Cronica o Homem Perfeito

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Quando alguém vive falando de você, significa que de alguma forma você incomoda ela, e na maioria das vezes é por que inveja você; Seja pelo o que você possui por esforço seu ou que você recebe sem pedir. De qualquer forma, inveja por que nunca terá na mesma proporção e intensidade que você tem ou recebe!

O MELHOR DOS MEUS DRAMAS

Nunca fui de fazer dramas para afetar os outros com lágrimas dissimuladas e discursos de intensidade barata, mas sempre fui dramática. Você sabe. Não é que eu aumente fatos e sentimentos, é apenas aquela coisa de que eles já brotam acrescidos e alargados em mim. Tudo o que passa por esse meu peito tem o costume de ficar profundo, singular e agigantado. Até nas pessoas que nem se preocuparam em trazer originalidade, falando e agindo como com tantas outras, eu enxerguei o que de incomum e maior poderia abstrair. Entretanto, é a primeira vez em que me deparo com tão algo imenso, tão incalculável e real. É clarividente a lisura e autenticidade do oceano que vivo agora, é transparente que desta vez não é grande só partindo de mim, e que o meu âmago não ampliou nada, ele apenas está fazendo o exato reflexo do que já existe por si só como gigante: Doa a quem doer, olhe quem olhar. É dos dois lados e não somente interna, a nossa enormidade. Por isto mesmo, por já sermos o drama, a intensidade, o mar inteiro, é que resolvi me ater à realidade para falar de nós.

A verdade é que não preciso que você venha para que eu sobreviva. Preciso é tomar na hora certa aquele remédio horrível que o médico me indicou na semana passada. Preciso comprar papel higiênico e consertar o meu micro-ondas quebrado a quase um mês, porque é necessário que eu esteja limpa e alimentada para não cair dura no chão por doenças ou anorexia não intencional (isso existe?). Preciso fazer atividades físicas, porque a minha respiração está péssima e aquela dor que senti noite passada pode ser consequência da minha preguiça e sedentarismo. Preciso de muita coisa, mas não de você. Não para existir, não para que meus órgãos funcionem e para que meu coração continue pulsando o sangue que necessito.

Contudo, não sei como seria a etapa de aguentar a dor de perder as suas manias e cuidados. Não quero nem pensar. Porque justamente por não precisar, é que surge a questão do querer, e eu quero. Não porque vou morrer se não tiver, porém, porque só estarei agora vivendo bem e realizada, ao ter. É que não almejo só sobreviver, só existir, só perambular pela vida com o básico necessário. Quero viver, ser e acrescer. Foi um dos desejos que você despertou em mim com tudo o que veio a lecionar. Quero então, a evolução tão descrita pelos velhos de alma. E para isto, eu preciso de você. Careço dos nossos planos para que a minha esperança seja revitalizada nos dias difíceis e do seu colo acompanhado de palavras que me ajudam a acreditar um pouco mais em mim quando tudo parece perdido. Quero a garra que ganho também quando vejo a força que temos e que sou capaz de possuir por nós. Preciso dos seus afagos que me mostram que não devemos só tomar um remédio para que a saúde esteja normalizada, mas sim, para estarmos vivos e dispostos para cuidar também de quem amamos. Preciso dos nossos risos e da sua massagem agressiva que me faz lembrar que as dores também podem ser engraçadas, se olharmos de um ponto de vista mais bem humorado, ou um tempo depois. Preciso das suas teses, brincadeiras, de você por quem é, sendo e estando presente para que haja mais do que apenas o ar e as obrigações no meu mundo, para me tirar do universo prescrito, mostrando que a vida vai além da sobrevivência, que se trata de viver, e que viver sozinho não faz tanto sentido assim.

