Conto Amor de Clarice Lispector

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E hoje descobri que ainda sou aquela criança mimada que chora por tudo...Que sente saudades, que grita quando não tem o que quer e que tem medo de sofrer. Sou aquela que olha com vontade de dizer eu te amo, ou simplesmente volta! Mais que também não tem coragem pra tudo. Que sente vontade de chorar sempre que alguém magoa, que espera demais das pessoas e acaba se decepcionando. Aquela de coração enorme capaz de perdoar rápido, que não guarda mágoas e que quer melhorar o mundo. Aquela que sofre calada e mesmo assim sorri para todos com receio de magoar as pessoas da mesma forma que elas costumam fazer. Aquela que mesmo calada grita, a óbvia, basta olhar no fundo dos olhos. Aquela que vive poupando os outros e que nunca foi poupada por ninguém. Aquela que pede a Deus que renove todas as forças a cada manhã para não transformar o coração em rocha e para conseguir viver feliz mesmo diante de todas as maldades.

Mas a verdade é que existem feridas que não saram. Existem cicatrizes que nunca somem.Quando somos rasgados por algum fato jamais voltaremos a ser os mesmos,por mais que costurem,e tentem esconder as brechas.Nunca mais estaremos lisos,sempre existirá ali,alguma marca de corte,algum vestigío que demostre que fomos remendados.

A cobiça, por exemplo, é o resultado de ser ingrato pelo que você tem e escolher encobrir ou se apaixonar por algo que é proibido. Quando o coração é ambicioso, ele se irrita e se frustra facilmente (Tiago 4:1-3). A amargura cria raiz quando respondemos de maneira crítica e nos recusamos a tratar nossa raiva. A raiva não resolvida de uma pessoa amargurada vem à tona quando é provocada (Efésios 4:31). A ambição por mais dinheiro e posse nos frustrará com desejos inalcançáveis (1 Timóteo 6:9-10). Essas fortes paixões, unidas com a insatisfação, nos levam a ofender qualquer um que esteja em nosso caminho. O orgulho nos leva a agir de forma áspera para protegermos nosso ego e reputação.

"" Tanto as dificuldades quanto as tristezas (depressão) são cultivos da alma e o que devemos cultivar é a felicidade. Penso nela como uma planta que deve ser cuidada todos os dias, para assim florescer, dar frutos e tudo será bom. Felicidade plena é uma busca do interior e quando estamos bem internamente, tudo por fora refletirá...""

Chegou a hora de seguir, de tirar seu nome do meu abraço, parar de procurar, em flores, pelo seu perfume. Eu ainda grito: — Não vá! Por favor. Mas aprendi a interpretar também suas costas. Vá ser feliz, meu amor, mesmo que seja longe. E, eventualmente, também me sentirei bem quando não mais significarmos.

O sorriso torto, foi o vento quem fez. As marcas no rosto, também. As pessoas que estão aqui hoje, todas, eu as fiz. Sejam os filhos, netos, bisnetos, sejam os irmãos, os amigos. Todos os que me mantêm viva, em lembranças, pensamentos, no DNA. São todos parte minha, e eu, agora, sou parte de tudo.

O pipoqueiro, com suas pipocas coloridas, todo domingo 'tá ali, colorindo dentes, colorindo o chão. Infância, idades meias e inteiras, pais, filhos — o que os difere agora? Apenas o tamanho da mão. O pipoqueiro, com suas pipocas coloridas, deveria aparecer todos os dias, para colorir ainda mais vidas.

O corpo pede comida, enquanto a alma se satisfaz. Queimei tantos quilos por estar feliz, tantos dias acordado, sem sono ou cuidado. Mas a’lma habita agora um recipiente de vidro. E acho que já não demoro a quebrar — sinto no peito a agitação de energias querendo se libertar. Resta agora o leve medo do incerto: esperar que o fim traga tanta poesia quanto os começos. A meia-noite já bateu faz horas...⁠

Nasceu princesa do seu próprio castelo, fazendo necessário apenas tempo para tornar-se rainha. Preferiu abandonar tudo e fazer-se coroar, todos os dias, como soberana do mundo. Houveram dias de falta. Pôde faltar amor, presenças, luxos. Até mesmo, por vezes, a vontade de se levantar faltou. Mas, nessa vida muito bem escolhida, não restou sequer um dia que não plenamente vivido.⁠

