Coleção pessoal de wikney
Como posso eu ter calma?
Sendo que o coração que jurou-me ódio, sei que me ama.
A mesma boca que deveria despir só o corpo também despe a alma.
É amor de peito o que deveria ter sido só amor de cama.
Na madrugada não sou eu, é só o lençol, que por ti clama.
Do que me adianta?
Um amor racional e uma paixão insana?
Perdoe-a, pai, pois ela não sabe o que sente, não sabe a quem ama.
Ela sabe que, a cada toque, meu nome ela chama.
As labaredas, o ardor dessa paixão, o meu ser inflama.
Amá-la transformou-se em blasfêmia.
Nessa cacimba de amarguras, morro e vivo um dilema.
E vivendo tudo isso, como posso eu ter calma?
Azar no jogo, no jogo do amor.
Eu achava que era má sorte, mas hoje agradeço ao acaso, nosso eterno senhor.
Ainda bem que o carro enguiçou.
O ônibus não passou.
Preso em uma cobertura qualquer, ainda bem que a chuva aumentou.
Obrigado, acaso, ainda bem que meu celular descarregou.
Se tivesse tudo dado certo, tudo teria dado errado; parvo fui, parvo sou.
Eu teria conseguido te dizer algo perturbador.
Teria me declarado, teria dito que o que sinto é paixão, talvez amor.
Ainda bem que na floricultura, já tinha acabado até o último buquê, até a última flor.
Se tudo tivesse dado certo, eu teria descoberto que no seu jogo eu sou só mais um jogador.
Falar-me-ia você que ama, mas não eu, o que me causaria tremenda dor.
Antes de tudo, retirei-me do seu tabuleiro, saí derrotado, perdedor.
A paixão é carta que derrota qualquer conquistador.
Mas sou grato aos céus, por ter bastante sorte no acaso, e azar no jogo, no jogo do amor…
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o farfalhar das folhas, o doce e sereno bailar das árvores.
Odeio o bafejar do vento, que me assopra a face.
Odeio o pôr do Sol, cuja beleza sublime me remete a ela, minha beldade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o cantarolar dos pássaros e a balbúrdia da cidade.
Odeio tantas coisas, mas eu odeio mesmo é essa distância, nossa saudade.
Odeio a mentira, mas, por tantas vezes, também odiei a verdade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio ter que me reencontrar todas as vezes em que me perco no castanho dos seus olhos, meu mar de serenidade.
Odeio sua boca, pois, mesmo estando tão perto da minha, a distância que as separa vai daqui até Marte.
Às vezes, odeio amar-te.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio meu corpo, pois quando está deslizando sobre o seu, me queima a pele e an alma arde.
Odeio toda religião, pois fiz somente de ti minha divindade.
Odeio as estrelas e a Lua, porque o brilho e a palidez me lembram suas fases.
E por lembrar-me amiúde de ti, amada minha, é que eu amo o fim de tarde…
Eu viajei no tempo para proteger ela.
Chamei-a de meu amor, doce anjo, Cinderela.
Minha miragem, felicidade, minha aquarela.
Pinta minha vida com seu sorriso, como em tela.
Infelizmente, a vida em qualquer tempo é só mazela.
Pr'outro amor, ela desviou os olhos dela.
Infinito é o tempo, e o amor dela por mim, só quirela.
O amor é libertador; o amar, uma cela.
Sua ausência criou um cortejo onde era festa.
Lembro-me que meu passado era o nosso presente, e eu planejava um futuro com ela.
Hoje, não importa em qual tempo, cada minuto se rebela.
Quando lembro de nós, do que poderíamos ter sido, o relógio da minha vida congela.
O passado fora tão bom, o presente é amargo e o futuro sem você são só trevas.
Sonho agora em voltar no tempo para amar ela...
Era um amor exíguo.
Amor e ódio? Iguais, ambíguos.
Eu sou aquele tipo de demônio que vislumbra de perto as portas do paraíso.
Só me existe escuridão se a sua luz não está comigo.