Dizem que a tristeza é o que mais aflora o nosso lado artístico, porque nos fechamos em nós para digerir as mágoas, assim, refletindo até expelir em imagens caladas. E quando alegres, queremos viver, tanto que não "podemos" parar para compartilhar aquilo, só que você, que me faz tão bem, me dá vontade de correr para a vida e de desmembrar em palavras, de tentar os dois. E mesmo que seja bem mais fácil não falar nada, porque quem sente faz mais do que cita e o cotidiano vai levando algumas das juras e das lindas palavras, e transformando tudo em apenas pequenos (e tão grandes) atos, ainda assim, eu falo. O amor continua a ser aquele que usa a voz e comete, não esquecendo nem de um e nem do outro. E esta é mais uma das coisas que você tem efetivado e consolidado no meu novo estar. Por isso eu afirmo sempre para mim mesma, todos os dias, o quanto é surpreendente a forma com que você chegou de mansinho e provou que as minhas teorias sobre o amor podem ser concretas mesmo sem um cavalo branco e as palavras do Nicholas Sparks citadas dia após dia. Que é na rotina, nas durezas da vida e na intimidade construída que a ligação realmente está presente, fazendo o seu papel. Que não tem isso de enjoar, que no amor de verdade a gente luta, segura no que prende a estrutura, mas não joga fora tão fácil assim. Você quebrou as minhas asas só para reconstruí-las, e me mostrou que a realidade pode ser linda também, mesmo que com suas guerrilhas bobas.

Eu podia estar remoendo minha carga de dores passadas. Aliais, não posso dizer que sou dessas pessoas que conseguem simplesmente abandonar as mágoas. Tenho o terrível costume de reler a minha vida inteira e debater como aquelas feridas chegaram onde puderam. Então eu podia sim, continuar dessa maneira, vivendo com um pé lá atrás e metade do outro aqui, no entanto, você me dá vontade de olhar para frente e estar no agora, de observar a sua paciência e entender que generalizar não adianta quando se trata de construir algo sólido. Que cada pedacinho de cada ser é diferente e deixa uma saudade inigualável.

É que é de dar agonia tanto amor! Você me emociona. Faz com que eu pergunte e responda, com que eu amadureça meu autoconhecimento e meu repertório, não como naquele amor que eu descrevi a uns meses atrás, e sim como naquele que eu nem sabia que existia, como aquele que me ensina como é. Porque você é a verdade mais bonita que conheci. Só peço é que nunca desacredite, que não abandone aquele nosso acordo de sempre falarmos um com o outro antes de ouvirmos os burburinhos. Só peço que tente entender a quantidade infinita desse calor que você plantou aqui, que faz com que o meu receio de acordar descabelada na frente de alguém e de escancarar os meus defeitos mais chocantes sejam uma bobagem, quando ao seu lado.

Então venha. Fique. Nunca foi tão bom lutar contra dragões e inverdades como está sendo agora. Traga as suas cicatrizes, isso não é problema, eu sou cheia delas também. Continue mostrando tudo, cada pedaço, porque eu quero descobrir novos com a sua existência. Vamos nos curando e deixando as bagagens pesadas no armário dos fundos. Não vamos jogá-las fora, porque é preciso abrir essas malas vez ou outra, porém já não quero futucar, reorganizar, renascer os mortos... Por isso venha, esteja. Leve-me. É por ser grande demais que aceito este amor como é: de verdade. Nem sempre tão lindo, nem sempre como queremos. Mas sem máscaras, e com uma intensidade tão absurda que para explicar até o meu drama vira indiferente. E para quem não acreditar, dane-se. É tudo grandão assim mesmo! Podem jogar as pedras no castelo, estamos aqui preparados, porque ele não é de areia e nem feito só do que o meu coração quis achar. Ele é tão de verdade, que cada tijolo que o mundo tasca pela janela, vira só mais um para segurar a base.

⁠Lembranças.


Aquele rostinho lindo que só ela tem.
Um sorrisinho lindo e um olhar perfeito, que só ela tem!
Não teria como não amar, mas por conta de atitudes sempre tem um porém.

Não consigo tirá-la da cabeça, não à nada que faça com que eu me esqueça!

Bom, o que resta é seguir em frente, sair dessa horrível zona, ter um só foco em mente!

Sei que pode...que pode ser difícil, um caminho sem volta, que antes era um vício.

Ela já deve amar outro, eu com minha pequena sabedoria amo outra...outra boa lembrança que tenho dela comigo.

