Contos ou Cronicas de Mario Quintana
Na primavera apreciar a beleza da flor, no verão o frescor da água, o outono cada fruta e seu sabor. E no inverno? O calor de alguém e seu amor.
A vida tem suas fases, cada momento único de ser, todo instante tem seu milagre, importa-nos pois viver.
Nem sempre é mar de rosas, ou brisa suave a soprar, por vezes calamidades, furacões e tremores, mas precisamos ser resilientes, e cuidar bem de nossos amores.
Um início, sem fim...
O que antes era parte do meu acervo de fantasias e delírios, veio a se tornar uma viagem sem volta da minha rica maturidade no amor, uma doce experiência sem fim.
No início, o reconhecimento, a assistência mútua, a liberdade de amar sem o peso dos elementos era a nossa linguagem.
Com o tempo, a vigilância, as DRS ( discussões da relação), as questões e provocações nos deram um sabor de alienação em nossas mentes.
Conseguimos pular essa fase, a nossa história de amor foi mais forte e não nos abandonou, a nossa terapia baseada no ideal atingível de fortalecermos os nossos laços e unifica-los, se transformou num exercício diário e voluntarioso.
Uma erupção tomou conta das nossas vidas e as chamas se espalharam por todo o nosso redor e foram ganhando visibilidade para os outros, ao mesmo tempo que as larvas iam se petrificando e identificando nos nossos corações a solidez do nosso amor.
A nossa relação faz parte do contexto de uma história de um amor sem fim.
ERA UMA VEZ, UM DIA DE DOMINGO
Éramos cercados pela paz e andávamos todos os domingos na floresta como se nunca fosse chegar ao fim, era o nosso momento de paz, você me dizia que aquela era a nossa paz e sorria alegremente em mais um belo dia.
No asfalto das ruas de outros dias lutávamos para encontrar qualquer pessoa que pudesse ser semelhante à nossa paz, até encontramos um sentimento parecido com o amor, mas como todo sentimento não era nada demais e com o tempo tudo acabou e nada era como a nossa paz, eram sentimentos breves que se passavam e chegavam ao fim, não era como um amor, era apenas um sentimento bom que terminou brevemente, mas continuamos a nossa jornada.
Na floresta trocávamos toda facilidade que tínhamos apenas para um pouco mais de paz, tranquilidade, simplicidade, admirávamos as flores, as cores, compartilhávamos amores, bondade, luz, felicidade, carinho e o amor de verdade, nos sentíamos bem e era o que precisávamos para viver livremente desprendido das dores, das vaidades, dos horrores e maus desejos do coração humano.
Eu acordei e resolvi-te ligar, mas percebi que você não estava bem, te convidei para caminhar na floresta para tentar-te apresentar novamente o nosso mundo e te fazer lembrar toda parte boa que já tínhamos experimentado e tudo o que já tínhamos realizado, saímos para andar, paramos e sentamos no meio do nada envolvido por uma bela paisagem e começamos a lembrar todas as decisões que nos fizeram chegar naquele momento; observávamos tudo em nossa volta e dizíamos que grande obra de arte têm aqui, certamente era uma das partes mais linda do código, a natureza.
Éramos aqueles que acreditávamos que a verdadeira paz não tinha fim e que o tempo não existia, andávamos nas madrugadas, parávamos sentávamos na calçada, quando eu te observava, você sempre estava vencendo o mundo, correndo contra o tempo se esquivando de todo absurdo do sistema, ficamos mudos por um tempo, você me ligou e me disse vem para cá, terminávamos a madrugada admirando a luz do dia, pensávamos se realmente o que desejávamos era o bem ou apenas a grana, abrimos mão da grana de muita grana, nos outros dias de semana você que olhava da câmera e sempre chamava para terminar o dia do seu lado deitado na cama, eu me esquivava, mas sabia que os seus braços eram o meu abrigo.
