Conforto da Morte de um Filho

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Vem morte, tão escondida, / que eu não te sinta chegar, / para que o prazer de morrer / não me dê novamente a vida.

Aquilo a que chamo fadiga é a velhice, de que a morte constitui o único repouso.

A mesma paisagem
escuta o canto e assiste
a morte das cigarras

O amor é tormento, a falta de amor é morte.

O lazer sem as belas-letras é como a morte e a sepultura do homem vivo.

A morte não pode ser pensada, pois é ausência de pensamento. Temos de viver como se fôssemos eternos.

O medo da morte é mais cruel do que a própria morte.

A única precaução contra os remorsos da morte é a inocência da vida.

A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres / e nos palácios dos ricos.

A morte surgia-lhe como uma consagração de que só os mais puros são dignos: muitos homens desfazem-se, poucos morrem.

Quem tem a sorte de nascer personagem vivo, pode rir até da morte. Não morre mais... Quem era Sancho Panza ? Quem era Dom Abbondio ? E, no entanto, vivem eternamente, pois - vivos embriões - tiveram a sorte de encontrar uma matriz fecunda, uma fantasia que soube criá-los e nutri-los, fazê-los viver para a eternidade!

A morte é amparo.

O aborrecimento é uma das faces da morte.

Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com a minha imaginação, nada mais ambiciono.

Epitáfio é uma inscrição num túmulo que mostra que as virtudes adquiridas pela morte têm efeito retroativo.

Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor

E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.

A moda é uma variante oblíqua de se lutar contra a morte. Ora na velhice tal luta é mais problemática. E é por isso que no velho a moda é mais ridícula.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, 1992

A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.

A morte usa-me incessantemente.

Quando se está a morrer, tem-se muito mais que fazer do que pensar na morte.

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