Coleção pessoal de Romulo1981
O que difere, nós, seres humanos, do restante dos animais é a capacidade de pensar racionalmente. De produzir linguagem, comunicação, de codifica-la, de produzir cultura. Essa é a reflexão do grande pensador francês Blaise Pascal: “o que é o ser humano?” O ser humano é uma obra pensante; um ente com a capacidade de refletir, de filosofar, de fazer ciência, de fazer cultura. Diferentemente dos animais que, esboçam de forma prematura certa “inteligência”, pois, os animais sabem, porém, não sabem que sabem. Eles agem instintivamente. Não são capazes de produzir concepções intelectuais. A vida de um animal é apenas uma repetição básica dos instintos de sua espécie.
O pós-modernismo abandonou a ideia de racionalidade e objetividade e aceitou cegamente o relativismo, alienando e alimentando a mente humana com um nutrimento totalmente insalubre.
Quem desdenha o conhecimento ignora um dos maiores atributos que Deus comunicou aos homens: a capacidade de pensar. Ao ter o sopro de vida em suas narinas, Adão (e consequentemente Eva) tornou-se a feitura mais esplêndida do Gênesis, diferenciado de quaisquer seres vivos. Foi-lhe dado em seu alento um intelecto, mas, parece que em nossos dias a criatura “sapiente” prefere regurgitar essa dádiva dos céus.
"A concepção gramsciana do mundo tende a transformar intelectuais em loucos. Vemos isso acontecer mesmo antes de Gramsci: Sócrates, Diógenes, Semmelweis, Enéias Carneiro!... Até o próprio Cristo! Desqualifique os verdadeiros sábios e daí você estruturará uma sociedade com achismos, absurdos relativistas e todas as teorias pífias que seres de intelecto séptico podem criar."
Passo as madrugadas em leituras, pesquisas e estudos para deixar de achar. O achismo é a contramão do saber. Ainda mais além: é a desgraça do achista.! Ah! Cono queria ter conhecido Parmênides!
Arte e virtude fizeram moradia,
Naquela das espumas formada,
Do vigor de Urano nascia,
Romã de néctar dulcificada.
Egito, Macedônia e Síria...
Souberam da obra e beleza,
Sedução encantando a natureza:
Afrodite de virtude e alegria.
Grécia, o amor com Troia repartia;
Ares, com Hefesto, o mesmo fazia...
Rugiram por teu amor incondicional.
Logo Páris e Helena a empatia...
Encontraram uma bendição natural,
Tal os traços da artista tocar o mortal.
Desde que Cain matou Abel, a história nos oferece dois ensinamentos: que o homem é mau até em um convívio semi-idílico; e, que a segurança sempre deverá atuar em cada situação onde o gênero humano estiver.
Os audazes são como harpias voando para transformação; porém, os pusilânimes são preguiças acomodadas em sua covardia.
Os que acham em demasia detém ínfimo saber; mas, os que esquadrinham a realidade ampliam os horizontes.
O Criador tomou do Sol o esplendor;
A multicor beleza primaveril;
Do céu deu o tom em anil;
Na voz pôs dos anjos o louvor.
Na pele suave macies e cor;
No riso o fulgor
Da Vésper matinal;
Na graça a ternura virginal.
A alegria deu-te dos colibris;
Aos cabelos sedas orientais;
Das Musas as virtudes sem iguais.
Assim tais são tuas dádivas...
Altivas de porte qual torre de Davi;
Fez-se a mulher mais bela que vi.
De Calíope a voz e a sublime eloquência;
De Erato a poesia e a assaz sapiência;
Os quadris de Terpsícore dançam brioso...
No teu ser, Musa, poema laborioso.
As canções de Euterpe habitam teu falar;
Clio, dona da história, relata-te soberanamente;
Como flor, Tália, teu sorriso desabrochar;
E nos céus de Urânia é brilho permanente.
Cobre-te a grinalda de Melpômene alvíssima;
E da tragédia desta fazes paixão...
Empunhando a clava potentíssima.
Louva-te em coral a sacra Polímnia;
Apolo inspiradíssimo ária harpa canção;
Pois tu és das deias única inspiração.
O néscio não detém ponderação, apregoa o que o mundo lhe expõe; já o sábio de espírito escava a veracidade.
Sinfonias primaveris atesta minha amada;
Regozijam lírios, colibris e rouxinóis;
Seguem nos jardins mirando girassóis;
Pois de esmeraldas e rubins és adornada.
Genuinamente do lado do poeta foi tomada;
Qual Eva do primeiro homem formada;
Dando assim origem ao ciclo da existência;
E preenchendo o trovador a sua essência.
Qual a boca do chantre egrégio, canto-te!
Tal pena do versado escriba, escrevo-te;
Pois concerto semelhante, sem igual...
E toda natureza reage de maneira tal;
Quando surges, própria diva e consorte;
Fazendo-se noiva e dona da minha sorte.
