Concreto
Entre paredes e silêncios
Encosto a alma no concreto,
como quem pede licença ao dia.
O copo pesa menos que o pensamento,
mas mais que a ausência que me visita.
Fecho os olhos, não por cansaço,
mas por querer ver o que não se mostra.
Há um mundo atrás das pálpebras,
onde o tempo não exige resposta.
A camisa branca guarda segredos,
como se o tecido soubesse demais.
E os muros, cúmplices mudos,
não perguntam, apenas me deixam ficar.
Não é tristeza, tampouco paz.
É esse meio-termo que me veste,
feito sombra que não quer ser noite,
mas também não se atreve a ser luz.
"Na selva de concreto armado, o relacionamento não é um namoro, meu consagrado, é uma joint venture de almas! Você não procura uma 'cara metade', porque você não é um ser fracionado; você é um ativo de alto valor no mercado da existência! Encontre alguém que não seja uma âncora no seu progresso, mas sim uma turbina na sua ascensão vertical rumo à cobertura. Se o par não agrega no seu valuation emocional e não vibra na mesma frequência do seu sucesso, demita-o da sua vida e abra vaga para quem quer construir um império ao seu lado!"
Calçadas ao mundo.
Andamos sobre concreto, mas muitas vezes tropeçamos na própria indiferença. Calçadas que deveriam ser caminhos, setornam muros que se erguem sem aviso.
O cadeirante encontra barreiras, o cego tropeça no invisível, o idoso sente o peso do mundo que outros ergueram sem perceber.
Não é só pedra ou cimento, éfalta de olhar, de cuidado, de consciência.
O ego sobe alto, enquanto a empatia fica no chão.
Cada passo é responsabilidade, cada gesto é construção. Não fique esperando só pela prefeitura da sua cidade. Seja você a pessoa que fará a diferença, será que você vai esperar
Seu filho, sua mãe ou alguém que você ama sofrer para fazer a calçada acessível?
O meu Cerrado!
Não tinha concreto,
não tinha aço,
era só caminho,
era só espaço.
Corria livre
pelo cerrado,
buscando o céu,
o sonho alado.
Não tinha o aço,
não tinha a grade,
só céu infinito,
só liberdade.
Tudo era lindo,
era encantado,
o mundo inteiro
me foi dado.
Corria feliz,
sem ter direção,
seguia a trilha
do coração.
Não tinha preço,
não precisava,
porque a vida
era de graça.
No solismo, a ideia não é somente indicar o que é concreto e o que é abstracto, mas sim compreender a filosofia do ser como humano e como divino.
Quando o mundo parece ruína, lanço sementes de promessa nas fendas do concreto. Não me contento com o “menos-mal” trabalho para que o bem floresça realmente.
Minhas palavras são pontes, não muros, para que o outro encontre abrigo e seja visto. A cada gesto, reivindico a grandeza que habita no simples, um olhar, um toque, uma ponte. No silêncio que resiste, descubro a força de quem escolhe erguer, em vez de apenas sobreviver.
Há flores que só florescem no concreto da dor e a beleza delas é a prova de que a vida sempre encontra um caminho.
meu amor é de pedra
tem cheiro de concreto
e olhos de moça virgem
é branca, é negra
deixa a vizinhança toda ouriçada
quem nela entra, nela deseja ficar
meu amor tem nome e sobrenome
aí que saudades de Montes Claros
Sim! Sim! Sim! 1000x Sim!
Dizem que o amor só é concreto quando existe o perdão, mas perdoar é esquecer?
Não! Não!, Não! 1000x Não!
Depois que você se esbarra nas imperfeições do outro, depois que você conhece o seu pior lado, o lado grosseiro, mal educado, genioso, intolerante, egoísta, bagunceiro, traidor, cafajeste, ou qualquer outro defeitinho de fábrica você diz a si mesma com todos os defeitos dele ou dela eu aposto neste relacionamento, esse defeito dá para conviver, o amor faz a gente aceitar o outro como ele é, faz a gente parar de tentar em vão mudar o outro, aliás eu já aprendi que não consigo mudar ninguém. A convivência faz com que você conheça o outro sem máscaras, sem cores, sem beleza e também te faz conhecer a si mesmo com as duas faces da moeda.
