Coleção pessoal de sandro_paschoal_nogueira

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⁠Enche o teu copo...
Bebe o teu vinho...
Enquanto a taça não cai de tuas mãos...

Olhe, por um longo tempo, o céu pontilhado de estrelas...
Enquanto não turvam os olhos teus...

Abre a tua janela de par em par...
Lá fora, observe, a vida canta enquanto a brisa sussurra...
E te chama a compartilhar...

Transforme numa eternidade o teu rápido instante de alegria...

Ame...
Chore...
Sorria...
Grite...
Gire...
Crie seus caminhos com as plantas de teus pés...

Sonhe...
Você pode...
Enquanto tremula ainda...
A luz de algum clarão...

Paschoal Nogueira

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⁠#CASTIGO

Embora o mundo me condene...
Quero emprestar meu peito à madrugada...
E muito amar...
Sob a luz prateada...

Espio sem um ai...
Minha sombra nas esquinas...
E nos ventos...

Onde seus olhos estão?
Não estão a minha procura...
Tento acalmar minha loucura...
Nenhuma razão para tanto amar...

Esperar dessa maneira...
Numa cidade deserta...
Tanto sentimento...
Para coisa nenhuma?

Mas o que serve a verdade?
Não, já não me interessa promessas...
Para quem ama e muito espera...

Quem me dará os meus anos, se os perdi?

Sigo só...
Abraçado pelo frio...
Porém não vejo...
Mais que o desejo de lhe encontrar...

E seu eu morrer antes disso...
Não verei a lua mais de perto...
Isso é meu castigo...
Que o amor me dá...

Paschoal Nogueira

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⁠#ESTRANGEIRO

Por mais que ande...
Não sei para onde sigo...
Minha vida vivo...
Em ouro e em vincos...
Deito-me e brinco...

Passo entre visões de cadafalsos...
De zombarias ouvidas à madrugada...
Injúrias relacionadas...
Almas tardas...
Almas abastadas...

Confidenciam-me às estrelas...
Por mim, são amadas...
Companheiras...
Em solitária jornada...

Meu jardim há flores no ar...
Que dancam ao léu nas brisas sob o luar...
Desfazendo no sereno...
Antes do arrebol chegar...

E vou cambaleando...
Expiando crimes que não cometi em tempos dantes...
Os esqueço...
Não os levo comigo...
Sigo adiante...

Haverá outra fortuna a minha espera?
Ou quem sabe um purgatório se revelará?

Tenho a impressão de ter apenas uma direção a seguir...
Sempre à frente...
Sem o mal fazer-se presente...
E eu o sentir...

Ver a vida passar às vezes faz-me tédio...

Anseio a um lugar que me abrigue do meu frio...
Apenas peço...
Sem dobrar os joelhos...

Nada sei...
Nem para onde irei...
Restará apenas o desterro?

Hoje, afinal, não sou senão daqui...
Muito embora não me entendas...
Sou na vida passageiro...
De mim mesmo...
Um estrangeiro...

Paschoal Nogueira

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⁠#URGÊNCIAS

Bem sei que, muitas vezes temos que adiar algo...
Adiar a esperança...
Adiar os sonhos desejados...

Mas para quem tem um coração urgente...
Na espera latente...
Na sofreguidão da alma vivente...
Não compreende a brevidade...

Tudo vira uma eternidade...
E nessa sufocante necessidade...
Na ânsia reclamada...
No que não soube aguardar...
O momento se perde...
E não há como voltar...

Ah...
Como é dolorosa a urgência...
No peito a soluçar...
Tudo passa...
Mas não anda...
No desejo de se entregar...

No esperar com esperança...
Eis o segredo de se amar...

Paschoal Nogueira

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⁠#Outros

Presente as estrelas...
Na esquiva madrugada...
Embora o mundo me condene...
Devo sonhar...

Consciência solta pelo vento...
Minha loucura veste galochas...
E brinca com as faíscas nas tormentas...

Prenúncio de acontecimentos...
Nas demoras...
Nada digo...
Resta-me apenas o silêncio...

Acreditei que se amasse de novo esqueceria os outros...
Enganei -me...
Hoje amo a ti...
E também aos outros rostos...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠#DEUS #NU

Vaidade das vaidades...
Viver de aplausos...
Quem diria...
Que em sua louca fantasia...
Teria mais loucos a querer um dia...

Ergo a taça vazia...
Saúdo a sua insanidade...
A tumba que lhe espera...
Abrirá a boca faminta...
Ofício das horas ardentes...
Até a fatídica hora chegada...

Embriaga-se em falso orgulho...
Enquanto a multidão feroz arrota falsas alegrias...
Sob a lua escondida...
Sobre as pedras em noites frias...