Hoje é domingo, olha que linda a luz do dia
Hoje é um dia de domingo diferente os nossos dias de domingo, hoje não existe tempo e nossas viagens atemporais tentam nos levam ainda para mais distante das condições e limites do tempo, os nossos dias de domingo nem existem por aqui, os dias nunca existiram aqui. Ao mesmo tempo que estamos tão próximos e conectados estamos distantes como o passado e presente e futuro, a nossa facilidade é que em cada viagem que realizamos temos acesso ao que chamamos de dimensão sem limites, o passado, presente, o futuro, as galáxias, os universos, todas as realidades estão ao nosso alcance e mesmo se ficássemos distante, poderíamos escolher qual o melhor momento para se conectar e manter as nossas tradições de domingo tentando assim ainda seguir alguns padrões normais de vida.
A vida e que beleza é a vida; em uma escala de tempo infinita conhecemos o sol e alguns de seus seguidores, mas não ficamos muito tempo por lá, foi apenas uma viajem; até porque os seguidores do sol não se interessavam muito pelas outras dimensões e viviam condicionados ao tempo. Todo esse pensamento nós já tínhamos abandonado e sempre desejávamos ir ainda mais além. A vida fora das condições do tempo nos entregou de presente uma percepção totalmente nova de todos os conceitos que já se havia falado, uma nova resposta, um novo caminho, uma nova realidade, não tinha limites, o que era impossível dentro das condições do tempo era natural e normal na dimensão que não existia o limite.
As dimensões, navegar em meio a dimensões ocultas, ter acesso a tudo e perceber que o tempo não tinha mais nenhum domínio sobre nós, nos deixava ainda mais interessados pelas possibilidades infinitas dentro de um universo, quando colocávamos isso em uma escala infinita e pensávamos nas outras viagens lembrávamos que a parte mais significativa era puder experimentar o amor e paz que lutávamos todos os dias para encontrar no asfalto das ruas de outros dias.
Quando retornamos da nossa viajem e novamente nos submetemos as condições do tempo lembramos que era apenas mais um de nossos dias de domingo; afinal o tempo não existia.
Resende, 21 de novembro de 2019
Às vezes fico imaginando como seria a preocupação das pessoas de tempos antigos quando justamente o papel de escrever estava para acabar, não havendo reposição imediata, como seria para aquelas pessoas a sensação mediante a esse fato?
- Acredito ser desesperadora, no mínimo. Mas hoje, em 2019, temos folhas infinitas e digitais.
Um pequeno detalhe de 25 anos atrás, pode mudar o rumo de toda uma vida causando danos terríveis a alma e, até mesmo ao convívio social de uma pessoa.
Muito cuidado quando julgar detalhes desnecessários. A dor futura é inenarrável, sem analgésico conhecido, apenas o perdão próprio para continuar trilhando.
Eu penso assim a tempo de nascer, a tempo de florescer e a tempo de partir... Não somos sementes pra sempre. A vida continua e não a parada pra determinar o tempo O que existe é seguir em frente na alegria de nunca desistir. O que foi errado basta perdoar e não se lamentar o que passou não volta mais o que tem é seguir e frente... Não desanimar e prevalecer na força que te move que é o amor... O amor de Deus é impulso pra seguir em frente!
Shirlei Miriam de Souza
Dias, sem relógio
Um dia pode ser melhor que o outro para quem valoriza o agora, e pensa com vontade em mudar o amanhã,
Quem sabe valorizar um choro, um sofrimento ou um colo, saberá aproveitar um dia, um consolo, um conforto ou uma boa companhia, Uma boa música associada a um bom momento, favorece a bons pensamentos, nos eleva a bons sentimentos,
Te amar um dia de cada vez é tão bom, pena que o relógio da vida não me entende, queria que os meus dias demorassem a passar, queria tanto ter o poder do tempo em minhas mãos para deixar os nossos dias caminhando pela eternidade.
Ter depressão é se sentir vazio.
Ter depressão é sentir um oco no peito.
Ter depressão é se sentir amortecido.
Ter depressão é não levantar da cama.
Ter depressão é não ter vontade.
Ter depressão é se afastar do mundo.
Ter depressão é se afastar dos amigos.
Ter depressão é não fazer mais o que gostava.
Ter depressão é sentir medo.
Ter depressão é ter ansiedade.
Ter depressão é parar de se amar.
Ter depressão é não se gostar mais.
Ter depressão é não gostar mais de viver. Ter depressão é um pico de felicidade.
