Coleção pessoal de wikney

21 - 40 do total de 373 pensamentos na coleção de wikney

⁠"As vezes em que tive valor, não fui valorizado.
Amando demais, deixei de ser amado..." - EDSON, Wikney - Reflexões

⁠"Graças a Deus, eu consegui te esquecer.
Já não me recordo mais, quando em nossas brincadeiras, você fazia aquele seu olhar, blasé.
Eu consegui te esquecer.
Já não me lembro mais do seu perfume, meu olfato olvida aquele creme, que presenteei você.
Obrigado Pai, pois consegui esquecer.
Já não lembro mais do nosso primeiro beijo, o primeiro cheiro, me esqueci dos detalhes, que me fez amar você.
Deus, consegui esquecer.
Já não te escrevo mais na madrugada, meu peito já não palpita, ao te ver.
Eu consegui te esquecer.
Ainda bem que já me esqueci, o enlace de nossos corpos, o aveludar da sua tez e o dela em minha boca, o derreter.
Consegui esquecer.
Se foi da minha mente, o negror de cada fio do cabelo, o castanho dos olhos, o sorriso sem jeito e o meu viver.
Arranquei meu próprio coração, pois, cada batida do meu algoz, me lembrava você.
Mas hoje, graças a Deus, cada face, cada farfalhar das folhas, cada brisa do vento, faz com que eu consiga, te esquecer..."

⁠"Amor, não teve festa.
Não houve gingado, não houve seresta.
Não teve festa.
Houve mazela.
Saudade intrínseca, pensamento nela.
Mas, não teve festa.
Houve uma longínqua lembrança, de lágrimas nos olhos e um beijo na testa.
Teve tudo, menos festa.
Teve falsas juras de amor, ilusões de eternidade e de uma vida contigo, falsas promessas.
Sorrisos falsos, para mascarar a minha dor, um todo de infelicidade, de certo, houvera.
Mas, não houve festa.
Você ouviu os boatos, mas não lera a verdade em meus olhos, imperava em meu peito, o seu nome, mal sabia ela.
Vá, pode ir, amargarei em meu âmago, sua ida, a sua ausência.
Na tentativa de matar você em meu ser, me afogarei, aos prantos, faltará adega.
Logo amanhecerei, com um copo vazio, de coração ferido, entorpecido com uma boa bucela.
Mas, lhe garanto, meu amor; não houve, não há e nunca haverá, acerca do seu abandono, festa..."

⁠"Eu, a partir de agora, deixei de ser o tolo.
Ser o parvo, bom moço.
Vou me tornar um Robin Hood de paixões, roubarei corações, que pertencem a outros.
Cansei de tentar acertar, vou esperar de alguém, um erro bobo.
Aguardarei pacientemente, o erro de um namorado, um marido, um noivo.
Roubarei de sua mãos, o seu maior tesouro.
E distribuirei as riquezas, ao meu pobre corpo.
Dói-me na alma, esse tipo de artimanha, mas abriram mão da honradez, então, o melhor dos jogadores, jogará o jogo.
Cansei de perder, eu hei de sagrar-me campeão, de novo.
Enquanto isso, vislumbro a estupidez do povo.
A ingenuidade do bom moço.
O massacre que a sociedade faz conosco.
E, por entre lágrimas e reflexões, decidi: a partir de agora, deixarei de ser o tolo..."

⁠"Perdão, amor, o erro foi meu.
Errei, em ligar de novo, errei em implorar por você, a Deus.
Errei, em dizer adeus.
Sim, meu amor, perdão, erro meu.
Errei, em te amar demais, errei em amá-la, mais do que eu.
Errei, em não tolerar o desdém, a indiferença, o beijo frio, que me ofereceu.
Perdão, amor meu.
O erro não é nosso, o erro é só meu.
Assim, como nosso amor; pois quando do seu abandono, só o coração, desde que lhe escreve, sofreu.
Perdão, meu amor, o erro foi meu.
Falando em coração; há muito, abstive do meu.
Desde o momento do nosso primeiro olhar, este lhe pertenceu.
Hoje, percebo; não obtive o seu.
Mas, peço-lhe perdão, amor meu.
Perdoe-me, por desejar-lhe da primeira aurora, até da noite, o último breu.
Realmente; reflexivo na madrugada, percebo: o erro foi meu.
Errei, em fazer de ti, a minha religião, eu deveria ter morrido ateu.
Errei, em tentar matar o nosso amor, eu deveria ter matado o meu.
Ter matado eu.
Por te amar demais, assumo o fardo da culpa, vá em paz, deixe comigo, o inferno da culpa e o paraíso dos sonhos, que um dia me prometeu.
Perdão, meu amor, assumo: o erro, foi meu..."