De que lhe vale a contenda?
Um vulto na mortalha vazia...
De que lhe vale banhar-se no ódio...
Soberbo e cego tocando a ferida...
Em horas mortas de nostalgia...

Proferes uma tormenta de palavras...
Na espessa noite que lhe abraças...
No íntimo sabes que não dizes és nada...

Amado...
Invejado...
Não compreendo mas sei que és...
Tolos que se enganam...
Sabes bem e bem no fundo...
Que és um deus desnudo...
Mas não o culpo...
Assim é o mundo.

Paschoal Nogueira

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⁠#LUZ #PERDIDA

Tu ris de minha alma...
Censura meu ardor...
Mas por ti carrego..
Um grande amor...

O destino da gente...
Quem sabe aonde nos levará...
Ninguém prevê...
Quantas voltas o mundo dará...

Hoje tu me recliminas...
Esconde de mim teus olhos...
Peço que o amanhã não chegues...
Quando terás só meus abrolhos...

Duvido que alguém no mundo...
Tenha tanta vontade de te ter...
Tristeza maior na vida...
É os sonhos perder...

Mas, olha a vida...
Deixe ela correr...
Chegará o meu dia...
Que deixarei de por ti sofrer...

Deus de ninguém se esquece...
Passa o tempo e algo sempre permanece...
De ti terei saudades...
De mim nada mais terá...
Seguirei feliz adiante...
Como pássaro livre a voar...
Da luz deste olhar tristonho...
Nunca mais tu terás...

Paschoal Nogueira

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⁠#CAMINHO

Caminho, cade você?
Caminho, quero passar...
Caminho, se não responde...
Vou já pra outro lugar...

Um bicho quer me prender...
Um bicho quer me caçar...
Um bicho quer me comer...
É onça...
É jaguar....

Caminho...
Que vem ...
Caminho...
Que vão...
Quem adiante se esconde querendo meu coração?

É mistério é segredo...
É muito mais...
Diga...
Você me conhece?
Ou serei sua diversão?

Onça...
Quem foi que te pintou?
Quem te colocou o preto?
Quem te amarelou?
Quem te disse que sou bom de comer?

Os caminhos mudam com o tempo...
E só o tempo muda um coração...

A saga...
A sina...
Das noites perdidas...
Nada é distante...
Para mim no caminho...
Para a onça adiante...

Caminho, cade você?
Se não me responde...
Escolho outro...
Vou fugir de você...
Antes da onça me comer...
Antes de ser diversão...
Dessa ilusão...

Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

⁠#LUA

Pergunto ao vento que passa...
E o vento nada me diz...
A porta está aberta...
E meu coração de poeta...
Banha-se com os raios do luar...

Olho pro céu e procuro...
Nesse mundo tão escuro...
Uma fonte de inspiração...
Um singelo sorriso...
Alguém que me dê a mão...

Vida a fora...
Toda paixão qual lua...
Crescente, cheia, radiante...
Chorando na minguante...

Vigio o amor...
Que em mim acanhado...
Silencioso e oculto...
Mas abrindo a porteira...
Será o maior do mundo...

Lua de muitos encantos...
Que enxuga os meus prantos...
Nos caminhos e estradas da vida...
Até quando?

Noites sem sono...
Meu segredo , vou contar...
O poeta se revela...
É você que amo...
E sempre irei amar...

Paschoal Nogueira

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#A #FEITICEIRA

Com meus olhos no horizonte...
Uma sombra surge ao longe...
É mistério...
É sedução...
É um aperto no coração...

O fascínio é a liberdade...
Sonhar é o destino...
Vida doce...
Água pura...
Ir aonde o vento me levar...

Veneno derramado no coração da noite...
Cálice transbordando em beladona...
Que toda embriaguez seja enaltecida...
Como quem estrelas fabrica...

Faz-me seu amante, poeta, louco...
Deixa-me suspirar esse enigma...
Junto-me às labaredas...
Visto-me de luxúria...

E minha alma pura e crua...
Deixa de ser minha...
Torna-se sua...

Por
Paschoal Nogueira
in
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⁠#DESTERRO

Cada verso que escrevo é uma esfinge a ser decifrada...
É um sussurro que o silêncio contradiz...
Do nada para um nada...
Na busca de um segredo...
Que aflorando o peito...
Vaga no deleito...

Arma-se a fogueira...
Fustiguem minha carne...
Cuspam em minha cara...
Invadam o meu corpo...

O tempo será meu aliado...
Levará meu sofrimento...
Fará jus ao que escrevo...
E até quando me mantenho calado...

Motivo de zombaria...
Dos desgraçados...
Por muitos e muitos poucos amado...

