Como o Orgulho Machuca

Amas ou não uma mulher, mas não sabes porquê. Como hás-de poder saber a razão do bem e do mal?

Porquê não considerar todas as religiões positivas como a forma que o pensamento humano em cada região deverá necessariamente tomar, e que continuará a tomar, em vez de fazer de uma dessas religiões o objeto dos nossos risos ou das nossas cóleras?

como fede no verão
a bosta fresca
pisada no chão

Agimos como se o conforto e o luxo fossem os requerimentos principais da vida, quando tudo o que precisamos para nos fazer felizes é algo pelo que ser entusiástico.

Como a doença amplia as dimensões internas do homem!

Se, como o rosto, se mostrasse o coração.

Os vícios entram tanto na composição das virtudes como os venenos na dos remédios.

Podemos responder criativamente ao que experimentamos como privação na vida e nos tornarmos ricos em espírito por termos conhecido o desafio.

Muitas vezes a inteligência é incómoda como uma lamparina no quarto.

Os jovens sempre tiveram um problema: como é que é possível rebelarem-se e enquadrarem-se ao mesmo tempo? Agora parece que o resolveram: desafiando os pais e copiando-se uns aos outros.

A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que um inquilino paga pelo apartamento onde mora.

Vivemos numa época onde nada é tão indispensável como as coisas supérfluas.

Os homens entregam a alma como as mulheres o corpo, por zonas sucessivas e bem defendidas.

Nenhum homem é tão bom como o seu partido o apregoa, nem tão mau como o contrário o representa.

Folgamos com os erros alheios como se eles justificassem os nossos.

O saber não é o absoluto, mas é absoluto como saber.

O homem só se tornará um ser melhor quando mostrardes a ele como é feito.

A vaidade torna-nos tão crédulos como tolos.

A riqueza estraga a inteligência, assim como uma refeição muito pesada cobre de sono até o olho mais vivaz.

A virtude resplandece na adversidade, como o incenso reacende sobre as brasas.