O crime perfeito

Em Londres, é assim: os aquecedores devolvem calor a troco das moedas que recebem. Em pleno inverno alguns exilados latino-americanos britavam de frio, sem nenhuma moeda para fazer funcionar a calefação de seu quarto.
Estavam com os olhos grudados no aquecedor, sem piscar. Pareciam devotos perante o totem, em atitude de adoração; mas eram uns pobres náufragos meditando sobre a maneira de acabar com o Império Britânico. Se pusessem moedas de lata ou papelão, o aquecedor funcionaria, mas o arrecadador encontraria as provas da infâmia.
O que fazer? Se perguntavam os exilados. O frio os fazia tremer como se estivessem com malária. E nisso, um deles lançou um grito selvagem, que sacudiu os alicerces da civilização ocidental. E assim nasceu a moeda de gelo, inventada por um pobre homem gelado.
Imediatamente, puseram mãos a obra. Fizeram moldes de cera, que reproduziam perfeitamente as moedas britânicas; depois encheram os moldes de água e os meteram no congelador.
As moedas de gelo não deixavam pistas, porque o calor as evaporava.
E assim aquele apartamento de Londres converteu-se numa praia do mar Caribe.

p. 181

E também nós tínhamos encontrado alegria naquela casa de repente amaldiçoada pelos ventos ruins, e a alegria tinha sabido ser mais poderosa que a dúvida e melhor que a memória, e por isso mesmo aquela casa entristecida, aquela casa barata e feia, num bairro barato e feio, era sagrada.

(A casa, p. 194)

E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(O exorcismo, p. 196)

Os sonhos do fim do exílio/3

As lentes dos óculos tinham se quebrado, e as chaves tinham se perdido. Ela buscava as chaves pela cidade inteira, às cegas, de joelhos, e quando finalmente as encontrava, as chaves diziam que não serviriam para abrir suas portas.

p. 200

NINGUÉM MAIS NAMORA AS DEUSAS

MULHERES

Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo.
Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?
As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver".
Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?
Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados...
As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.
Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador".
O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão.
Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.
Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou.
Ou, então, reprodutores como o Zafir, para o Robô-Xuxa.
A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres.
Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.
Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador".
Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.
Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e "disponíveis"...
Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu).
Mas ainda existem mulheres de verdade.
Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".
Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.
Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!!
Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!
Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo:
-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!."
-"Ah "meu"..o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica". E a música???
Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho"???...
Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!!
Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!
Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:
Façam-os sumirem da sua vida!

Desconhecido

Nota: A autoria tem vindo a ser atribuída erroneamente a Arnaldo Jabor, e que foi desmentida pelo próprio no artigo "Blogs, twitter, Orkut e outros buracos", publicado no site "O Tempo", em 03/11/2009. O texto aparece com o título "Ninguém ousa namorar as deusas do sexo" na Folha de S. Paulo, em 21 de Setembro de 1999.

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Caligrafia

Queria escrever uma carta anônima
Falando do quanto eu te amo
Mas não seria uma boa ideia
E tudo iria pelo cano

Quem dera ter a tua letra
Toda estranha, cheia de garranchos
Mas mesmo assim, eu não me importo
É por você que eu me desmancho

Minha caligrafia é toda caprichada
E muito bem elaborada
Uma simples carta
De uma pessoa apaixonada

Mas tudo bem, não tem problema
Eu te amo de qualquer jeito
Amo cada pedaço seu
Suas qualidades e defeitos

Minha letra pode até ser linda
Como uma obra de arte
Mas tudo que eu quero
É da sua vida fazer parte.

Maysa ensina sua filosofia de vida em doze passos:

1º. — "Todos os dias, quando acordo, só penso em fazer aquilo que tenho vontade, somente isso".

2º. — "Não gosto de ouvir ninguém tentando corrigir-me de qualquer falha... Somos todos uns "falhados"... E, afinal, estamos no mundo para pagar nossos pecados."

3º. — "Quando me sinto aflita apelo para o meu "Anjo da Guarda", e só "vou" a Deus em última instância. Sei que as minhas aflições são causadas por mim mesma"...

4º. — "Não me meto com a vida de ninguém para que ninguém se meta com a minha. Embora se metam. Mesmo assim, o que me interessa é o meu juízo".

5º. — "Tenho exata noção dos dias presentes. Do amor, da alegria, e (para que negar?) do sofrimento".

6º. — "Sei que a mocidade é um sopro da vida que só pode ser julgado quando caminhamos para a velhice".

