Coleção pessoal de SELDA28

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Quando chega a longevidade só nos restam o consolo
Deste tempo cruel onde se deleitam os tolos
E deste funesto só nos sobram entulhos de células mortas
Sem nos dar tempo de vencer estes acalentos

Tentar acertar é um dever dos sábios
Que correm atentamente contra este lobo
Que te devoras sem deixar-te tempo para recompor-se

Há outro lado da vida
Que talvez possamos nos encontrar
Lá existem todas as portas de saídas e entradas
Que possa nos separar ou nos unir para o resto de nossas vidas

Há uma porta nos esperando
Um de nós dois terá de abrir
O mais corajoso talvez
Porque o vento nos afastou
Trancou nossos corações
Sem nos dar chances de acertar.

Não quero te esquecer

Não quero te esquecer
Porque te amei fora do meu tempo
Meu juízo em sinal de alerta piscava
Peguei o trem sem noção da hora
Desci numa estrada de porteiras fechadas
Vi-me em risco neste discernimento
Retornei meus passos neste contratempo

Deito-me no teu paraíso sem prejuízo
E faço-me sua mulher com convicção
Em prosas versos e performances
Confidenciamos nossa cama sem intercessão

Já convivi com tantas mentiras
Que hoje já não as suporto mais
Quando deparamos com embromações
Ignoramos todas e quaisquer explicações

Passaram tantos anos!
Ainda não te esqueci
Porque não quero te esquecer
Lembrar-te já me basta.

Seu raciocínio é fraco
Seu autocontrole é como pena
O vento passa e logo te depena.

Não penso ser melhor ou pior que você
Mas meu raciocínio supera suas superações
dentro de suas supostas suposições.

Vai para tua casa
Encoste-se no teu travesseiro
Organize seu calendário
E dê um passo de cada vez.

Tudo que vai,volta em revalidação aos acertos da vida
Como a mentira tem pernas curtas, lava-se toda roupa suja extorquida
E quando a casa cai só sobram os entulhos e as lambujas

MENTIRAS

A gente vai descobrindo e se decepcionando
Não permitindo que os mesmos erros se repitam
Não há nada pior que conviver com pessoas mentirosas
Elas nos jogan num buraco das mais ardilosas desilusões

Cabeça dura vai batendo até estrangular-se
Porque não soube somar e nem tampouco diminuir
Esfregou-se, lambuzou e se estacou aqui, sem ter aonde ir

Bendito sejam nossos neurônios
Quando são bem resolvidos e sabem contar
Encontrando resultados exatos em suas matemáticas confusas

Sorte tem quem se assume
Humildade tem que se autoriza
Verdade em verdade lhe digo
Você é bem melhor do que eu.

Rancho na colina

Lá no alto da colina
Há um rancho, meu apego, meu descanso
Felicidade que fascina e não tem preço
Nas labutas e no silêncio do meu berço

Um olhar vira aliança
Um cantar nos traz lembranças
Dos amores que vivi nas minhas meras andanças
E dos que perdi nas minhas infrenes lambanças

No meu rancho há simétricas cantarolas
Eu,uma viola e meus pássaros sem gaiola
Bem unidos num Dó. Ré.Mi.Fá.Sol.Lá.Si

Deus dos altos nos contemplam
Desce os anjos com suas flautas e se ambientam
Bem unidos, bem amigos e bem irmãos.

Tenho medo !

Pensei um dia, poder vencer meu medo
Encolhi-me, deixei a vida passar
O medo sempre ali
Ocupava meu espaço, me açoitava
Sem me dar tempo de pensar em mim

Pensei até ser mais forte que ele
Mas não era bem assim
Era fraca, sem versão ou coragem me eximia

Já tentei várias vezes pular em cima desta maresia
Quando olhava de lado, meus braços eram fracos
Minha mente se tumultuava,
me embrulhava junto ao meu amigo travesseiro

Sempre tentei lutar contra ti, em vão
Tenho medo!
Medo de mim...
Medo da vida...
Medo da morte..
Medo do tempo...
Medo do homem.

Acomodo meu leito em autocrítica
Porque tenho medo !

Tão estúpido cravo das mentiras
Sujou seus artifícios no mundo dos malditos
Foi expulso do paraíso sem direito a nenhum veredito.

DESILUSÃO

Amor que não resistiu a tantos erros
O que era doce virou tormento sem solução
Nossa era de enganos foi taxada a mentiras
Maltratou meu coração e derrubou minhas emoções

E agora José ?
Ajoelhou,tem que rezar
Escreveu, tem que cumprir
Este é o meu altar