Coleção pessoal de TatianaGraneti

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⁠Dando asas a imaginação,
me rendo a renovação.
Supero qualquer condição,
aceito minha individualidade.
Sinto a paz e seus efeitos.
Reconheço meus defeitos
e a constante volatilidade.
Moldando minhas atitudes,
exerço a plenitude.
Quebro os meus entraves!

⁠A vida não tem fórmulas exatas,
O ser individual é quem transforma.
A gente chega tela em branco,
vamos nos tornando rascunho,
escrevendo o destino à próprio punho.
Forçados pelos acúmulos emocionais.
O ideal é livrar-se das rixas,
finalizar as pendências.
Se conectar a primeira essência,
despertando os nossos poderes ancestrais.

⁠A bondade não necessita da exibição.
Ser do bem é um estilo de vida
e não modismo ou motivo de acessão.
Na prática, ser boa é a possível perfeição.
Por isso eu sempre digo que levo comigo gratidão.
O solo que rego é o mesmo que piso,
uma terra fértil de onde possibilidades brotam
em sua melhor condição.
A qualquer sinal de fertilidade eu floresço,
mas se é de maldade, eu libero perdão.

⁠Há um intervalo entre cruzar os olhares
e as bocas se tocando em um beijo.
Desse momento de espasmos e desejos,
que emanam as vibrações e os arrepios.
É nesse segundo que reside a eternidade.

⁠Primícias do existir

Pra alma singular,
toda verdade é subjetiva.
Se o simples é sofisticação
e a arrogância é primitiva,
a beleza pertence ao interno.
O que a gente externa é brisa.

⁠Os nossos apegos subjugam,
os vícios trazem a repetição.
A rigidez é a prova da nossa humana condição.
Não há falhas no universo,
se os enganos estão na mente
e a histeria em nosso coração.

⁠Perdi a conta de quantas vezes
comprei algo que não precisava
para prestigiar o trabalho de um amigo.
Quantas vezes, quando um amigo em dúvidas
sobre efetuar ou não mudanças em sua vida,
eu simplesmente fui uma das poucas a apoiar.
Na minha cabeça, amigo não é sobre estar, é sobre ser.
Eu posso estar rodeada de gente,
eu posso estar visivelmente conhecida.
Já conheci tantas pessoas pessoalmente,
e hoje não cabem em minha vida.
Não se apegue a elos
que não foram destinados a durar.
Apenas ao que se proponha,
seja de corpo inteiro
sem retorno algum esperar.

⁠A sociedade prega um sistema hipócrita,
cuja sinceridade é usada
no que lhe interessa dizer,
mas é surda para o que merece escutar.

⁠Ando com muita preguiça de sofrer,
não quero ninguém indeciso a porta
impedindo outra entrada.
Eu convido a se retirar
e se possível, ainda ajudo a fazer as malas.
Da pessoa me despeço,
mas a minha elegância não morre por nada.
Retroceder está fora de cogitação.
Estou em um grau de elevação,
que minha busca tem sido por gratidão e paz.
Aliás, eu encontro prazeres na solidão.
Uma leitura, um filme, uma música, um vinho,
qualquer coisa que mereça me deixar acordada.
Mas não passo um minuto lamentando
relações já quebradas

⁠O universo movimenta,
encaixa peças pelo caminho.
De cima se tem a melhor visão.
Apenas seja bom e grato.
Porque o destino quando traçado,
numa rotação, chega a natural direção.

⁠Ser sensível é ter o peito pronto pra ser alvejado.
É amargar decepções, ser frágil em situações.
É deixar a lágrima escorrer frente a quem estiver presente.
É ser consciente de quem não lhe merece um por cento
e nem assim conseguir fechar a torneira do desperdício.
Sensibilidade é uma via de duas mãos,
pode ressignificar tanta coisa, mas pode recorrer em vícios.
Pois emoções mal empregadas podem decorrer em riscos.

⁠Sondando a razão,

eu quase sempre

me curvo a emoção.

Sentir não cabe em palavras!

É deglutir frações inteiras,

de sensibilidade, e arrepios.

É acolher um infinito no peito,

é avançar do que foi pretendido.

Não brota de letras extensas,

mas jorra de intensidade.

É extrair de tudo um pouco,

sem extirpar sua identidade.

⁠Não objetivo pessoas.
Do outro, observo o que apresenta.
Detesto prejulgar.
Me irritam as interferências.
Excessos resultam em tolices.
Palavras boas me fazem leve,
as más me dão aflição.
Sou alguém complexo,
fixo na reflexão.
A vida me converteu a esse estado.
Nas infindáveis alterações
entre razão e emoção flexibilizo,
num infinito ciclo de correções.
Sou de sentir e expressar,
mas sei fazer minhas concessões.