E no vento que sopra...
Levantando a poeira...
De costas para o sol então verei...
O fim de uma era...

De que me serve a razão?
Se não existe o que quero?
Desterro e má sina...
No que traço...
Estúpidos são aplaudidos...
Enquanto eu cá...
Em minha sorte...
Apenas sigo...

Sandro Paschoal Nogueira

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⁠#FERA

Em que longínquo abismo...
Em que remotos céus você se esconde?
Enquanto o seu coração de vidro bate...
Ressoa, sem alarde entre os mortais pela eternidade...

O silêncio já não lhe amordaça...
Saltam de seu olhar...
Faíscas e trovoadas...
Sonhos desfeitos...
Um vácuo no peito...
E rega a terra sob suas lágrimas...

Quem entre os homens poderia lhe acalmar?
Não se entrega à lama que lhe espera...

No ódio que lhe cerca...
Na sarjeta que o chama...
Sacrifica suas quimeras...

Necessidade de ser fera...
Se alguém se compadece...
E por você chora...
A mão que afaga também não perdoa...
E ao incalto devora...

Veste-se de saudades...
De tristeza e dor...
Dos anjos não dá ouvidos ao clamor...
É fera ferida constante...
Essa é a sua condição marcante...

Não é insano...
É um lamento...
É impávido em calado sofrimento...

Sandro Paschoal Nogueira

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⁠#BALANCEIO

Sou só...
Um silêncio de olhos vendados...
Cego caminhante...
De uma, duas, mil vidas...
Em erros passados...

Escondo-me...
Não porque quero...
Mas porque temo...

Sonho...
Ah...
Como eu sonho...
E me perco...
Disfarço meus desejos...
Não são puros...
Torturam meu coração...

Seu olhar sobre meu corpo...
É chicote que me fustiga...
É sofreguidão...
Que me alucina...

Não mudo...
E por você...
Me deito no chão...

Me invade...
E feliz choro...
Me entregando...
À sua devassidão...

Giro e reviro...
Arranho o chão...
Mordo meus lábios...
Enquanto lhe dou meu coração...

Amando num balanceio...
Tenho na pele o cheiro do amor...
Em você procuro aquilo que não tenho...
Enquanto satisfaço o seu anseio...
E esqueço...
A escuridão de meu peito.

Sandro Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

.

⁠#MADRUGADA

Louco...
O vento passeia...
Enquanto a noite envolve a terra...
E na rua deserta...
Uma alma vive...
Alma cheia de dor...
E de dor a alma está cheia...

Ao sabor dos enganos...
Vagou...
Não sentiu o decorrer dos anos...

Olhos fitos no vácuo...
Murmúrios desconexos...
Conserva o mesmo orgulho...
De um morto austero...

Celebra as ilusões com os fantasmas...
Enquanto gela o sorriso nos lábios...
Está só...
Não querida...
Apenas usada...

Caminha...
Passo a passo...
Se arrasta...
O tempo já lhe pesa...
Enquanto sopra o vento...
Nas altas horas em calma...

Cansada...
Tamanha fadiga...
Espreguiça...
Boceja...
Enfim, se dá por vencida...

Com os olhos cheios de mágoa...
Segue o vento pela estrada...
Aurora anuncia...
Nessa noite não foi usada...
Nem foi querida...

Sandro Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

.

⁠#CHORO

Por que quando faço o bem eu tenho vontade de chorar?
Dizem que alivia a alma...
Não sei se é verdade...
Então resolvi chorar...

Chorei por tudo o que eu já fui....
Por tudo que eu sinto...
Por tudo que eu sou...
Chorei pelo que serei...
E que nem sei...

Chorei pelo tempo perdido...
Pelas coisas que não ficaram...

Chorei pelas sementes que eu plantei, mas que não germinaram...

Chorei pelos erros cometidos..
Pela vida que eu sonhei...
Que não consegui realizar...
Chorei...

Chorei pelos amores que morreram...
Por aqueles que passaram...
Pelos não correspondidos...
E por aqueles que nem nasceram...

Chorei para tentar afastar o medo...
Com as lágrimas que eu derramei...
Meu coração pôde se lavar...

Chorei...

Pedi aos céus, baixinho...
Para que me desse conforto...
E como resposta...
Ele chorou comigo...
Mostrando para mim que mesmo no fim...
Eu não estaria sozinho...

Sandro Paschoal Nogueira

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⁠#VÁCUO

Tempo...
Sábio ingrato tempo...
Tal qual ladrão furtivo...
Que me rouba sem que eu me perceba...
Minhas idéias...
Minhas imagens...
Minhas palavras...
Meus alentos...

