Coragem eu Venci Omundo
Eu sei, eu sou um cara bom. Mas já conheci homens maus e aprendi a fazer oque eles não estão dispostos a fazer.
Romantismo
Gostaria que soubesse:
O que se vive juntos não passa
Portanto, não diga que eu matei a nós.
Meu ser não consegue assassinar o que abastece o sentimento.
A minha poesia fica guardada em minha alma
Será a você passada pelos meus abraços e beijos aqui preservados.
Fico lucubrando para reter o estágio de loucura.
Toco na jovial borboleta para sentir a seda da sua pele
Inclino-me à rosa para recuperar o seu cheiro e revivenciar a sua beleza.
Só não posso dar a você o que não possuo
E o que possuo, talvez não o satisfaça.
Perdão por eu ser tão inferior.
Na minha frágil e inconstante sabedoria
Para não dizer literalmente, ignorância,
Alimento-me deste amor que sinto por você.
Não sou a súcubo como você me intitula e queima na fogueira.
Mate-me de forma mais misericordiosa.
Já que soube matar o seu amor do seu eu
Saiba então matar o seu ódio.
Preserve de nós algo de bom
Se alguma coisa boa realmente existiu para você.
Aprenda ao menos, a não cumprir o seu ritual de horror.
Colocaste-me no túmulo ainda viva.
Desculpa-me, tira-me daqui.
Deixa-me inspirar só um pouco de ar.
Não me mate assim, vivo ainda por respirar você.
Assalto ao coração
Bateram em minha porta
Eu a abri com um sorriso
E para a minha surpresa
Era um assalto.
Fiquei estarrecida
Numa mistura de êxtase e medo
Mas, durante aqueles momentos
Tentei fazer todas as leituras possíveis.
Mas, quando a porta se fechou
Notei que o meu estômago não mais aceitava a comida
Os meus pulmões já não queriam respirar
O meu coração sangrava.
As minhas pernas paralisavam
Os meus dedos começaram a esfriar.
Mas, na fuga do sentimento a razão sobressaiu
Pensei então…
Cometi um grande erro
Abri a porta desprevenida
Deixei entrar com um sorriso
Quem me era desconhecido.
Amor reverso
Num belo dia eu ouvi falar
Fizeram-te uma imprecação de males
Como prenúncio de morte.
Praga de gente sórdida.
Que nocividade é essa?
Uma árvore nascer dentro de mim?
Para que eu exploda?
Não entendi a malícia.
Fiquei torpe.
Predestinei à aversão.
E o infortúnio aconteceu.
A árvore nasceu, cresceu e criou raízes.
Dissipou dentro de mim.
Gerou frutos maravilhosos
As raízes entranharam-se no coração
Era a praga do amor reverso
De um amante em solidão.
Eu e a mariposa
Estou hoje de frente ao oceano cinzento,
Lindo
Dentro deste apartamento com o físico esquálido
Observei novamente a mariposa que na parede da sala
Estava há mais de semanas pousada
Imaginei que ela, como eu
Estava meio morta
Ao remexê-la
Ela se apossou de outro sítio.
A expressão da mariposa e a minha
Deveria ser retratada em um filme.
Bem-te-vi
Bem-te-vi, bem-te-vi...
Bem me viu e eu não te vejo?
Não quero este bem, não o desejo,
Que me vês e eu não o vejo.
Abra as tuas asas
Pouse na minha arcada
Saia do anonimato.
Não sou assim tão tolerante
Para que fiques de longe
Fustigado a minha alma.
Se assim continuares
Vou armar o meu arco
E a esmo, disparo,
Levando na ponta da flecha de aço
O que será o seu último abraço.
Vergonha
Tenho vergonha de ter acreditado em quem eu não podia
Tenho vergonha de ter reverenciado perante mentes frouxas
Tenho vergonha de me ter deixado iludir
Tenho vergonha de não ter compreendido no momento
Tenho vergonha de ter amado o ser fracassado
Tenho vergonha de ter fraquejado perante o simplório
Tenho vergonha de ter sido cúmplice de algumas pessoas
Tenho vergonha de ter sido substituída pelo vulgar
Tenho vergonha da minha falta de esperteza
Tenho vergonha de não saber decifrar no tempo certo
Tenho vergonha dos meus momentos de ignorância
Tenho vergonha de ter dito verdades a quem não merecia
Tenho vergonha de ter tentado fazer crescer quem não queria
Tenho vergonha de ter tirado o prazer de pessoas fora do meu alto nível
Tenho vergonha de ter feito sofrer por isso
Tenho vergonha de ter investido mal os meus sentimentos.
Egoísmo
Queria você sempre aqui
Do jeito que fosse eu queria
Que você continuasse aqui.
Quanta teimosia a minha!
Não compreender a sua dor
A sua agonia,
Só queria que você continuasse aqui
Para que eu tivesse a sua companhia,
Para que eu pudesse compartilhar as minhas palavras
Mesmo que você não compreendesse mais, o que eu dizia.
Eu queria que você ficasse aqui
Só por mim, nem era por você.
Só você sabia o que sentia
E com toda a sua sabedoria
Desafogou a sua dor
Silenciou.
Deixou-me e nem explicou.
E eu egoísta que sou
Ainda choro e grito a te procurar.