⁠"Às vezes, o homem tem vontade de nunca acordar.
Não pela morte em si, mas pela vida e alegria, que existe em sonhos, que mil anos de realidade, jamais trará.
Em meus sonhos, sei bem o que há.
É ela, ela que sempre está lá.
Com um sorriso de incendiar a alma, de lábios vermelhos e cabelo preto, a me esperar.
Por vezes, no meio da noite, desperto atônito, suando frio, sem ar.
Algumas vezes, busco-a em meio aos lençóis e ela não está lá.
Outras, desperto com os olhos inundados, à lacrimejar.
Meu pranto, minha mazela, é sempre pelo mesmo motivo, amaldiçoo o meu despertar.
Minha realidade é maldita, porquê ela não está lá.
Não consigo, ela, encontrar.
Então, deito de novo, rogando para retornar ao doce sonho, desejando, assim, jamais acordar..."

⁠"A maior maldição humana, é esquecer coisas que, se possível, teriam sido eternizadas, em um único momento.
Eu odeio nossa materialidade, eu odeio o tempo..." - EDSON, Wikney - Reflexões

⁠"Eu já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face.
Me ame, meu amor, rogo para que esse louco amor, não me mate.
Essa doença me faz bem, tudo bem; não se vá, mas se for, já vai tarde.
Tarde demais para as lágrimas; muito cedo pra saudade.
Busco conforto em cada esquina da cidade.
Tento encontrar-lhe.
No cheiro das flores, na calmaria dos parques.
No bailar de cada árvore.
Nos semáforos, nos prédios, no cinza céu, nas mesas dos bares.
Não passa, aquele nosso amor, que jurei ao meu eu, ser só uma fase.
Deus, que fase!
Eu queria que a saudade fosse aquele tipo de lâmina, que não rasgasse a alma, somente a carne.
Queria que, ao sentir seu cheiro no vento, aquela antiga ferida, não sangrasse.
Me acostumo com a dor, pois já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face..."

⁠"Sei, que não seremos um paraíso, sei que teremos nossas brigas.
Sei, que venero uma imagem imaculada de perfeição sua, D...; que não existe, sei, digo-lhe que sei, sei que não és perfeita.
Mas só Deus sabe, amada minha, somente o Deus, sobre os céus, sabe, D..., o que eu daria, o que eu faria, pra viver cada dia da minha vida, com cada defeito seu.
Talvez, o defeito seja eu.
Nosso amor, só meu.
O que sei? Sou seu.
Roguei aos céus, por seu amor; ele não veio, então, matei Deus.
Me mate Deus.
Perdão, amada, mas em meus devaneios, em meus desabafos, há muito, que a razão se perdeu.
Se te assusto, com minhas palavras, perdão, de novo.
São só palavras de um amante, de amor, de um louco.
Hoje, lhe escrevo, D..., para que não se vá, na tentativa de fazer com que eu viva, nem que seja por mais um dia, de novo.
Mas caso, tu não me revivas, meu amor; morrerei em nossas memórias, em nossas fantasias, com prazer, inenarrável gosto..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Carta da Primeira Ausência