O que era oceano hoje são só resquícios.
Pingos de chuva na pequena poça de prazer, onde fora um mar vivo.
Vivo, muito bem vivido, sou vívido.
Sem ti, sobrevivo.
O toque dos nosso lábios seria a minha felicidade, mas é só delírio.
Viver com as lembranças de ti é um martírio.
Rogo a Deus, à morte já fiz um pedido.
Mate em meu ser esse amor finito.
Livrai-me, Criador, daquele amor exíguo...
Chega a ser cômica a indignação delas.
O que posso eu fazer, se amo é ela?
À ela, ofereço um universo; a estas, fragmentos, quirela.
A vida já teve alegria, hoje são só mazelas.
Hoje é velório, o que outro dia fora festa.
Sua ausência transformou em gris o que um dia foram cores, aquarela.
Os sonhos da chuva de arroz, o arremesso do seu buquê, ainda infectam minha mente, como bactérias.
O branco do vestido antagoniza o negror do meu luto, parece-me, drenou a minha resiliência.
Desalento, mau agouro, infelizmente fiz do teu abraço a minha residência.
Outros amores? Parcimônia.
Pinto nosso futuro, como um pintor, em uma tela.
Seu amor é prisão, frio, como uma cela.
É engraçado, quando me recordo de tudo que já fiz para ser dela.
Mas cômico mesmo é a indignação delas.
O que posso eu fazer, se amo é ela?
"Quando o amor não mata, a lembrança do amar, o faz.
É a lembrança do nosso quase amor, que me faz querer-te, cada dia mais.
Eu já tentei de tudo, mas mesmo o tudo, parece ineficaz.
Cada gota de chuva, cada brisa do vento, até mesmo das folhas, cada farfalhar, me trazem as memórias de dias atrás.
Sou criminoso por tentar matar esse amor, mas o sou ainda mais, por te amar demais.
Cada pouco desse amor, que morre em mim, um pouco do meu eu, com ele jaz.
Infelizmente ele é capaz de renascer, o que o meu é incapaz.
Meu coração tornou-se um campo de batalha, agora só existe guerra, onde eu mataria pra existir paz.
São as recordações, que incendeiam a alma e o peito deste jovem rapaz.
Morrendo a cada dia, eu percebi que; Quando o amor não mata, a ausência do amar, o faz..."
"Hoje, em sonho, um estranho me disse algo, que me trouxe uma tristeza desenfreada.
Como em morte, em um outro mundo, eu acordara.
Disse-me ele: 'Que naquele mundo, cada hora, equivalia a um pulsar, do coração da amada.'
Me disse também, que poderia passar ali mil anos, ela e eu, jamais seríamos uma só alma.
Até então o sonho, transformado em pesadelo, só me fazia querer voltar pra casa.
Voltar pra realidade, para a vã esperança, de tê-la em meus braços, embalada.
Me perdi na beleza daquele lugar, entre as árvores, o perfume das flores e o verdejar das matas.
Em um piscar de olhos, estava eu, em casa; trêmulo, embebido em suor e os olhos cheios de lágrimas.
A cama vazia, minha pele fria, e em meu peito, o desespero gritava sua falta.
Percebi que aquele sonho, fora mais real do que eu esperava.
Era verdade; cada batida daquele coração, um dia me confidenciara.
Que poderia eu ser porto, abrigo, contra as mazelas desta vida desgraçada.
Mas não importa o que eu fosse, ela jamais seria a minh'amada.
Era certo, nessa vida, jamais seríamos uma só alma..."
"A nós homens, não existe dor incurável.
Dor de amor, a dor do luto, com o auxílio do tempo, tudo é curável.
Somente a saudade, nos é irrefreável.
Quando em saudade, o todo, nos é totalmente instável.
A tristeza é inenarrável.
O tempo, inexorável.
Mas a beleza daquela mulher, inefável.
Eu sou um poço de amarguras, cada ferimento, cada cicatriz; incurável.
Ela é poço, e minha sede, insaciável.
