias digitais, Smartphones e redes socias... nas últimas décadas.
Com certeza é muito mais barato vender fofocas, mexericos, intimidades, privacidades, futilidades... do que produzir filmes, musicais, peças teatrais...arte em geral.
É isso!
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