⁠"Hoje, sonhei com nós três.
Sob um céu estrelado, éramos só você, eu e a nudez.
Acordei com seu gosto na boca, de corpo suado, e nas mãos, ainda era capaz de sentir o seu arrepio ao toque e o aveludar, da sua tez.
Esse sonho, certeza que hei de superar; isso, se já, não o superei.
Não sou capaz, de superar o sonho de outrora, onde novamente, éramos três.
Você, eu e em seus braços, o nosso filho, com pouco menos de um mês.
A imagem de ti, de lágrimas nos olhos, com minha vida em seus braços e o choro inocente, retumbam em minh'alma e acordo em prantos, já não me pertenço, o que você fez?
O pior pesadelo de um homem, são os sonhos que ele não é capaz de realizar, a pior parte é saber, que tais sonhos, vieram e virão na noite, uma, outra e mais uma vez.
Sonhar sonhos impossíveis, é a prova cabal; tenho pouco ou nada, de sensatez.
Hoje, sonhei que realizava, aquele nosso sonho, de nós três..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, Sonhos Impossíveis

⁠"Bailei só, à beira mar.
Éramos apenas eu, as lembranças de nós e a fogueira fraca, à crepitar.
Bailei só, à beira mar.
Bailei, mas eu queria mesmo, era estar contigo, a amar.
Bailei só, à beira mar.
O tempo urgia, e a brisa leve, me trazia as lembranças de ti e minh'alma insistia, em me maltratar.
Bailei só, à beira mar.
Roguei perdão ao Deus, pelo bailar; em meu âmago, só ele sabia, que eu queria mesmo, era me afogar.
Nas ondas, me lançar.
Na vã esperança, de que as lembranças de nós, elas pudessem levar.
De súbito, senti em minha face, uma lágrima rolar.
Recordei que éramos um, éramos nós, um só sonhar.
Bailei só, à beira mar.
Não sei o porquê, mas a Lua parece assustada, pálida, parece-me chorar.
Lembrou-me, o da face daquela, o corar.
Talvez ela saiba que, vou-me agora, para nunca mais voltar.
Será que os anjos, hão de cantar?
Que as águas do céu e o céu das águas, possam testemunhar.
Que o fundo do oceano, seja meu novo lar.
E que em minha nova morada, eu nunca mais baile só, à beira mar..."

⁠"Invejo, todo amante que diz.
'Restou-me apenas, a cicatriz.'
A ferida, ainda aberta em meu peito, é o que me deixa por um triz.
Refém de um coração lacaio, vítima de uma indiferença atroz, pergunto: O que eu fiz?
Fui porto seguro, pra um sentimento naufragado, fervoroso amante e ela; atriz.
Infelizmente, a nossa história, não fora escrita em lousa; onde, com um simples sopro, faria esvoaçar as lembranças, as dores, o giz.
Se fora com o vento, levou-me as cores, tornei-me gris.
Eu fui o que você precisava; você, foi o que quis.
Não me amava, nunca amou; o que ela ama é ser infeliz.
Rogo para que o Pai, cure-me tal ferida, me poupe desse sangrar e me permita ser, apenas, mais um amante que diz.
'Daquela ferida, restou-me apenas, a cicatriz.'..."

⁠"Às vezes, me pego de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Antes, eu o fazia para lembrar-lhe; hoje, o faço, para segurar o pranto.
Evitar que a lágrima role por minha face e regue o ódio, que traz o abandono.
Não me restara nada, eu sabia, não deveria ter me dado tanto.
Erro meu, por ter feito de ti, da minha vida, acanto.
'Ela me ama.': Dizia eu, tolo por demais, ledo engano.
Ainda sinto seu cheiro no vento, vejo seu rosto em cada face e ouço sua voz, em todo canto.
Até mesmo, em dos pássaros, o canto.
Talvez, o meu erro, tenha sido ser, demasiado franco.
Toda vez, que eu fazia você entender, que a minha existência residia em seu beijo, eu já previa o meu pranto.
Rogo pra esquecer-lhe, mas, me pego sempre, de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Tentando, em vão, segurar o pranto..."

⁠"Me afasto, mas espero te ver ao longe, de novo.
Mais um sorriso tímido, um aperto de mão, um olhar bobo.
Imploro Cristo, preencha logo, meu coração, com algo novo.
Já que sobre os céus, em seus complexos planos, não nos planejou, um com o outro.
Não me disseram, que o amor, vem acompanhando com devaneios tolos.
Tristeza e desgosto.
Ela é como santa, eu, apenas um tolo.
Pecador, escravo do pecado, servo do próprio diabo, um louco.
Mas, vislumbrá-la, é o mais próximo que chegarei da salvação, o mais próximo que chegarei do paraíso; estou morto.
Vivo por vê-la; e por não tê-la, morto.
Quero salvá-la, por isso, me afasto, de bom grado, com gosto.
Mas espero, amor meu, te ver ao longe, de novo..."

