Conforto da Morte de um Filho
Refugiada sob a saia de uma mulher, senti se solidificar em mim, como uma lava, um sentimento que deveria nunca mais me deixar, mescla de terror e luto.
Elas me riscaram do mapa dos humanos. Eu era um não ser. Um invisível. Mais invisível que os invisíveis, pois eles, ao menos, detinham um poder que todos temiam.
Câncer de mama
Um câncer se chega é triste
porque destrói as células
e se alastrando persiste
até tomar suas mamas!
O auto exame pode prevenir,
é bem simples e fácil fazer
mas, ao médico você deve ir
para ele te dar o parecer!
Mulheres se cuidem!
Homens também,
uns podem até rirem...
Mas, o câncer não escolhe!
Então, não custa prevenirem
e suas mamas examinem e olhem!
PS. Hoje estou indo trabalhar vestida de rosa. Nossa escola está promovendo o dia D contra o câncer de mama.
Aquele adeus.
Quando estava para partir não me permitiu nada além que um adeus, não me presentou com um abraço, não me beijou os lábios, não me fez nenhuma caricia como aquelas que me fizera em noites solenes de puro êxtase, ou quem sabe, talvez, pudesse me oferecer mais uma noite de prazer, mas nada, nada foi feito, nada foi dito, nem mesmo o motivo pelo qual estava partindo. Quando ela foi embora eu nada pude fazer, inclusive, só continuei a respirar pelo simples fato de meus pulmões não desistirem de mim, assim como ela não fez. Sentei-me na poltrona, rente a janela, pus a mão no queixo e comecei a observar os carros que passavam em frente a minha janela, passei horas ali, extasiado, sem me mover, talvez, se não me é delírio, pude ouvir o bater do meu coração, senti pela primeira vez o sangue quente correr entre minhas veias. Fiquei ali olhando o tempo passar, apreciando a mescla que se formava entre as cores no céu, de forma metafórica se igualava com meus pensamentos, bagunçados, mas que no final era algo bonito, vívido, porque na minha cabeça só dava ela. Depois de muito tempo situei-me, percebi que passei muito tempo sentado ali observando absolutamente nada. Levantei-me, fui até o banheiro e ali fiquei em torno de 20min, aproveitei o banho, como quem pudesse limpar-se da tristeza com um simples banho com água quente, se pelo menos ela pudesse escaldar minha alma, mas nada me foi concebido. Sai do banho e voltei para a sala, dessa vez com um copo de vodca e um livro que em minha opinião se encaixava direitinho no contexto do momento, de copo em copo sequei a garrafa de vodca, sem perceber que ali eu assinava a minha sentença de embriaguez. Quando já não era dono de mim mesmo decidi ir à busca de respostas, queria saber o motivo pelo qual ela partiu, já que a lucidez não me deixou coragem o bastante para perguntar a embriaguez me ajudou neste aspecto. Vesti uma roupa descente, desci até a portaria do meu condomínio e peguei o primeiro táxi que avistei, - rápido, vá ao encontro da mulher que partiu meu coração, ela precisa me dar alguma explicação! -. O motorista sem entender começou a dirigir, sem me perguntar nada seguiu a principal, em direção ao centro, no caminho não me controlei, desabafei com aquele pobre homem que um dia desejara não viver para não ouvir tamanho sofrimento. Passamos mais de uma hora rodando a cidade, eu contava meus problemas, informei-o de sua partida, como tinha sido dura, sem afeto, nem um pingo de respeito ou consideração, enquanto contava o Erinelson me dava razão, afinal, quem é tão pobre de sentimentos que não pode oferecer nenhuma desculpa e nenhuma explicação, partir sem nenhuma cerimonia, uma discursão, quem pode ir embora depois de dois anos juntos sem nem mesmo jogar um vaso de plantas contra parede, não entendo. Quando já não tinha o que dizer, eu só ouvi, e não disse nada. Ele, o taxista, fez com que eu me encontrasse, me deu um choque de realidade, me fez perceber que quem parte sem explicação e sem motivo já não tem motivos para ficar e que isso é o bastante. Pedi que me deixasse no primeiro bar que avistasse e assim o fez me deixou no Piano’s bar, me despedi e agradeci com toda minha generosidade. Ao entrar no bar percebi que o taxista mesmo sem nenhum destino informado tinha acertado de primeira o local onde eu precisava ir, ela estava sentada no balcão do bar, me olhava, não era só a sua boca que sorria para mim, seus olhos também seguia aquela sinfonia, e ali eu retornei ao inicio, aos carinhos do meu amor que um dia partiu e agora retorna para meus braços.
SONETO DE CARNAVAL (de outrora)
Distante da folia, o cerrado me afigura
A saudade como um saudoso tormento
Lembrar dela é uma sôfrega tal tristura
Esquece-la é nublar o contentamento
Ausentar de ti é a mais pura amargura
Todo momento é gosto sem fomento
Máscaras sem brilho nem alegre figura
Uma fantasia no samba sem afinamento
E no saudosando os tempos de outrora
Enquanto fugaz vão-se os anos, enfim
O que tenho pra agora, só silêncio afora
De toda a diversão a quietude em mim
É regente, pois já não sou parte da hora
E meu carnaval vela o traje de arlequim
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Carnaval
Cerrado goiano
Escolha a cor do amor que eu vestirei, Cante no seu tom que eu dançarei, Basta um toque que eu me entregarei...
Hoje a contemporaneidade propõe um viver inesperado, como isto cada vez mais me torna e me sinto como um ser inacabado. Nunca imobilizado pelo novo, diante disto vivencio e experiencio novas ações, pensamentos e reformulações inusitadas bem longe do que sempre acreditei viver mas vida que segue, e não nos atropele pois só ela que oferece a verdadeira direção e movimentação.
No silêncio do teu olhar castanho misterioso, Vamos nos desvendando um ao outro, Estamos endoidecidos com o amor e seu feitiço delicioso...
“Se perguntarmos a um idiota onde ele investiria o único real que possui, certamente ele vai conjecturar várias possibilidades.”
“Sou de um tempo em que as canções falavam sobre: ir de táxi, carta de amor, ficha de orelhão, chegada do carteiro e namoro no portão.”
Sabe, às vezes eu acho que estamos vivendo em um mundo que fabricamos para nós mesmos. Decidimos o que é bom e o que não é, desenhamos mapas de significados para nós… E então passamos a vida toda lutando contra aquilo que inventamos para nós mesmos. O problema é que cada um de nós tem a própria versão desse mundo, por isso as pessoas têm dificuldade de entender umas às outras.
Aquilo em que você acredita não importa nem um pouco. Tudo o que importa é como você se comporta pessoalmente.
O tempo, por si mesmo não se trata apenas de um relógio
Na realidade ainda hoje não o sei como difinir
Talvez seja um corte na viagem da vida fino como um fio
E na volta a solidão e o espaço que me faz refletir
Se pode se evitar te faria o não por seres quem és
Mas pela companhia que trazes odeio estas fazes
Em que a solidão me domina da cabeça aos pés
Por mais que tente entender, não consigo, mostra me o quão bom tu és
As vezes, sentimos um vazio devastador na alma, uma ferida aberta no coração que nada parece ser capaz de cicatrizar e precisamos de uma força que parece impossível de alcançar, as vezes estamos muito cansados para continuar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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