Conselho para uma Pessoa Orgulhosa

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Uma comissão consiste de uma reunião de pessoas importantes que, sozinhas, não podem fazer nada, mas que, juntas, decidem que nada pode ser feito.

O ódio é a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior.

A primeira qualidade de um comandante é cabeça fria para receber uma impressão correcta das coisas. Não deve deixar-se confundir quer por boas quer por más notícias.

A alma é uma fogueira que convém alimentar, e que se apaga dado que não se aumente.

Ouvi uma piada uma vez: Um homem vai ao médico, diz que está deprimido. Diz que a vida parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador onde o que se anuncia é vago e incerto.
O médico diz: "O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade, assista ao espetáculo. Isso deve animá-lo."
O homem se desfaz em lágrimas. E diz: "Mas, doutor... Eu sou o Pagliacci."
Boa piada. Todo mundo ri. Rufam os tambores. Desce o pano.

(Watchmen)

A medida de uma alma é a dimensão do seu desejo.

O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam.

O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.

A civilização é uma ilimitada multiplicação de necessidades desnecessárias.

A vida é uma criança que é preciso embalar até que adormeça.

A maneira de apreciarmos uma coisa é dizermos a nós próprios que a podemos perder.

Há cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher, e a única que não se previu é, precisamente, a que se realiza.

A perfeição é uma montanha impossível de escalar que deve ser escalada um pouco a cada dia.

O sucesso tem uma estranha capacidade de esconder o erro.

Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.

Uma vida feliz deve ser em grande parte uma vida tranquila, pois só numa atmosfera calma pode existir o verdadeiro prazer.

A vida é uma aventura ousada ou nada.

Tudo tem uma moral se você conseguir simplesmente notar.

Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade.

Uma vez que não podemos ser universais e saber tudo quanto se pode saber acerca de tudo, é preciso saber-se um pouco de tudo, pois é muito melhor saber-se alguma coisa de tudo do que saber-se tudo apenas de uma coisa.