Coleção pessoal de teretavares22

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⁠Que a razão se desassombre e a fé na bondade humana possa triunfar.

⁠Prossigo. Colada às asas do silêncio. Não há vitória fora da insistência.

Dia branco. Dia de todo dia. Quanto há de riqueza na pobre alma da arte: essa aprovação afirmativa da vida em que gosto de morar.⁠

⁠O tempo é uma ilusão que a humanidade criou para desanuviar-se do desespero. Só a eternidade existe.

⁠Seguir a intuição e arriscar-se como as aves – talvez assim se caia num recinto amoroso, numa fagulha de paz.

⁠Nada é tudo o que temos.

⁠Ganhar a guerra significa ser capaz mesmo na incapacidade.

⁠Creio que a Natureza não escolhe o que iluminar; simplesmente atua com seus raios aflitivos e infalíveis. Só o homem cru sabe das diásporas.

⁠O tempo é um talvez.

⁠O sorriso nasce no ventre das estrelas para tornar-se pássaro.

⁠⁠Os livros são como pássaros que sonham vagar indefinidamente pelo céu, esquecidos de se curvarem.

⁠A ferida só cicatriza quando é afastada do que a faz ferver.

⁠A arte é um ato de liberdade que se opõem à negação da vida intensiva e à harmonia da alma.

⁠É preciso saber do solo antes de alcançar a amplitude absoluta do céu.

⁠⁠Ler no horizonte a palavra áfona. A voz que emana do vermelho-escuro-amarelo-claro. Desde que seja algo que se move por comover. Que instrua como ver o receptáculo, a inspiração que atua com sua própria força realística, cósmica, necessária porque se dá. Porque acontece. É tarde e um pássaro insone proclama a rebeldia que me ronda. Basta esse olhar.
Essas madeixas de noz. E sentir-te como eu.

⁠Se algum dia disserem que és inútil não acredite. O mundo tem motivos que só a inutilidade conhece.

⁠A tua alma se enamora de ti mesmo quando te tornas inesquecível para alguém.

⁠Natureza morta. Esse conjunto não natural. Esse emaranhado estático e desértico. Crava pedras agudas no azul escasso do céu. Quanta ironia salta dessas flechas nocivas à vida. Quanta evasão nos corações que não batem mais. Anda pelo frio tu que açoitas o carinho das noites. Sem alma. Sem flama. Sem nunca mas ouvir o verde.

⁠Uma verdade, para mim, inescapável: de artistas, talvez, tenhamos apenas a alma. A capacidade de nunca perdermos a magia.

⁠Enquanto eu me pergunto em qual canção estou. Um selvagem brilho reparte o chão macio. Como se reproduzisse o som do mar.