Ter depressão é um pico de tristeza.
Ter depressão é não entender a razão do viver.
Ter depressão é não entender a razão do seu viver.
Ter depressão é não gostar da razão do seu viver.
Ter depressão é querer se revoltar contra o mundo.
Ter depressao é não poder.
Ter depressão é estar preso na cama.
Ter depressão é não ter vontade de viver.
Ter depressão é não conseguir comer.
Ter depressão é não conseguir dormir.
Ter depressão é nem tomar banho.
Ter depressão é ter uma doença que ataca em silêncio.
Ter depressão é ter uma doença que mata lentamente.
Ter depressão é viver com medo de ser feliz.
Ter depressão é ter medo de momentos bons.
Ter depressão é não pensar.
Ter depressão é não entender.
Ter depressão é não aguentar mais.
Ter depressão é ter pensamentos horríveis.
Ter depressão é ter tristeza.
Ter depressão é não conseguir raciocinar.
Ter depressão é não conseguir sentir.
Ter depressão é provocar a dor em busca do sentimento.
Ter depressão é ter medo de ser amado.
Ter depressao é ter medo que tudo dê errado.
Ter depressão é se culpar por estragar tudo.
Ter depressão é não conseguir sair na rua.
Ter depressão é não conseguir trabalhar.
Ter depressão é ser incapaz de comprar uma blusa.
Ter depressão é hesitar de sair com seus amigos.
Ter depressão é não querer ir para escola.
Ter depressão é ouvir que você tá fazendo drama.
Ter depressão é perder o sentido de tudo. Ter depressão é desistir de tudo!
Quando eu olho...
Às vezes me pego te observando de longe e me surpreendo com o teu jeito de se aproximar.
Fico te vendo e ao mesmo tempo te sentindo, um desejo de te querer cada vez mais e mais por perto toma conta de mim.
Quando eu olho para o céu, peço por você.
Quando eu olho para o horizonte, me imagino com você.
Quando eu olho para o lado, você está aqui.
Voando sem paraquedas
Voamos, voamos um pertinho do outro, voamos tão alto que ninguém podia nos ver,
Voamos, o mundo parecia tão pequeno, o Céu parecia tão próximo e quando ficamos de cabeça para baixo o nosso mundo ficou tão lindo e o nosso Céu ficou tão bonito,
Voamos, voamos um olhando para os olhos do outro, flutuar com você sem paraquedas foi tão bom!
Sinto tanto a sua falta
Tenho lembranças fortes de quando você me levava na igreja, na escola, no médico,
Tenho lembranças fortes de quando íamos no parque, no circo, naquelas viagens de férias ou de fim de ano,
Tenho lembranças fortes de quando você me dava carinho, de quando você me repreendia, de quando você cuidava de mim,
Tenho uma profunda saudade, sinto muito a sua falta, nada e nem ninguém consegue me ajudar a superar a sua ausência física,
Queria tanto que você estivesse aqui, Mãe.
E veio a mim a inspiração, com as letras misturadas em gritante confusão. E tudo parecia entorpecido em meio a escuridão.
De repente, brilha uma luz, e as palavras que outrora inefáveis, a um caminho me conduz.
Foi então como um fluir das inserções, que se aglutinaram em diversas composições.
Já não mais me dominei, tão somente me rendi, as palavras me entreguei, e novos versos escrevi.
Já não me faltava inspiração, e um poema então citei, do fundo do meu coração, para quem eu tanto amei.
E o amor não acabou, mas tão fraco eu fiquei,
pouca força me sobrou, não desisti, mais eu lutei.
E assim findou a lida, de alguém que tanto sonhou, nas agruras de uma vida, findou o espetáculo e a cortina por sobre ele enfim fachou.
Música silente
Postas mãos...
brancas, taciturnas,
alvas feito Jasmim
na primavera...
Noturnas!
Nenhum toque de gaita,
à boca se desenhou.
Era o fim... Porque a canção se cansou.
Nenhum sopro... Nem tom.
Borboletas azuis pousam na tela,
voando dos pincéis, outrora em suas mãos,
e agora, voam pelos ares em procissão...
Tudo silente, emudeceu
A canção se cansou e dentro da gaita se recolheu.
