Coleção pessoal de RomuloBourbon

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⁠REVIVER

Reviver os bons momentos
não é voltar ao passado,
é repetir no presente
algo que ficou marcado.
Um lugar, uma canção,
tudo traz recordação,
tempo fica eternizado.

⁠DIA DO MÉDICO

Médico tem função
amplamente social.
Trata o povo, devoção,
cuida de quem está mal.
Prescreve medicação
ao doente no hospital.

⁠RENASCIMENTO

Se tua vida está cinza,
e teu dia passa lento,
desce, vai ao calçadão!
Passeia! Tem bom momento!
Abraça quem tu amas,
e terás renascimento.

⁠A FACE DO MEDO

Noite fria, eu andava
próximo do cemitério,
ouvi sussurros ao longe,
vinham de lá? Mistério!

Cores da escuridão,
um arco-íris sombrio,
o revoar dos morcegos,
ouço passos, calafrio!

Sons invadem meus ouvidos,
há barulho de corrente,
coração acelerado,
o mal bem na minha frente!

Com rosto desfigurado,
e muito sangue nos dedos,
criatura demoníaca,
terrível face do medo!

Segurando motosserra,
a entidade funesta,
estava ao meu encalço,
fugi, entrei na floresta.

Escapei, pulei no lago,
o monstro tocou meu pé,
consegui desvencilhar,
subi morro, ao chalé.

Por trás da casa, a rua,
vi carros e seus faróis,
desci lá, dependurado,
num corda de lençóis.

De carona me salvei,
já não há o que temer,
hoje em dia eu só quero
esse dia esquecer.

⁠RONALD

Meu filho, desejo a ti
Saúde e felicidade.
Hoje é teu aniversário,
Tu completas nova idade.
Então, pequeno rapaz,
Que tenhas amor e paz,
Sorte e boas amizades.

Nasceste de sete meses,
Foi muita preocupação,
Mas logo passou o tempo,
É agora um garotão,
Menino inteligente,
Amigo de toda gente,
Bom filho e bom irmão.

Nas provas tens boas notas,
És aluno estudioso,
Recebes muito elogio,
Por ser calmo e amoroso.
No xadrez és campeão,
Xeque-mate com peão,
Eita, cara habilidoso!

Hoje vai ter brigadeiro,
Bolo, torta e comilança.
Por isso vou me apressar,
Pra não perder a festança.
Aproveita esse momento,
Pois em nosso crescimento,
O melhor é ser criança.

(*poesia dedicada a meu filho, Ronald, que completou 11 anos de idade em 15 de outubro de 2020)

⁠Alguns o chamam de mestre,
Outros o chamam doutor,
Crianças o chamam tio,
Uns chamam educador.
Tem função de lecionar,
O mesmo que ensinar,
Parabéns pro professor!

⁠CRIANÇAS DO ESPAÇO

Eram seres
De um planeta distante.
Únicos no universo,
Todos se chamavam crianças.
Falavam um dialeto estranho,
Que só eles entendiam.

Alegres,
Alimentavam-se de picolé,
Bombons e pirulitos,
E comiam algo chamado pipoca.
Esses visitantes
Não queriam nos dominar.

Brincavam todo o tempo,
Possuíam armas de raio laser,
Que não feriam nem machucavam,
Eram feitas de plástico colorido,
E atiravam água,
Ao invés de fogo e chamas.

Felizes,
Trouxeram-nos presentes:
Peões, pipas, bonecas e bolas,
Objetos chamados de brinquedos.
Depois de uns dias, partiram
Em suas naves espaciais.

Percebemos que vieram da Terra,
Um planeta onde há outros seres
Chamados adultos,
Esses, sim, mais perigosos,
E poderiam nos invadir.

Foi muita sorte a nossa,
Pois não fomos encontrados
Por cosmonautas ou astronautas,
Mas, sim, por doces criaturas,
Pequenos seres do espaço,
Que os chamados de criançanautas.

⁠RECIFE ITALIANA

Falam muito que Recife
É a Veneza brasileira,
Expressão tão repetida,
Virou frase costumeira.
Mas a urbe italiana
Imita a pernambucana,
Tem até leão na bandeira.

Veneza tem rios e pontes,
É banhada pelo mar,
Situada no Nordeste,
Tem belezas de encantar.
Rico acervo arquitetônico,
Um clima belo e romântico,
Muito bom pra navegar.

Veneza tem multidão,
Cidade de grande massa,
Que tem em sua região
Comuna, ruela e praça.
Lá também tem carnaval,
Agitando a capital,
Viver lá nunca é sem graça.

Tem tanta água em Veneza,
Chuva é diluviana,
Gôndola, embarcação,
Tradição veneziana.
Tal qual gêmea siamesa,
Concluímos que Veneza
É a Recife italiana.

⁠Minha audição é falha,
Levo a bengala na mão,
Já vivi oitenta anos,
Já perdi tanto irmão,
Vivo fazendo lambança,
Ajo como uma criança,
Dos filhos levo sermão.

⁠Foi-se embora o mestre Quino,
Cartunista sem igual.
Foi quem criou a Mafalda:
Garotinha genial,
Beatles, curtia escutar,
Tomar sopa? Nem pensar!
Discutia o social.