⁠Entre coisas que vivi e senti
de forma torta e torpe
e mentiras servidas frias
por palavras geralmente doces.
Conflitos que deram
em decisões equivocadas.
A visão deturpada
a inverter o destino.
Meu olhar desviado,
uma mente em incógnita.
O amor cancelado
registrado na memória.
Excessos de reflexões
e fases incompreendidas.
As voltas buscando risos
num cenário sem alegria.
O contato com os sentidos
pra restaurar o autoamor.
Resgatar o próprio viço
e cessar qualquer dor.
Cortar toda impulsividade
e os apelos do inconsciente.
Pra se dedicar a jornada
e atuar no presente.

⁠Guardo de nós
a parte do despertar dos corações
e o envolvimento explícito das emoções.
As semelhanças nos obrigando a encarar defeitos.
Os sussurros delicados
e as frases de efeito.
Manhãs prolongadas na saudade que ardia,
nuvens densas de fantasias
lotadas de expectativas vãs.
Uma mente abarrotada de incertezas!
Olhos fechados a imaginar o seu rosto,
as mãos a desejar o toque, o cheiro
e a boca inventando o gosto.
Romantizar um cenário,
prazeres nunca antes vividos.
Nossos corpos entrelaçados,
um acelerar dos batimentos cardíacos.
A paixão desorbitando do controle,
o ápice do nosso libido.
A coisa mais livre, leve e solta
é o que me permiti contigo.

⁠Ela é um milhão de seres
advinda de um.
É de transbordar amor,
tem antídoto para a própria dor.
Pulsa intensas emoções
e agudas sensações.
De tudo extrai o sentido,
de nada desfaz o excesso.
Ela descortina os véus do medo,
se tranca em seus segredos,
no cárcere interior.
Seus pés passeiam no infinito,
pode intuir seu destino.
Carrega uma quimera no olhar
e nada quer recear.

⁠Talvez não tenha significado nada,
já que se tornou ausência.
Foi fraco, menos que tudo,
raso e sem consistência.
Saciou apenas o corpo,
mas a alma seguiu em abstinência.
Não foi alimento suficiente,
nem mereceu esforço ou presença.
Então, se é pra diminuir o estrago,
eu ignoro a existência.

⁠Dou menos atenção ao sofrimento,
decepção eu lamento,
mas não deixo durar.
Dotada de sexto sentido e clarividência,
enxergo evidências e nada deixo passar.
Eu sou de poucas certezas,
mas de suspeitas legítimas e coerentes.
Vivo cercada do meu oposto,
me agrada o diferente.
Conectada com o que me inspira,
isso é minha autodefinição.
Minha defesa é o desligamento,
pronta ao corte de emoção.
Amo metamorfoses diárias,
necessito da dopamina.
Vivo cíclicos momentos,
prendo-me ao que me fascina.
Aquilo que me corta por dentro,
eu mato pela raiz.
De atitudes contidas, delicada por essência,
alegre por insistência e sempre leve na consciência.
Pratico na vida a lei do bem me quero,
sem o mal querer para ninguém.
E não preciso me justificar,
minhas atitudes traduzem bem.
Sou vida e morte, azar e sorte, intensa e forte.

⁠Ciúmes e indiferença
me obrigam devolução.
O meu incentivo
é a reciprocidade.
Evite sucessões de jogos
pois zero totalmente o contato.
Não aceito maiores impactos,
nem me agradam as frustrações!
Não entro em lutas, nem disputas,
eu fecho inteiro meu céu.
Essa coisa de calar o que senti,
te faz igualmente desinteressante,
e eu desestimulada fico mais distante.
Sou bastante tolerante, mas não persigo
o que me causa escassez.
Tenho teorias sobre a vida, e uma forma advertida de tentar escapar.
Permito ao outro seus arrependimentos, e a mim ordeno desprender. Me rendo a tudo o que sinto, e calada começo a transcender.

⁠Você chegou do nada
e tornou-se tudo de repente.
Horas de trocas e risadas,
a inexplicável chama ardente.
Foi tão fácil perceber
a mudança interior.
Uma coisa inegável
as doses fortes de amor.
Do nada a coisa toda obscurecida,
a paixão em interrogação.
O corte na ponta da lâmina,
alterando totalmente a direção.
Um vácuo no chão aberto,
uma montanha tapando o infinito,
o arco-íris afastado do céu,
os tons de cinza esquisitos.
As fontes secas,
as flores sem coloração.
O que nos transformavam em um, nos quebrando em mais de um milhão.