7º. — "Se querem vem meus cabelos um toque de minha personalidade, até isso admito. Uso-os com a mesma espontaneidade com que guio a minha vida".

8º. — "Se minhas músicas representam o estado da minha alma, até isso é verdade. Vivo-as todas as vezes que as interpreto. Se sou excessivamente romântica, não vejo desdouro nenhum nessa afirmativa. A vida sem amor é uma queda no vácuo".

9º. — "Aqueles que dizem que não penso no futuro, revelam apenas um dom frustrado de profeta. Faço o que quero, quando quero
e porque quero!"

10º. — "Faço minhas as palavras de Vinicius de Morais: — "o poeta só grande se sofrer".

11º. — "Os fãs, na ânsia de confortar seus favoritos, mais aumentam os sofrimentos, já que deles jamais poderão participar.

12º. — "Sou assim: minha vocação explicou dentro de mim como um vulcão. Por isso me considero inconseqüente, incoerente,leviana, matusquela. Falam como se tudo isso pudesse mesmo de longe atingir os meus sofrimentos. Um dia, e na esperança desse dia, muitos dirão que "afinal de contas não sou má pessoa...."

Maysa Quando fala o Coração

Nota: Frases da minissérie "Maysa, Quando Fala o Coração"

- A senhora, duquesa, seria capaz de lembrar de algum grande erro que tivesse cometido em terna idade?

- De muitos, receio.

- Então, cometa-os de novo. Para se recuperar a juventude, basta repetir as mesmas loucuras.

- Uma teoria deliciosa. Tentarei colocar em prática.

(...)

- É verdade. - disse Sir Thomas - este é um dos grandes segredos da vida. Hoje em dia, a maioria das pessoas morrem de uma especie de concenso servil, e, quando já é tarde demais, descobrem que as únicas coisas que não nos arrependemos são nossos erros.

Crônica de um Suicídio
Foi encontrado no bolso de um cadáver, a seguinte carta:

"Exmo. Senhor Delegado do Ministério Público: Suicidei-me!
Não culpe a ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida, porque um dia a mais que vivesse, acabaria por morrer louco!
Eu explico-lhe, Senhor Doutor: Tive a desdita de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse disso, jamais teria me casado. Meu pai, para a maior desgraça, era viúvo, e quis a fatalidade que ele se enamorasse e casasse com a filha da minha mulher.
Resultou daí, que minha mulher, se tornou sogra do meu pai. A minha enteada passou a ser minha mãe e o meu pai, ao mesmo tempo, meu genro.
Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém, neto da minha mulher, e eu me tornei avô do meu irmão. Com o passar do tempo, a minha mulher também pôs também no mundo, um menino, que como irmão da minha mãe era cunhado do meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher, a ser nora da própria filha.
Eu, Senhor Delegado, fiquei sendo pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher ficou sendo minha avó, já que é mãe da minha mãe, e assim, acabei sendo avô de mim mesmo.
Portanto, antes que tudo se complicasse mais, resolvi acabar com isso de uma vez!"

"No começo do Gênese está escrito que Deus criou o homem para reinar sobre os pássaros, os peixes e os animais. é claro, o Gênese foi escrito por um homem, e não por um cavalo. Nada nos garante que Deus desejasse realmente que o homem reinasse sobre as outras criaturas. é mais provável que o homem tenha inventado Deus para santificar o poder que usurpou da vaca e do cavalo."

O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do porque quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso.

"Só pelo fato de pertencer a uma multidão, o homem desce vários graus na escala da civilização. Isolado seria talvez um indivíduo culto; em multidão é um ser instintivo, por consequência, um bárbaro. Possui a espontaneidade, a violência, a ferocidade e também o entusiasmo e o heroísmo dos seres primitivos e a eles se assemelha ainda pela facilidade com que se deixa impressionar pelas palavras e pelas imagens e se deixa arrastar a atos contrários aos seus interesses mais elementares (...) Para o indivíduo em multidão a noção de impossibilidade desaparece. perdida a sua personalidade consciente, obedece a todas as sugestões de um operador. "

O mesmo homem que provoca risos e empatia é o mesmo homem totalmente indiferente a uma outra pessoa. Se não reflete a respeito, é que se sente melhor do que a esposa e foi consumida pela armadilha de disputar espaço com ela, em vez de garantir sua própria liberdade. Nada mais machista do que duas mulheres brigando em segredo por um homem, enquanto ele assiste ao espetáculo bisonho por pura vaidade. É o que acontece, a ponto de se desculpar: azar é o dela, sorte a minha. Azar das duas.