Transforma em cinza minhas saudades...
Os sonhos por mim vividos...
As minhas dores sofridas...
Minhas penas...
Minhas conquistas...
Até elas serão esquecidas...

Assim como amores e desejos...
Sugados ao vácuo...
Preteridos...
O amor mais árduo...
Suprime...
Suas marcas me oprime...
Torna-se pesado...

Tempo que não me ignora...
Transforma as minhas esperas...
Sufoca minhas horas...
Me fustiga...
Traz-me vitórias e derrotas...

Para ti pouco lhe importa...
Será castigo?
Nada terei?
Mais nada?
Nada mais serei?
Nem um pequeno momento?
Relegado ao esquecimento...
Nem mesmo tormentos...
Terei...

Tudo será esquecido...
Até mesmo meus motivos...
Não o compreendo...
E isso deixa-me estarrecido...

Um miserável ontem...
Um ditoso hoje...
Amanhã o que serei?
O tempo em mim já é perdido...

De mim já nem mais falo...
Palavras tornariam-se ecos...

Já não quero mais nada...
Pois tudo nasce e morre...
A cada alvorada...

Tempo...
Tempo...
Meu amante...
Meu algoz...
Esconderá minha alma?
Lentamente...
Lentamente...
Apagando minha voz...
Na escuridão que se avizinha...
Nada mais...
Nada mais serei.

Sandro Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

⁠#LIMIAR

Ensurdecedor se levanta o pó...
Como um sopro de vento...
Pessoa sem destino...
Troco o caminho...

Meu segredo…
Minha rotina de ilusão...
Personagem que não consigo ser...
Que sofre...
Por escrever ou dizer
as palavras inacabadas…
De um mundo que não existe...

Esperança que demora...
Incerteza que me apavora...
Tudo no meio do nada...
E do nada algo a fazer...

E tal como um anjo com asas carmim...
Voa nesse pasto de gente...
Até o limiar das estrelas...
Sem início e sem fim...

Sandro Paschoal Nogueira

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⁠#LABIRINTO

Talvez houvesse uma flor...
Ai de mim, que nem pressinto...
O labirinto que habito...

O peso das estrelas me é leve...
Onde hoje me sentei a perguntar...
Que vale a pena esperar?

E aguardo os sonhos...
Enquanto secretamente moro em meu jardim...
Pedras e trepadeiras se enroscam...
Pássaros, borboletas e beija-flores...
Perfume de jasmim...

Como ontem já não sou mais...
Tempo fugaz...
Vida tão passageira...
As nuvens, uma a uma...
Passando a correr...

Renovo o fogo que perdi...
Mas o que sou nem eu sei…
Deserto de águas sem fim...

O céu azul, chamarei de meu…
Enquanto tudo mais passa...
Sob o vento triste...
Que espalha as folhas abandonadas...

Sandro Paschoal Nogueira

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⁠#AVE #MARIA

Enquanto o vento chora...
E a noite se avizinha...
Tristemente ecoa...
Uma linda melodia...
Ave Maria...

Nessa hora...
Muito fala a saudade...
Um aperto no coração invade...
Andorinhas em revoada...
Levando o sol nas pontas das asas...
E o tempo então para...
Ave Maria...

E na forma inquieta de meu ser...
A saudade é uma tristeza...
Que me dá muita alegria...
Ave Maria...

Se o espelho de minha memória...
Soube em meu peito imprimir...
Quando o chegar a hora derradeira...
Quero estar a sorrir...
Ave Maria...

E nessa tarde a cair...
Talho a minha alma agora...
À liberdade, ao amor...
À ventura, à esperança...
Sigo dando minhas graças...
Ao Criador...

Na penumbra que desce...
Estrela D'Alva resplandece...
Lua calma e sutil aparece...
Mais um dia finda...
Ave Maria...

Estremecem no céu as estrelas sonolentas...
O beija-flor já adormece...
Alguns clarões já se anunciam...
Enquanto anoitece...
Noite fria...
Mas não estou só...
Tenho Maria...

Sandro Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

⁠#MELANCOLIA

Anjo que sem asa...
Em ruas escuras e desertas vaga...
Úmido vento que lhe floreia...
Pesadas nuvens ocultam a lua cheia...
Orvalho na face...
Teu pé tropeçou....
Num longo soluço tremeu e parou...
Que tens?
Por que tremes assim?
Disseste-me que antes sonhou...
E que agora chora...
Pelo que o tempo varreu...
Apagou...
Compreendi...
E aceitei seu pesar...
Ao anjo me juntei...
Quem me quiser...
Que me chame...
Ou que me toque com a mão...
O tempo para mim...
Também se foi...
E é o que mais me dói...
Há tal melancolia...
Despertando um desejo absurdo de sofrer...

Sandro Paschoal Nogueira

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