Tristeza de criança
Criança, eu queria estar contigo nas ruas da sua infância.
Correr os campos e jardins com flores.
E dar-te os olores
que a vida te negou.
Queria trocar nossos sapatos,
talvez gostasse mais dos meus.
As minhas roupas (das sobras também), te daria.
Mentiria... Por um sorriso de quem ganha um novo presente...
E você nunca saberia que eu houvera trocado meu riso
pelo teus tristes olhos, contentes!
Fim
Faltam-me palavras para o adeus.
Eu sei... Nunca fui prioridade.
Mas sei o qto te amei.
E a cada vez se distanciando vai,
longe dos sussurros meus, pedindo que fique,
e olhe nos olhos e não se torne em saudade,
esse amor que foi só seu.
Ouça, por favor, os meus ais!
Oh, quanto me ferem os Abrolhos,
quando tenho milhas a caminhar,
chorando. Que fatalidade!
Ou então fechar a cortina para não enxergar a direção...
Se é o caminho do Sempre ou o de volta, regressando.
Maldito amor
Maldita a hora
em que te fiz "meu amor...
" Que lancei-te "flor"
e no firmamento um canto desesperado
e te marquei
"O sempre"
da minha
pobre vida,
mas que tornou esse canto,
gemido da minha dor.
Maldito! Maldito pecado
onde minha alma sufoquei
e quase a matei
por ter -te tanto amado.
Por isso Maldito serás,
e pela eternidade
por sobre minhas lágrimas, caminharas.
Teu riso jamais
terás por paraíso.
Por que se um dia me amaste,
tua dor terás por teu único resgate.
Maldito amor!
PRINCESA DO ACASO
Quisera eu ,
oh princesa do acaso!
Coroar-te com os mais Finos diamantes,
tua tiara enfeitada de rendas e véus
por sobre a fronte.
Quisera depois, depois,
oh realeza! deixar em tua última cama,
um nobre ramalhete de flores exuberantes,
os brancos jasmins a perfumar essa partida!
Nesse momento em que não se tem guarida...
Tudo é belo, mas triste!
É... esse dia existe:
A noiva fora encontrar seu amado,
enquanto a tudo assistimos, consternados.
Um muito em mim...
Algumas pessoas que convivi carregam um pouco de mim, outras que convivo carregam um pouco mais,
Um pouco de mim esta nos lugares aonde já passei, um pouco de mim cresce em forma de saudades nos corações apaixonados das que um dia abandonei,
Aonde passei, deixei algumas gotas cair, aonde passei plantei amor em cima do vazio, eliminei a rotina e virei novidade,
Outras pessoas procuram páginas mal escritas, insistem na melancolia, eu prefiro ser a história bem vinda, prefiro ser a madrugada depois de muito acesa, bem dormida,
Um pouco de cada lugar, de cada pessoa, ou de cada coração apaixonado por mim que ainda escuto bater, vive muito em mim.
Como um desenho na areia se perde ao encontro das ondas do mar, sinto - me o desenho, e o mar o teu olhar.
Quando vem a me abraçar, vejo nossas aureas dançando no luar
Quando com intensidade me beija, torço para que aquele momento eterno seja.
Oras como podes eu de novo me apaixonar ?
Como podes à uma pessoa meu coração em pedaços entregar?
Perguntas que me atormentam ao adormecer, contudo, sonho contigo e á desejo ao amanhecer.
Agora, desejo apenas o seu amor se assim posso dizer, ao seu lado feliz vamos nos fazer.
Nosso futuro vamos escrever, e aos maus olhados, vão nos ver juntos vencer.
Flores de hera
Por ti, na primavera
Caminhei na chuva
Em busca das flores de hera.
Mas sobre ti me enganei...
Tal qual a hera, que não produziu flores
Nem mesmo no fim da primavera.
Esse amor infértil
Também nunca me ofereceu nada
A não ser anoiteceres e madrugadas.
Nunca sozinho um ninho fez para sua amada.
Nem derramou pétalas sobre nossa cama desarrumada.
Porém, tal qual as flores de hera!
Nem um ramo me oferecia.
e nunca, nunca, a mim, tentou ser primavera.
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