Costumes e Cultura
O romantismo não é sinal de instintos poderosos, mas, ao contrário, de um intelecto fraco e autodestrutivo. Eles são todos infantis, esses românticos; homens que permanecem filhos por muito tempo (ou para sempre), sem força para se criticarem, mas com inibições perpétuas que surgem da obscura consciência de sua própria fraqueza pessoal; que são impelidos pela ideia mórbida de reformar a sociedade, que para eles é muito masculina, muito saudável, muito sóbria.
Por fim, no amanhecer cinzento da Civilização, o fogo na Alma se extingue. Os poderes decrescentes elevam-se a mais um esforço de criação meio bem-sucedido e produzem o Classicismo que é comum a todas as Culturas moribundas. A alma pensa mais uma vez e, no Romantismo, olha para trás com pena, para sua infância; então, finalmente, cansado, relutante, frio, ele perde o desejo de ser e, como na Roma Imperial, deseja sair da longa luz do dia e voltar para a escuridão do protomisticismo no ventre da mãe no túmulo.
Nascemos nesta época e devemos seguir bravamente o caminho para o fim previsto. Não há outro caminho. Nosso dever é manter a posição perdida, sem esperança, sem resgate, como aquele soldado romano cujos ossos foram encontrados em frente a uma porta em Pompéia, que, durante a erupção do Vesúvio, morreu em seu posto porque se esqueceram de socorrer ele. Isso é grandeza. Isso é o que significa ser um puro-sangue. O fim honroso é a única coisa que não pode ser tirada de um homem.
Não escolhemos este momento. Não podemos evitar se nascemos como homens do início do inverno de plena Civilização, em vez de no ápice de ouro de uma cultura madura, em uma época de Fídias ou Mozart. Tudo depende de vermos nossa própria posição, nosso destino, com clareza, de percebermos que, embora possamos mentir para nós mesmos sobre isso, não podemos escapar. Aquele que não reconhece isso em seu coração, deixa de ser contado entre os homens de sua geração e permanece ou um simplório, um charlatão ou um pedante.
O homem faz história; a mulher é história. A reprodução da espécie é feminina: ocorre de forma constante e silenciosa por todas as espécies, animais ou humanas, por todas as culturas de vida curta. É primário, imutável, eterno, maternal, semelhante a uma planta e sem cultura. Se olharmos para trás, descobriremos que é sinônimo da própria vida.
Este é o nosso propósito: tornar tão significativa quanto possível esta vida que nos foi concedida... viver de maneira que possamos ter orgulho de nós mesmos, agir de tal maneira que alguma parte de nós viva.
No lugar de um mundo, há uma cidade, um ponto, em que toda a vida de vastas regiões se acumula enquanto o resto seca. No lugar de um povo verdadeiro, nascido e crescido no solo, há um novo tipo de nômade, coando instavelmente em massas fluidas, o habitante da cidade parasita, sem tradição, totalmente realista, sem religião, esperto, infrutífero, profundamente desdenhoso do camponês e especialmente daquela forma mais elevada de camponês, o cavalheiro do campo.
O último homem da cidade-mundo não quer mais viver - ele pode se agarrar à vida como um indivíduo, mas como um tipo, como um agregado, não, pois é uma característica desta existência coletiva que elimina o terror de morte.
Atualmente, devido ao hábito do século XIX de superestimar o fator econômico, caracterizamos o conflito pelos termos superficiais socialismo e capitalismo. O que realmente está acontecendo por trás dessa fachada verbal é a última grande luta da alma faustiana.
Você tem fome de quê?
Essa fome de viver
Um vazio existencial
Fome de algo mais
Querer mais que o substancial
Ter alcance da cultura
Ter oportunidades na vida
Para encontrar a cura
Dessa fome infinita
Dessa sede que desidrata
Que nos deixa fracos
E que nos maltrata
Enquanto uns querem apenas
Água e comida,
Outros querem dinheiro
Para comprar um livro
Tem sede de justiça
Tem fome de cultura
Desejo e necessidade
De se viver a vida!
