Convites para Festa de 70 anos de Idade
Até os 30 anos, com pequenas exceções, o homem é um macaco que adora fazer graça, ou seja, um arrematado idiota; dos 30 até os 55 anos o homem é um autêntico burro de carga; dos 55 até os 70 anos ele deixa de ser apenas “macho” e atinge a condição de Homem; dos 70 até os 80 o homem é cachorro, ou seja, um amigo fiel e quase sempre obediente; dos 80 em diante ele passa a ser elefante, ou seja, triste por ter que ficar longe dos seus, mas aceitando morrer de maneira digna...mesmo estando distante de todos.
Admirava os velhos porque sempre tinham o conhecimento específico sobre alguma coisa: comidas, plantas, televisão, violência doméstica, bebidas, etc. Eu sabia que, possivelmente, eu nunca chegaria a velhice, nunca seria visto da mesma forma, talvez não chegasse nem à meia idade.
Pergunte a uma criança quantos anos ela tem: Se mostrar com os dedos das mãos, trabalhará com exatas; se responder falando, trabalhará com humanas; se não souber, fará educação física.
Às vezes penso que deveria ser mais velha. Talvez para ver a vida acontecer como desde já suponho. Mas ao mesmo tempo que penso nisso, também penso em quem sou. No meu eu, no meu âmago, na minha parte intangível, e que forma o meu caráter. Não que eu desconsidere a experiência contida nos anos. Sei que ela existe! Mas quando olho para mim, não é para vigiar a aspereza em minha pele, e sim os valores que me dão peso por dentro. Sendo assim a idade não vem ao caso; desde que eu me esforce em ser um problema a menos no mundo.
Lá estava eu naquela escola, naquela tarde quente... Levei tudo que aprendi na Universidade sobre idade média. Puxa! Estava entusiasmado, pois pensei que eu haveria de problematizar o ensino de história. Muni-me de autores que desconstruíam o pensamento de que a idade média era a idade das trevas, mesmo que o livro didático também de certa forma ja redirecionava para isso; assisti filmes, e videos..., mas me surpreendi... pois, os alunos me deslocaram do eixo significativo, partindo para outas problematizações. Durante a aula percebi que a pergunta da aluna foi muito mais interessante do que meu aprendizado durante meu curso. Perguntou a aluna: Idade Média professor, provêm de medir?
Desconcertado, minha mente logo percebeu o quanto muitas vezes nos preparamos para a sala de aula, e não observamos o quanto temos a aprender com questões dos alunos.
O silencio esconde em mim algo que nem eu mesmo em 16 anos pude compreender, porem demorarei mais mil anos se for preciso tentando descobrir.
Deixem as rugas em paz
Por que tanta perseguição às pobres rugas? Deixem-nas sulcar caminhos na pele, marcar sorrisos, grifar olhares, zebrar raios de sol.
As rugas contam histórias de desbravamentos em terras nem sempre férteis, mas que foram aradas e deram as colheitas possíveis. Assim como as cicatrizes, são marcas de sobrevivência e deveriam ser motivo de orgulho, símbolos de respeito.
Negar as próprias rugas é negar um passado de alegrias e superações. Eliminá-las por processos cirúrgicos e excesso de preenchimento é soterrar o rio que chamamos de memória, o “eu” que reconhecemos no espelho e que empresta imagem ao nosso nome, ao nosso ser.
Penso que deve ser por isso que as pessoas que exageram nesses procedimentos perdem a expressão humana, ocultam a beleza da alma e ganham aspectos de museu de cera. Por onde vão correr as lágrimas sem seus velhos e conhecidos caminhos? Como o rosto vai transmitir completamente seus sentimentos se tem seus músculos paralisados?
Assim se apresenta a humanidade, enquanto uns mostram demais, outros ocultam a todo e qualquer custo. Dois lados da mesma ausência de si.
Daqui, sigo a vida já marcada e agradeço por isso. E, por sorte, coincidência ou poesia, te envio sorrisos emoldurados por vincos.
As pessoas são bonitas no início. Aos poucos - é certo - todos vão virando caricaturas. É inevitável.
É desse jeito que me sinto, eternamente criança. Por cada dia que acordo repleta de sonhos e de esperança, feita uma criança eternizada. Por cada novo amanhecer. Por cada novidade. Por cada novo acontecer. Meu coração sempre rejuvenescendo. Estou na contramão do envelhecimento. Vivendo cada dia tão intensamente. Por essa vida sempre aprendendo! Que idade eu possa agora ter? Pela hora do dia... Acabei de nascer! Sinto-me uma recém-nascida. Por cada novo dia... Chegando a essa vida!
O grande segredo da vida é a compreensão. Compreender é muito difícil. Em geral, interpomos as nossas crenças e opiniões entre nós e os outros, fechando-nos para esse novo que é receber o que nos chegue da vida sem classificar, com a alma aberta. A idade traz compreensão à custa de experiências vividas e sofridas.
Solto-me do abraço, saio às ruas. No céu, já clareando, desenha-se, finita, a lua. A lua tem duas noites de idade. Eu, uma.
(do livro em PDF: Mulheres)
Porque preconceito cansa, discrimina, separa, maltrata, mata sentimentos, mata pessoas, existe preconceito contra todo tipo de pessoas, raças, doenças, homossexualidade, bissexualidade, profissões, religiões, idade, estado civil, aparência e se esconde atrás de uma grossa parede chamada hipocrisia. Mais amor no mundo por favor!
Não envelheço
Me lapido entre os espaços
Entre mim e eu
Aguardo os cabelos brancos,
os reais
Que lugares e pessoas
gentilmente me concederam
e os planos falhos me ensinaram
Aguardo como quem tem apenas
O hoje de presente
Assim,
Agradeço a você
Que me lê
Apesar de mim.
"Que a coragem de sonhar não nos deixe com os anos.
Que os sonhos continuem a acontecer, apesar de nós."
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