Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

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Fica provado que uma inovação não é necessária quando se torna demasiado difícil implementá-la.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Vive mal quem só vive para si.

Quem viu jamais um médico aproveitar a receita do colega sem lhe tirar ou acrescentar alguma coisa?

Por mim, teria evitado casar até mesmo com a sabedoria, caso ela me quisesse.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

O trabalho é amargo, mas os seus frutos são doces e aprazíveis.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

A glória é o sol dos mortos.

Não construais estátuas aos vossos heróis, é melhor erguer estátuas às vossas vítimas.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.

A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas.

Nada, absolutamente nada resiste ao trabalho.

É mais fácil refutar erros que descobrir verdades.

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...

Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

Os empregos que por intrigas e facções se alcançam, por facções e intrigas se perdem.