E você tem fome de quê?
Para alcançar uma sociedade justa, precisamos raciocinar juntos sobre o significado da vida boa e criar uma cultura pública que aceite as divergências que inevitavelmente ocorrerão.
Deusas
No silêncio noturno, pestanejando,
Audível tão somente o ruído da ampulheta,
Memórias da temporalidade,
Tessituras da areia e do vento,
Conflitos prementes da razão,
Uma tempestade de partículas,
Juntas, formando consciência...
Irresignado com o legado cultural,
Entrevi, dentro do Panteão mitológico,
Vênus, a Deusa do feminino.
Ela, envolta de requinte arguto e versado,
Pôs-se a recitar...
“Existe uma verdade cientifica, filosófica,
A mentira, quando repetida
gera crenças profundas, conforta.
A verdade, por sua vez, inquieta...”
Eu, com o cálice na mão,
Condiciono-me, compenetrado,
Ela, com magistral beleza, prossegue:
“Afloramos arguidas,
Distintas biologicamente,
Provemos a vida,
Únicos contrastes.
No corpo social,
Estipêndios menores,
Sem enaltecer o intelecto,
O inventivo, a inovação.
Quanto mais à “alta roda”,
Menos varoas encontramos.
Queres tua prole assim, fadada a essa herança?
Ensina-lhe o caminho da revolução!
Equidade, Respeito,
Sem possessividade...”
Desperto, observo a ampulheta,
A transitoriedade dos grânulos,
As âmbulas intermeadas
Com a consciência formada...
Há tempo, quero te recrutar,
Ativista da causa,
Não me Kahlo!
Paulo José Brachtvogel
Transformando
Por onde andei
Era chão atapetado
Não havia ruído
Mas o corroído da alma
Era mais barulhento
Por onde andei
Palavras sussurradas
Pois não há suturas
Para emendar
Sonhos impossíveis
Por onde andei
Vaguei
Fui tateando
E o impossível
Se despiu
Por onde andei
A poesia tingiu
E fugiu
Por onde andei
Fui sobrevivente
De minhas escolhas
E da minha coragem
Por onde andei
Minha voz
Virou você
Um barco de estações escritas
Com seu nome
Que naufragou
Por onde andei
Na vida
Resisti, escapei
Me salvei
De mim mesma
Das horas
De lagarta
Nas horas de borboleta.
Livro: Pó de Anjo
Aspiração
Já não quero
O cheiro do betume,
O cinza do concreto,
A estupidez cotidiana
Selada no desespero.
Quero a fuga prá Pasárgada
Ambição dos poetas
Esquizofrênicos da dor.
Já não quero angústias,
Espaços limitados,
Ruídos encalhados,
Mulheres ritmadas.
Quero abismos iluminados,
Aromas selvagens,
Melodias,
Procissões,
Liberdade e campo.
Já não quero
Vozes tépidas
Melodramáticas,
Seios camuflados,
Pânicos programados,
Anti-mundo.
No teatro mundano,
Sonhos aéreos
Quisera querer,
Utopias valiosas vadias.
Livro: Travessia de Gente Grande
Autor: Ademir Hamú
“Para sobreviver a organização precisa ser competitiva, e isso só vai acontecer de forma continuada se seus procedimentos e práticas tiverem identidade, ao serem associados ou respeitarem seus valores e aspectos culturais, em processos internos de aprendizagem própria e customizada.”
Racismo
A humanidade precisa se libertar da escravidão de suas mentes... Dê mentes...
Só o amor liberta...
“O mundo caminha para uma nova realidade organizacional, onde o fator diferenciador das organizações de sucesso será cada vez mais a adequada capacitação de seus recursos humanos, em particular de seu corpo gerencial, e a utilização do saber organizacional em toda a sua plenitude.”
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