⁠Patagônia

No sul da América, eu vejo os Andes,
O navio para a Antártida a caminho,
Pelicano, pinguim, leão marinho,
Trilhas, estepes e montanhas grandes.

Raiar da manhã, clima que se abrande.
Ó, albatroz, canta e retorna ao ninho.
No fim do mundo, não estou sozinho.
À terra glaciar que eu viande.

Cruzei fronteiras, ó Torres del Paine,
Dos bosques, da floresta temperada,
Dos lagos e rios! Vida que se aplaine.

Ó, Perito Moreno congelada,
Vem com teu vento frio e nos amaine.
Patagônia, tu és abençoada!

⁠⁠CÉU NOTURNO

⁠Vem a noite no céu do meu roçado,
Posso ver as estrelas bem ao lado.
Não há postes, fumaça, impureza,
Só céu limpo, ar puro, natureza.

Parece até um quadro bem pintado.
E a Lua? Lado tão iluminado!
Vejo do telescópio, com clareza,
Via Láctea, céu limpo e beleza!

Constelação, cometa, meteoro…
Astrônomo? Sou mero amador.
Mas no cosmos, eu nada ignoro!

Céu noturno, imenso esplendor!
Tens noção do quanto te adoro?
Mais que os sóis e todo o seu ardor.

⁠Dinheiro não compra tudo!
Vai pagar afinidade?
Ou debitar o amor?
Quanto vale a lealdade?
Não se pode creditar
Nem tampouco emprestar
Afeição e amizade.

⁠Novos tempos a caminho,
Primavera irá chegar.
Em setembro ela começa
Muitas flores vão brotar.
Vida nova, esperança,
Fé e autoconfiança,
É hora de renovar.

⁠Vandalismo derrubou
A estátua de Ariano.
Como pode existir
Um ato tão feio e insano?
Mas a obra é imortal,
Legado imaterial,
Desse ás paraibano.

Movimento armorial,
Auto da Compadecida,
Numerosas são as obras,
Nunca serão esquecidas.
Não se apaga a memória
De quem tem nome na história
E passou da morte à vida.

⁠Depressão é coisa séria,
Se está mal, tenha diálogo,
Pois é bom desabafar.
Se quiser fazer monólogo,
Tente se abrir com alguém,
E se não tiver ninguém,
Vá até o psicólogo.

⁠DUELO DO ROCK

Eis aqui um bom duelo
Entre o rock brasileiro,
Mas também vão duelar
As bandas do estrangeiro.
Paralamas? Rolling Stones?
Detonautas? Deftones?
Quero ver se és roqueiro!

Osso duro de roer
É a banda Tihuana.
Mas também Kurt Cobain
Que tocou com o Nirvana.
Pense numa metaleira!
A primeira, brasileira,
A segunda, americana.

Pop-rock? Heavy metal?
War Pigs ou Paranoid?
Tem até banda sueca
Que se chama Asteroid.
Sandy já gravou com Angra.
Com Gilmour, guitarra sangra
Quando toca o Pink Floyd.

O Bruce do Iron Maiden
Cantou "Fear Of The Dark".
Tens uns californianos
Que fundaram o Linkin Park.
Só rock O Rappa gravou?
Poucos sabem, regravou
"Deus Lhe Pague" de Buarque.

Tem uns caras das antigas,
Que formaram o Legião,
Banda de Renato Russo,
Que encantou uma geração.
Chico Science, que saudade!
Hoje cantam "A Cidade"
O Du Peixe e a Nação.

Pitty, Skank, Red Hot,
Ozzy Osbourne, Charlie Brown,
Tem alguém que se iguale
Ao incrível James Brown?
Baiano já teve brio:
No palco do Rock In Rio,
Subiu o Carlinho Brown.

Rock nacional não para,
Tem banda muito recente:
Zimbra, Raça, Terno Rei...
Molho Negro, som potente!
The Mönic e Baleia
Pra quem tem rock na veia
E um coração que aguente!

Quando pego a guitarra
E toco "Stairway To Heaven"
Emoção é sem igual
De lembrar o Led Zeppelin.
Curto também Raul Seixas...
"Gita! Gita!" só me deixa
Mais amar o Rock, sim!

É tanta banda irada:
Tem Titãs, NX Zero,
Jota Quest, Rita Lee...
Olha, vou ser bem sicero:
O rock é universal,
E que seja imortal,
É só isso que espero!

⁠Tão triste realidade
Ocorre no Pantanal:
Árvore pegando fogo,
Num incêndio infernal.
É preciso mais ação,
Pra evitar a extinção
Do mais forte animal.

⁠Não crie expectativa
Nem espere de ninguém:
Regras pra não se frustrar
Com os atos de outro alguém.
Tava errada? Se desculpe.
Tava certa? Não se culpe.
E só pra Deus diga amém!

⁠11 DE SETEMBRO

Nesse onze de setembro,
Dia triste na lembrança,
Houve um sério atentado,
Que abalou a segurança
Na região de Nova Iorque,
Gerando um grande choque
Contra adultos e crianças.

O atentado terrorista
Só trouxe destruição,
Derrubou as torres gêmeas,
Causou dor a uma nação.
Que Deus cure essa ferida,
Pois, é certo, nessa vida
Sempre há renovação.