Meu leitor percebe, que meu amor por ela, é algo notável.
Aos amores e casais deste obsoleto mundo, é invejável.
Amenizo minha dor com cada momento, que tornou-se memorável.
Agradeço ao Deus, por fazer não existir, a nós homens, dor incurável..."
"Se a perfeição fosse um pecado, eu seria o mais pecador dos homens; não por ser perfeito, mas por venerar-te, seu nome.
Por um beijo seu, eu daria fama, riqueza, renome.
Até a minha vida, e se não bastasse, a vida de qualquer outro homem.
Sou louco por amá-la, mas da minha insanidade, aquela beleza é a fonte.
O que posso fazer? Se o pôr do Sol, lembra sua beleza, ao longe.
És tu, meu horizonte.
Só enxergo você, quando clamo por seu amor na madrugada, é você minha deusa, dona do meu ser, meu coração na sua estante.
Eu queria uma eternidade com você, mas pra mim, já basta um único instante.
Meu coração é um infante.
Lembrar-lhe é um infarto, fulminante.
Os lampejos de nós dois, em minha memória, é algo incessante.
Correrei atrás de ti, mesmo que me canse.
Por você, abdicaria do paraíso e rastejaria por todo o inferno de Dante.
Mergulharia no mar das incertezas, velejaria no oceano do tempo, entre o depois e o antes.
Tens a riqueza de ouro, pérolas, do mundo, todos os diamantes.
Eu sou um pecador, não pelo pecado em si, mas por venerar-te como divindade, louvar como Deus, o seu nome..."
"O que será de você, depois d'eu?
Quem há de curar-lhe as feridas, quando for-me eu?
Tu me abandonastes, e das feridas que me causara; a saudade, foi a que mais doeu.
Eu sou de ninguém, as vezes sou do mundo, mais eu queria mesmo, era ser seu.
Eu peço, rogo, imploro, por uma eternidade contigo, para Deus.
Essa nossa distância, me faz ateu.
Depois do fim, o que será de ti, o que será d'eu?
O nosso início nunca existiu, e já encontrou um fim, infelizmente morreu.
Enterrado no cemitério da esperança, onde aquele nosso sonho, aquela nossa felicidade, jazeu.
Quisera eu, que em meu leito de morte, houvesse a luz de uma outra vida contigo, mas é só breu.
Eu já não me pergunto o que existe após o jazer, a minha única indagação é: O que será de você, depois d'eu?"
"Eu adoro quando meu corpo cansa sob ti, e minha boca repousa sobre você.
A geometria que nos une, faz a lógica do universo tremer.
Quando nós dois, somos um só ser.
Não quero ser mais eu, quero ser nós, quero ser você.
Minha religião morena, o doce dos teus lábios é o único Deus que eu quero crer.
O que posso fazer?
Já não vislumbro um futuro, pois minha vida é contigo, só isso que posso ver.
O cansaço que me abate, revigora minh'alma, naquela noite de prazer.
A minha realidade, se torna lampejos desse querer.
Resquícios de você.
Deusa do meu ser.
Meu corpo fatigado, descansa sobre ti; enquanto minha boca, repousa sobre você..."
"Eu não sou um homem erudito.
Não me debrucei sobre Machado, Zé de Alencar, Drummond ou Conceição Evaristo.
Eu só sinto.
Sinto tanto, sinto coisas que, se não externadas de alguma forma, matariam-me em um suspiro.
São só suplícios.
As vezes são súplicas por um amor que, sei que está morto, mas ao meu eu, é um Deus vivo.
Ressurreto, como o próprio Cristo.
Eu só sinto.
Sinto muito por ela não ver-me como eu a vejo, sinto por ela não compartilhar do meu delírio.
Ao leitor sou devaneios, loucuras, fantasias, mas todo aquele que me conhece sabe; sou sucinto.
Sou sozinho.
E não somos todos nós? Uns mais que outros, quando a carne, sempre acompanhada, não encontra em outra alma, um abrigo.