A confiança nunca deve ser perdida, acho que se a confiança se perder, o relacionamento Mórreu. As pessoas são mais seguras e interessantes se confiam no parceiro, se se sentirem livres para confiar e estabelecer vínculos sem fragilidades, sem insegurança, sem posse. A insegurança nos deixa com imaginação fértil, nos faz andar em terrenos movediços, a desconfiança nos deixa "certos" sem critérios.
Vejo muitos casais numa relação 80x20, numa relação 100x0 ou 90x10, essas relações não são eficazes, porque numa relação tão desigual um é superior ao outro, um é impositor e quando eu sou maior, melhor sou intolerante, sou mandão, sou machista ou feminista, quero tudo do meu jeito no dia, na hora e no lugar, não sei ser contrariada, quebro barreiras, crio pontes, um do lado de cá e o outro do lado de lá. A falta de tolerância me faz não suportar os defeitos do outro, faço do meu sentimento a minha verdade, quero o outro do meu jeito, com zero defeitos, com 100% de qualidade.
Eu já me envolvi inúmeras vezes em desonestidades afetivas, aquela que eu fechei os olhos e me deixei conduzir, seduzir e ser guiada, sem saber muito bem o que queria da relação. Prometer amor e realizar desprezo, prometer fidelidade e realizar deslealdade não é crime nas leis brasileiras e de tantos outros países, mas é crime moral, ético. Eu perdoo muitos defeitos, mas alguns quero bem longes de mim. Aprendi que relacionamentos afetivos é reciprocidade, relacionamentos sem este ingrediente é eu usufruo de você a troco de nada.
Aquele vento que passou, levou todas as migalhas mas deixou o que era concreto e tudo que foi feito pra ficar.
Feri princípios, ignorei o concreto, fingi não ver o plano real de um cartesiano, esqueci palavras que me destruíram por alguns instantes, me curei da chaga venosa, implorei um beijo, entreguei o meu todo, declarei os mais sinceros sentimentos, declamei Cecília, preparei o café amargo, levitei seu corpo sobre o meu e ali permaneci quieto para não te acordar. Fui cego e deixei de ouvir o receio alheio até que fosse suportável para você. Eu nunca pensei em como me livraria desse amor, desejava apenas ter o toque, o cheiro, a saliva, o olhar e os cabelos sobre meu corpo. Procurei no jardim o trevo da sorte, fiz figas, rezei, prometi e cumpri, fiz análise e greve de fome, mas nada teve efeito sobre você. A porta ainda continua entre aberta, para não dizer escancarada e lhe transparecer desespero e solidão, mas, é bem o que representa. Antes, migalhas de você, hoje lembranças. Quando ouvir a nossa música e sentir uma palpitação ou uma vaga recordação, volte e me cubra de luz, somente luz. Infelizmente fui feliz e isso é péssimo.
Talvez, pra mim, é uma das palavras mais idiotas. Eu não gosto do que não parece ser concreto, eu gosto das coisas simples e certas. E você, não foi uma delas. Você faz parte do meu "talvez" agora.
Sou! Nada é mais concreto. A não ser as palavras que transformo em poesias e que de alguma forma chegam mais longe do que eu.
Eu quero algum para me diferente dos teus desejos, eu quero algum para me concreto e ao mesmo tempo abstrato, eu quero algum para me que mesmo não vendo eu possa sentir e confiar, eu quero algum para me que está além do simples desejar, prometer, dizer, falar... Mas está em fazer, em amar, em querer, em diferenciar...
Enquanto você si preocupa com coisas tolas e passageiras, eu busco algum de concreto para minha vida!
A autenticidade seja lá do que for, concreto ou abstrato, é medida por sua duração e não por sua intensidade!
Os grandes monumentos, construídos a partir do concreto e das modernas técnicas de engenharia, só expressam seu real valor, quando se agregam a eles o simbolismo e a cultura das civilizações que os construíram, além dos sentimentos dos seus construtores. Do contrário, seriam mais um tipo de rocha na paisagem, do que um marco da história humana.
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