Imagino você aí no paraíso
O que deve estar a pensar?
Deve ser sobre a minha insensatez
A minha pouca compreensão
Sobre tudo que você me passou,
Que a vida é assim
Um holocausto dentro do uno.
E eu egoísta que sou
Paralisei na angustia
De não compreender que o lugar onde está
É o mais aprazível
E iremos nos encontrar.
Falsa Filosofia
Eu sou quem deseja compreender
Essa sua doutrina de bem viver
Que andas a defender
Da literatura ficcional árabe e europeia
Da Idade Média,
Através dos sete mares,
- Que se vive sem ordenado -.
E se manifesta com veemência
Exteriorizando os sentimentos e pensamentos
Com ardor e entusiasmo,
- O que alimenta a vida é viver do amor -.
Estou a dar o devido apreço
A essa ideia triunfal.
Mas, como posso acreditar nisso, nessa sua espiritualidade?
Nessa vã filosofia?
E o vinho, o pão de onde virão?
Pois acordo todos os dias,
Vejo com transparência
Famílias inteiras em penúrias
Na míngua de víveres.
Ah! Não sei se caio nessa cilada
De um dia possuir
A pedra filosofal.
Estética
Estás linda, estás magra e eu gorda!
Estás linda, estás gorda e eu macérrima!
Então, quem é a mais linda, a mais atraente?
A gorda infeliz por não ser magra?
A magra com o mesmo presságio da gorda?
O hipopótamo fêmea é feia por ser gorda?
A libélula é horrenda por sua magreza?
Não, ambas são lindas.
Elas possuem o próprio palco para desfilar,
Não vivem da ovação iniludível,
Possuem originalidade.
Saída da vitrine
Não pense que eu vou dizer um sim
Só para te agradar.
Não pense que o meu não
Será para te prejudicar.
Só pretendo ser assertiva
Não estou no mundo para satisfazer.
Não sou perfeita
Para que todos me admirem.
Não tenho vaidade ao ponto
De querer ser unanimidade.
Não gosto do que não gosto
Não vou admirar o que não admiro.
Não tenho que aceitar a tua opinião
E isto não me causa constrangimento.
Meu íntimo é libertário
Igualdade para todos.
Não preciso de aceitação
Escravizando-me por opiniões.
Parece sentimento tirano
O sincero é ofensivo.
Mas, se assim eu não pensasse,
Seria uma hipócrita só para ter
A tua aprovação.
O nada
Se acha que lhe devo algum dinheiro,
envia a cobrança que eu pago.
Se me disser que lhe devo a sua vida
peço que coloque o seu preço.
Se me falar que a sua vida não tem preço e sim valor,
Sinto muitíssimo,
não haverá resgate.
Mais no menos
Como eu gostaria de pensar menos
Imaginar, sonhar e acreditar menos
Ser menos humana e mais racional
Principalmente no perdão, menos
Gostaria de ser como as pessoas me imaginam
Menos...
Mas estou aqui novamente
A pensar, imaginar, sonhar, acreditar e perdoar
Mais e mais...
Nunca vou aprender e ser menos
Continuarei a sofrer
Eternamente, mais.
Saudade
Eu resolvi te matar
Matar e deixar bem mortinha
Vinha devagarzinho te detendo
Fazendo isso quietinha
A saudade era intensa
Dolorida, imensa
Sou incapaz de mensurar
Pra matar, só pela morte lenta
Agora te matei
As lembranças são vãs
Só amanhã de enterrarei
Para além do divã
Vou primeiro te velar
Enquanto posso lastimar
Que saudade! Da saudade
que não tenho pra divagar.
Degrau a degrau
Eu nunca tive pressa,
nunca corri,
sempre andei
com os meus passos curtos e lentos,
e nessa minha constância
sempre consegui fincar a minha bandeira
no topo das mais altas
montanhas.
Sobre você
Eu queria escrever sobre você
Já me disseram que não sou boa com as palavras
Talvez seja a minha ironia que desmantela a minha escrita
Escrever sobre você é demasiado complexo
É como arrancar da cartola um coelho
zombar e criar ilusões com o nada
Com essa mágica, a mim, devem respeito
Descrever as partes físicas, as mãos pequenas
nariz pontiagudo, corpo roliço
andar da preguiça
algum encanto sempre fica
As palavras que sussurradas, saídas dos finos lábios
têm leve doçura, mesmo embaladas pela língua ferina
Os olhos não se fixam, sempre olhando de menesgueio
com certo galanteio
buscando solicitude de alguém por perto
não do meio
Em você todo o brilho do físico se perde
perante o seu interior, a civilidade, o zelo
O carisma como se doa e comunga socialmente
amparando, franqueando os necessitados
sem "cobiçar", como se estivesse em Calcutá
voluntário do bem com posses alheias
Um perfeito filho, sonho de toda mãe, homem com "H"
garanhão de pasto
Com as noras, não deixa água aos sedentos, faltar
Relutante às datas comemorativas
mas não falta pro jantar.
Transtornado
Enquanto eu penso
Outros detonam
inutilizam
Enquanto eu faço
Outros desfazem
abominam
Enquanto eu vivo
Outros sofrem
aniquilam
Enquanto eu feliz
Outros detestam
retrocedem
Enquanto eu poesia
Outros marasmo
desatinam
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