Quisera eu, que as lembranças passassem, como as águas serenas, do Velho Chico.
Lembro-me dos versos do grande Vercillo.
Quando em nosso abraço se fez um Ciclo.
E eu só sinto.
Sinto por não ser o que ela queria, não ser o sonho dela, não ser dela pela eternidade e não sair desse labirinto.
Talvez um dia, quando eu for só um espírito.
Quando eu for um poliglota da carne, e saber ler as curvas da beldade que é aquele corpo, como um papiro.
Ou talvez, quando eu for um sábio, letrado, talvez de posses, um homem rico.
Quiçá, talvez, quando eu for um homem erudito..."
"Eu marco as batidas.
A cada beijo, a cada toque, eu sinalizo a minha despedida.
É minha ida.
Meu coração erra as batidas.
Será loucura, desejo, hipocrisia?
Era fantasia.
E eu marco as batidas.
Pra ter um momento ao seu lado mulher, eu daria mil vidas.
O que sou eu sem você? Tento fujir desse amor, mas estou em um labirinto, sem saída.
És tu meu ar, es tu meu Sol, amada minha.
Eu não fui, e se fosse voçê, eu não iria.
Lembro daquele nosso abraço; Ah mulher! Como minh'alma sorrira.
Sua ausência agride minha sanidade, e eu marco as batidas.
Do que me adianta o calor de outros corpos, se em sua ausência, eu sou só uma tarde fria?
Eu tentei, esperei, nosso amor não deu frutos, não teve saída.
Tampouco, despedida.
Esperanças de nós dois? Leviandade minha.
No calendário do meu coração, noto sua ausência, e venho marcando os anos, meses e dias.
E a cada palpitar do meu algoz, longe do teu ser, eu marco as batidas..."
"De qual delas, tu fazes parte?
Daquelas que pagariam todo o preço mundano por minha companhia, ou aquelas que matariam, para ter comigo, um simples fim de tarde?
Não valho muito, quase nada, é verdade.
Mas aos olhos destas, sou diamante, raridade.
O meu preço é intrínseco, a destas, a insanidade.
Mas meu valor é imensurável, quando em qualidade.
Imensurável também é àquela saudade.
Sou poço, poesia, loucura, verdades.
Sou aquele que te refresca a pele, quando o calor dos nossos corpos, nos arde.
Cada beijo, cada toque, no aveludar da pele, causa arrepios, e é aí onde o desejo nasce.
Nasce como um rio, de uma pura nascente, onde toda a violência do amor, se torna um regato suave.
O riacho leva a clareza da minha mente, e sou só indagação, não passo dessa fase.
Pergunto-me, de qual delas tu fazes parte?
Será que abriria mão de um momento de alegria, por uma eternidade de felicidade?
Do que adiantaria? Lembrar-me-ia, a cada fim de tarde.
Mesmo que se case.
Sou eu, sua felicidade.
Minha alegria morre, onde o sol nasce.
De qual delas tu fazes parte?
Daquelas que matariam por minha companhia, ou aquelas que morreriam em minha saudade?"
"Chovia, chovia, chovia, como nunca antes chovera, chovia.
O céu, com sua face escura, fitava-me os olhos e rugia.
Os raios que rasgavam o céu, era como sua ida, que rasgara a minha alegria.
Cada relâmpago que eu vejo, me traz um lampejo do meu eu, embebido no seu beijo, ébrio de suas carícias.
Chovia, e aquela chuva me causava arrepios, e como a sua, deixava-me a pele fria.
Nem um raio de luz, o Sol, inspirado em ti, do meu eu se escondia.
A mim, não sorria.
As lágrimas do céu, por minha face, escorriam.
Ou eram as águas minhas?
De fato, eu não sabia.
Mas chovia.
E aquela enxurrada, que tudo arrastava, não levou você da minha vida.
Enquanto o céu, as nuvens, quiçá o próprio Deus, choravam a sua ida.
Eu, em um todo de prantos, de ti se despedia.
