Contínuo
- Você deveria ter me conhecido antes de tudo isso, eu era uma máquina.
- Hoje eu contínuo sendo aquela máquina, mas agora eu estou velha, desmontada e enferrujada.
- Porém, eu estou à consertando aos poucos.
- Ela será soudada.
- Mais o que seria de uma máquina, sem suas marcas de guerra?
Ando flertando perigosamente com o que facilmente gera dor
Mesmo percebendo sua calmaria
Continuo flertando com suas incertezas
Meu coração é indomável
O teu é calmaria
Não quero criar tempestade
Mais vou com toda minha vontade.
A vida é espetacular
Com toda dificuldade
Ainda sim, continuo a amar
Quando eu me sinto
Fraco e sem direção
Minha auto-estima
Mostra força
E demostra a sua superação
Sei que a minha batalha
Sempre se fez contínua
Mas nunca irei retroceder
Pois tenho amor a vida!
Mais uma vez eu acordo,
Porém deitado na cama eu permaneço e com os olhos abertos continuo sonhando com a vida futura que eu queria ter de volta.
Mais uma vez me levanto
e no caminho para o banheiro vou pensando quando foi a última vez que eu acordei sem pensar que o mundo está acabando.
Não sei, talvez, quando essa pandemia começou. Não sei, talvez, quando esse vírus me contaminou.
Vírus;
Vírus que me mata, me afasta e me transforma em algo diferente,
Como um reflexo embaçado,
Que mostra quem eu era,
Mas que não é quem eu sou.
Vírus;
Vírus que me mata, me afasta e tira meu motivo de respirar.
E os amores que me inspiram a continuar,
Esse vírus asfixia
E sobra para longe de onde eu não possa alcançar.
Vírus;
Vírus que me mata e já me matou, pois no momento em que eu acordo eu penso que mais um dia se passou
E que menos um dia de vida a morte me tirou.
Quem sou, quem fui, quem serei
Fui primeiro, fui últi mo, fui produto do meio.
Continuo na fila, não sei que posição larguei.
Escroto, medonho, covarde.
O sonho, o anseio, vibra, dói, arde.
Hoje é cedo, ontem escreveu, amanhã pode ser ou não ser tarde.
Fui preconceito, também tratado desse jeito.
Menosprezei, desfiz, fui menosprezado, quebrado nariz.
Malandro, relapso, vagabundo.
Também um sentimento de pai, profundo.
Insensato, inseguro, agredi meu caráter.
Paguei caro, um jogo milionário.
Achei que poderia fazer, organizar, da familia fazer diferença.
Não sabia, da estripulia, a história, geração e memória, um preço pagaria.
Fui crime, fui fraqueza, fui a natureza ordinária.
Talvez não conhecia desse tribunal, impiedosa avareza, que se vale da fraqueza, profundamente, esmaga a gente na medida binária.
Fui torto, fui direito.
Olhei pra trás, pra frente, mundo Brasil perfeito.
Eu cordeiro manco, manchado, jamais aceitado, por este mundo de efeito.
Enfim, assim, se a colheita está plantada em mim.
Amigo, este mundo perfeito, sacie e boa sorte, vida sim.
Hoje, do começo, meio e fim.
43 anos morrendo.
A esperança nascendo.
Tanta ambição.
Frustração.
Não vou ser ingrato.
Um dia, também e exaltação.
Amanhã não sei.
Ontem um livro que não desvendei.
Hoje o contentamento, uma no grau, uma bolacha água e sal, nada mais sei.
Giovane Silva Santos
Na metafísica do meu desejo tudo permanece imarcescível.
Continuo te querendo com a mesma intensidade dos primeiros dias.
Nada mudou, nem mudará.
E a única dialética que eu quero é o diálogo da minha língua na tua, em nossos beijos.
E não tem Kant, Hegel, nem Descartes que me façam pensar o contrário.
E sigo nessa filosofia de mim.
Vinicius Rocha-Brasil
Não te vejo há meses. Não te oiço há meses. E continuo a sentir-te tão perto de mim. Aí, do outro lado do mundo, ouço-te pensar que já nada é exactamente como dantes. As prioridades, a importância que o antigo sonho tem. Aí, na solidão de ti para ti, consegues confessar-te. Ouve o que o coração diz e cala os clichés rituais. O meu conselho é o mesmo de sempre. Faz o que te fizer feliz. Sem medo, que a felicidade não mata nem mói. Deslumbra-te nas diferenças. Sente a minha falta. Fala comigo e dorme com os braços em mim. Acorda na saudade e persegue a tua verdade...
Devemos buscar nossa felicidade intensamente, porque ela não é de modo contínuo, existe sempre o percalço.
RODA VIVA GIGANTE
A pressa nas ruas me apressa
Mas não me entrego, não
Continuo com meus passos lentos
E deixe que falem, chatos, emburrados
Eu só quero que o dia termine bem
Bem, sem estresse
Leve e calmo como uma folha que cai
Se incomodam por eu não ter pressa
Ou por eu ser a única a não ter
No meio dessa gente toda?
Não sou eu que preciso de respostas
Pois delas me alimento todos os dias
Na imensidão de um quarteirão
E na fraqueza das mentes caretas
Eu tenho vontade de rir
Mas na verdade, estou triste
Não ter alguém que me acompanhe
Nessa roda-gigante que chamam vida
E me pergunto: para que servem as rodas-gigantes?
São para enfrentar medos
E até mesmo acompanhar o vai e vem da vida
De forma tão lenta a perceber
Como a pressa desvaloriza momentos
Mas ninguém se importa
Nem mesmo eu que escrevo,
escrevo,
escrevo...
E nada muda
É acreditando e tendo fé que continuo com a certeza de que cada amanhecer minha esperança só aumenta...E assim, agradeço à Deus por mim, por você, por nós...E pela "Vida".
Leio-te Poeta! E como tu,
"Já tive em mim todos os sonhos do Mundo".
Hoje continuo sonhando,
não mais a boneca da época,
não mais a beleza eterna,
não mais o amor ideal,
não mais a família e a vida perfeitas.
Hoje a alma alça voos mais amplos
e se estende além das "coisas".
Já me basta navegar no oceano das palavras
e dos sonhares mais amenos.
Bastam-me o aconchego dos meus afetos,
um lápis
e uma folha de papel em branco.
Cika Parolin - 09.06.2021
Entre tantos desejos, entre tantos sonhos e entre tantos pedidos para se pensar e eu continuo a me repetir querendo você em todos eles...
Por que eu insisto? Por que eu continuo mandando mensagens, pensando, fazendo tudo isso? Isso é passado, tem que ficar para trás!
Eu tento não mudar, mas eu continuo mudando, de todas essas pequenas formas... E, todas as vezes, tenho que me apresentar ao universo novamente.
Quanto mais eu me conheço mais reconheço a pessoa difícil que sempre fui e o muito que continuo sendo.
O Tempo é contínuo. Não existe o novo. O que existe, frente a nova partícula do Tempo, tempo este que nós mortais ousamos dividir cronologicamente, é a vontade de fazer diferente. E para fazer diferente, não precisamos de um evento atribuído à transição do Tempo. Basta determinação individual.
FELIZ NOVA PARTÍCULA DO TEMPO.
Desenvolver a consciência é um caminho de autodescoberta contínuo. À medida que nos conhecemos melhor, vemos o mundo com mais clareza e nos tornamos agentes de mudança em nossas próprias vidas."
Meus pensamentos.
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