O cristianismo nos afirma que há um homem invisível, que vive no céu e vigia tudo o que fazemos, o tempo todo. O homem invisível tem uma lista de 10 coisas que ele não quer que a gente faça. Se você fizer qualquer uma dessas coisas, o homem invisível tem um lugar especial, cheio de fogo, fumaça, sofrimento, tortura e angústia onde ele vai lhe mandar viver, queimando, sofrendo, sufocando, gritando e chorando para todo o sempre. Mas ele ama você!

George Carlin

Nota: Trecho adaptado de um texto do autor.

Muito bem. Agora sou um homem sem comida, com dois dedos a menos na mão e um a menos no pé do que tinha quando nasci; sou um pistoleiro com balas que não podem disparar; estou passando mal por causa da mordida de um monstro e não tenho medicamentos; tenho água para um dia com sorte; posso conseguir andar talvez uns vinte quilômetros se puser em ação minhas últimas forças. Sou, em suma, um homem à beira de qualquer coisa.

Por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da Vida Superior. Daí, as fontes de alegria que se lhes rebentam do ser com as tarefas da procriação. Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do Mundo Maior, de vez que todos nós integramos grupos afins. Na arena terrestre, é justo que determinada criatura se faça assistida por outras que lhe respiram a mesma faixa de interesse afetivo. De modo idêntico, é natural que as inteligências domiciliadas nas Esferas Superiores se consagrem a resguardar e guiar aqueles companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento.

Nenhum homem é uma ilha, inteira em sua totalidade. Cada um é um pedaço de um continente, uma parte principal. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa é que sente a perda, assim como se perdesse um promontório. Assim como se perdesse uma pequena parte de si própria ou de um amigo seu. A morte de cada homem me afeta, pois na humanidade me encontro envolvido. Portanto, não indague saber por quem o sino dobra, ele dobra por ti.

Lembrei-me de ti, quando beijara teu rosto de homem, devagar, devagar beijara, e quando chegara o momento de beijar teus olhos – lembrei-me de que então eu havia sentido o sal na minha boca, e que o sal de lágrimas nos teus olhos era o meu amor por ti. Mas, o que mais me havia ligado em susto de amor, fora, no fundo do fundo do sal, tua substância insossa e inocente e infantil: ao meu beijo tua vida mais profundamente insípida me era dada, e beijar teu rosto era insosso e ocupado trabalho paciente de amor, era mulher tecendo um homem, assim como me havias tecido, neutro artesanato de vida.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Precisamos lutar para alargar constantemente os limites do Humano. Jesus era o "Filho-do-Homem" o que valoriza toda conquista da Humanidade... Devemos lutar contra toda discriminação... Aceitar todas as raças e modalidades de Gêneros... Todos somos HUMANOS... É o que nos cabe fazer. Muito do ATEÍSMO vem de as Religiões servirem aos interesses dos Poderosos, com conformismos e doutrinações baratas, acríticas e, o pior, extremamente desamorosas... Há uma figura horrenda, digna de toda nossa indignação que é a do "Religioso (e seus seguidores)... Abusado... Sem Limites... Espalhando Maldade e Perseguição... Deus é muito Grandioso e Múltiplo pra consentirmos nisso sem luta... O AMOR é interesse Maior Amplia a Alma, é justo e não causa FERIDAS! Nunca deixar que nos roubem o Direito Sagrado de ter Alma(s)! Doutrinações extremas cortam parte de corpo e alma que só pertencem a nós e a Deus! Isso justifica o Pensamento que se segue... O HOMEM É A RAIZ DO HOMEM!

O olhar de um homem acostumado a tirar de seus capitais um juro enorme adquire necessariamente, como o do libertino, o do jogador ou o do cortesão, certos hábitos indefiníveis, movimentos furtivos, ávidos, misteriosos, que não escapam aos correligionários. Essa linguagem constitui de certo modo a maçonaria das paixões.

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