Um clarão no céu se abrira.
O Sol, ao meu eu, sorria.
Mas quem me lera, quem me ouvira, sabia.
Que em meu âmago, chovia, chovia, chovia, como nunca antes chovera, chovia..."
"Se maldito é o homem que confia em outro homem, então, o que é do homem, que confia em uma mulher?
Poço de desgosto, cacimba de medo, um todo de malmequer.
Não sei o que sou, tampouco, o que ela é.
Sei o que quero; não é o mesmo que ela quer.
Pedi clareza a Deus, mas como obter respostas, se ela é minha religião, se é a ela que professo minha fé?
Nesse jogo de faz de conta, eu faço as vontades dela, e ela, faz o que quer.
Fito seus lábios, em um último olhar de lamento, me despeço, inté.
Trêmulo, por abrir mão da metade do meu eu, mal posso ficar de pé.
Escalei a montanha da sua indiferença, vi que sua beleza era inalcançável, daquela já estou no sopé.
Amar você, é conduzir o veículo da solidão, pela estrada da loucura, a vida anda em marcha ré.
Ré deveria ser ela, por afogar em lágrimas o meu coração, nas suas idas e vindas, de maré.
Maldição minha, ter rogado por um amor nos seus olhos, minha Santa Sé.
Se maldito é o homem que confia em outro homem, então, o que será de mim, que confiou nas falácias de amor, de uma mulher?"
"Ela sonha em ser a minha musa, no escuro do meu quarto.
Pra ela é motivo de orgulho, ver-se em minhas palavras e perceber que inspirou mais uma do Famigerado.
Mas o preço é caro.
O gosto fica na boca e a pele ferve num tom acalorado.
O coração palpita ao ler as leviandades, de um homem apaixonado.
Ela me vê em todos os rostos, ela suspira forte, ao lembrar dos nossos corpos, entrelaçados.
Ela lê o que eu escrevo, me faz de divindade e deseja, uma vez mais, me adorar no escuro do quarto.
Aquela boca, seca e ofegante, antagoniza, aquele delírio de corpo suado.
Ela me vê como prazer, sonho, amante, quiçá namorado.
Eu sou um poço de gratidão, por ter me inspirado.
Mas ela sabe, que no fim, ela e o nosso amor, será só mais uma, do Famigerado..."
"Lembro-me daquela vez em que errei.
Fitei seus olhos, te amei.
Foi a única e a mais dolorosa vez, em que errei.
Tu tratastes meu coração como escravo, eu tratei seu coração feito rei.
Nessa vez, eu errei.
Um sorriso de deusa, não deveria me apaixonar, eu sei.
Mas o que posso fazer, se errei?
O coração é parvo, a mente insana e nós fomos da certeza, a um doloroso talvez.
Eu errei.
Errei nas vezes em que não só despi minha roupa, mas também despi minh'alma, naquela cama de insensatez.
Você ama o erro, então por ti, errei.
Meu peito, implora mais um lampejo dos nossos momentos à minha mente fraca, não hesitei.
Lembrei-me de todas as vezes, em que com a nudez do seu corpo em meus braços, errei..."
"Ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele verdejar.
Aqueles olhos verdes, que me remetiam ao mais belo e profundo mar.
O macio da tez, me causa tortura, ao lembrar.
Deveria tê-lo feito, te pedido pra ficar.
A distância que nos separa, me faz ter o doce do seus lábios, somente no sonhar.
Aqui estou eu e ela está lá.
Longe do seu aconchego, sou sofrimento, longe do seu abraço, não tenho um lar.
Sinto falta do negror dos cabelos, que cobriam-me a alma, naquelas noites de luar.
Eu já não sei o que pensar.
A ausência do vermelho dos teus lábios, me afoga como o mais profundo rio, não posso nadar.
Encontro um suspiro nas lembranças, de outrora, ao lhe beijar.
Recordo-me do olhos verdes, que ao fitarem-me, vieram a calma me roubar.
E eu ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele doce, sereno e profundo, verdejar..."