⁠"Quem nunca traiu, que atire a primeira pedra, eu não atirarei; porquê, deixando de traí-la, à fui fiel, acreditando nela, traí a mim mesmo..."

⁠"Do que adianta o whisky na prateleira, luxuoso, envelhecido?
Se ele não serviu o seu propósito, de ter sido servido.
Viva, ame; mas a si primeiro é o que tenho dito.
Amar dói, não ser amado fere, mas tudo isso, é o que nos dá certeza, de que estamos vivos.
Sou vívido.
Não tenho apenas vivido.
A vida tem suas peripécias, tem um gosto amargo, assim, também, é o mais valioso dos vinhos.
Envelhecido.
Não envelheço, não me permito.
Me torno mais amargo, valioso, com o passar dos dias, a cada solstício.
Sirvo ao meu propósito, de escrever a todo aquele que não fora amado; de coração, desiludido.
Sou um valioso whisky, que não pode ser, empobrecido.
Pois, cumpro o meu propósito, aos de alma triste, como um bom whisky, sirvo o conforto e o amargor, de meus escritos..."

⁠No silêncio, a gente ouve a voz da razão.

⁠"Eu queria, que a nossa história, tivesse sido escrita na areia, à beira mar.
Pra quando as mazelas da vida, abatesse sobre mim, uma leve onda, do meu eu, pudesse te levar.
Queria que as marés, levassem as lembranças de nós dois, levassem o meu amar.
Parece, que estou no fundo desse oceano de indiferença, pois, me falta o ar.
Não posso respirar.
Se fora do meu eu, meu amor, e deixara-me, apenas, o meu amar.
Dor imensurável, creio que nem mesmo, o próprio Deus, possa me curar.
É a famosa dor de amor, dor de amar.
Mas tudo bem, sei que buscará.
Buscará pelos rincões, buscará nos beijos, nos abraços, mas é certo; não me encontrará.
Infelizmente, o que vivemos, vive em meu coração e me tortura, cada batida, cada pulsar.
E que Deus perdoe meu desejo, o meu sonhar.
Mas eu queria, amor meu, que a nossa história, tivesse sido escrita na areia, à beira mar..."

⁠"O mais sortudo dos homens, é aquele, o qual, tu chamas de namorado.
Motivo dos seus sorrisos, dono do seu corpo e servo dos lábios.
Cada lágrima, cada gota de suor, por ele, derramado.
Pai dos seus filhos, dono do seu futuro e mestre do seu passado.
Eu deveria ter lhe amado.
Lhe dominado.
Escrever-nos uma história, pique Jorge Amado.
Acho, que nunca fui amado.
Iludido, desiludido, de certo, decepcionado.
Ele lhe ofereceu uma eternidade de felicidade, eu, pelo contrário.
Fiz de ti, apenas mais uma, do Famigerado.
É triste, ver você se ir, do meu relicário.
Minha joia rara, meu tesouro escondido, pra sempre, guardado.
Mas tudo bem, estou demasiado acostumado.
Ao vê-la ir, da minha existência e deixar-me o peito, despedaçado.
Azar o meu e sorte daquele, o qual, tu chamas, namorado..."

⁠"Eu te amo tanto, mas vc sempre me pede pra parar.
Já não suporto, em meus olhos, ao lhe ver, o lacrimejar.
Fique tranquila, algum dia, D*, eu hei de deixar.
Quando toda água do mar secar.
Quando o Sol se apagar.
É certo, eu deixarei de lhe amar.
Mas, até lá.
Eu hei de lhe amar.
Te venerar.
Como Deus, lhe adorar.
E a todo custo, tentar.
Lhe conquistar.
Contigo, casar.
E se não der, tudo bem.
Eu esperarei, o Sol se apagar e toda água do mar, secar.
E somente nesse dia, eu deixarei de lhe amar..."