O dia começou cinzento, não só pelo céu chuvoso, ou pelas cinzas de cigarro que, ao caminhar, deixo por aí. Comecei a ser descolorido já nas primeiras interações. No “bom dia” falho, dentro de casa. Em mais um dia de trabalho, sem o café da manhã. Nos pensamentos, que, sem ter com quem compartilhar, sequestram dos olhos o brilho que habitualmente uso para olhar o mundo. ⁠

Pobres suicidas, que vivem suas vidas pulando de um happy hour para outro. São felizes no quinto dia útil, nos finais de semana, nas férias, feriados e afins. Trabalhadores, estudantes, vadios, que, de feira em feira, comemoram o aproximar-se sabadal. Perdendo: segundas, terças, quartas, quintas e sextas chances de viver.⁠

O que mais vale? Cem anos de pé, contabilizando seu legado, ou alguns poucos anos, sem dúvidas vividos? Não preciso, de forma alguma, colecionar aniversários. E bem sei que, com estes olhos famintos, não verei gigantescas mudanças. Mas, convicto, sei que as presenciarei. Ainda aqui, sendo pó, sendo mundo.

Enquanto as pessoas viverem apenas tomando um lado, sem pensar, analisar ou criticar, nunca serão protagonistas da própria vida. Muitos dizem: ‘não existe um protagonista, todos são protagonistas da própria história’. Mas a verdade é que, quando você adota como suas as opiniões dos outros, você abre mão desse papel. Protagonistas existem sim: líderes, políticos, empresários, presidentes — eles têm opinião própria e a impõem sobre os outros, ou então possuem valores tão fortes e uma visão tão clara que as pessoas escolhem ouvir e copiar. Esse é o poder de um protagonista. Enquanto as pessoas aceitarem opiniões apenas porque gostam delas, e não porque são verdadeiras ou coerentes com seus valores, continuarão sendo NPCs do mundo real.

JESUS veio para servir-se de ÚNICO sacrifício para nos dar vida eterna...Um homem (Adão) condenou a humanidade a morte eterna e outro homem (Jesus) veio para trazer a salvação eterna. A prática de sacrifício acabou quando Jesus veio. Toda e qualquer prática de derramamento de sangue inocente não é de Deus! E todo aquele que derramar sangue, prestará contas deste sangue, até mesmo a terra e os mares vomitarão o sangue no dia do julgamento.

“O verdadeiro avivamento manifesta-se quando a Igreja reconhece sua absoluta dependência do Espírito Santo para proclamar, em palavras e em vida, o amor de Deus revelado na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo.Não é iniciativa humana que gera o avivamento, mas o arrependimento sincero do homem diante de Cristo. Portanto, não somos chamados a defender homens, mas a interceder por eles em oração.”

Nunca me preocupei muito em aprender a amar, pois sempre pensei ser algo inato. Era a ideia mais bonita para acreditar, mas, como de costume, me enganei. O amor é um passo de cada vez em uma corrida de três pernas. É despetalar-se ao ser escudo dos ventos do Norte, e acalantar ao ser protegido quanto aos do Sul.

Andei me reencontrando com velhas amigas perdidas, palavras que driblavam o discurso, deixando falas inacabadas. Voltaram, de aparência mudada, formando novos pares. Vieram em títulos, rimas de poemas — reinventaram suas próprias definições. Vieram completar balões e permiti-los voar, libertando a mim, de mim mesmo.

Eu estava voando, girando com você por todas as cores do céu. Sem pudor algum, sem nem mesmo ter certeza de se tratar da realidade. Como éramos graciosos! Os pássaros nos invejavam, e o Sol se punha mais cedo só para nos ver. Como eram belas nossas asas, quando éramos ainda leves o bastante para voar.

Nem que eu tente, não sei ser minimalista. Minha história é um relicário, uma loja de móveis usados, onde tudo guarda um sentido, uma memória, uma cicatriz bonita do tempo. Cada coisa em mim já teve função, já foi abrigo, já pertenceu a outro instante. E talvez seja isso que me faz inteiro: não o espaço vazio, mas o excesso de vida guardada nas gavetas da alma.

A noite é refúgio, abrigo e revelação. Enquanto o dia exige máscaras e ritmo, os intensos mergulham no próprio turbilhão, dialogam com pensamentos que só nas sombras se escutam e sentem emoções que o sol não deixaria brilhar. Ser notívago não é insônia: é a coragem de permanecer inteiro, de transformar silêncio em autoconhecimento e solidão em plenitude.